Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE 2020 para Professor de Língua Portuguesa
Foram encontradas 14 questões
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Língua Portuguesa |
Q1711309
Português
Texto associado
João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30
Por CARVALHO, 2009 (trecho de artigo adaptado).
Quando João Cabral de Melo Neto começou a escrever
poesia no Recife do final dos anos 1930, perdia fôlego a
vigorosa produção de romances de autores nordestinos que
caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira:
Rachel de Queiroz, depois de O quinze (1930) e mais três
romances, (1) passaria a se dedicar ao jornalismo; José Lins
do Rego já criara o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, (2) antes
de chegar à obra-prima Fogo morto (1943); e Graciliano
Ramos encerrara com Vidas secas (1938) a sua série de
“ficções” para explorar a “confissão” das memórias. O grupo
que Cabral frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia
cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, em
lugar dos estímulos da terra que provocaram poetas da
região durante a década de 1920, como Jorge de Lima,
Ascenso Ferreira, Joaquim Cardozo e Jorge Fernandes. Não
era mais tempo do Primeiro Congresso Regionalista do
Nordeste, no qual, em 1926, Gilberto Freyre lançara seu
célebre manifesto de valorização de temas regionais, mas
sim do Congresso de Poesia do Recife, no qual, em 1941,
Cabral apresentaria sua tese “Considerações sobre o poeta
dormindo”.
Embora a obra de estreia Pedra do sono (1942) muito deva a
esse contexto inicial, nada regionalista, Cabral desde cedo se
tornou leitor dos romancistas nordestinos da década
anterior. Mas seu caminho rumo a uma poesia cada vez
mais centrada em seu aspecto construtivo, culminando em
Psicologia da composição (1947), não incluía, em suas
paisagens solares e desérticas, o Sertão e a Zona da Mata
do Nordeste evocado por aqueles autores. Já em Os três
mal-amados, de 1943, reconhecia, por meio do monólogo
“devorador” de Joaquim, essa ausência:
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água
morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues
crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas
de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas
barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.
Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não
saber falar delas em verso. (Melo Neto, 1997a, p.26)
Na tentativa de descrição, reconhecemos o cenário de mais
de um romance de José Lins do Rego, que no máximo
poderia ser expurgado e logo descartado na fala prosaica de
Joaquim, interrompida pelo silêncio. Se não fosse mais um
romance na esteira de Zé Lins e companhia, a poesia parece
que não daria conta de todo um mundo que fora tão bem
representado, inclusive em ensaios.
É justamente fora do país, na Espanha, que Cabral retornou à
sua região. Motivado por ideias marxistas e pela
necessidade de denúncia social na obra de arte, mas sem
prejuízo da sua dimensão estética, escreveu seu primeiro
poema centrado na paisagem e no homem nordestino, O cão
sem plumas (1951), metáfora para o Rio Capibaribe de
Pernambuco. Além disso, para cumprir o ideal de
comunicação com o público, a partir de uma linguagem mais
prosaica, as obras seguintes - O rio (1954) e Morte e vida
Severina (1954-1955) -, baseadas em elementos da poesia
medieval espanhola e da literatura popular nordestina,
fincam a terra natal na poesia cabralina.
(CARVALHO, Ricardo Souza de. João Cabral de Melo Neto e
a tradição do romance de 30. Estud. av, São Paulo, v. 23, n.
67, p. 269-278, 2009.)
Leia o texto 'João Cabral de Melo Neto e a tradição
do romance de 30' e, em seguida, analise as afirmativas
abaixo:
I. Na Espanha, João Cabral retornou à sua região motivado por ideias reformistas e colonialistas e pela necessidade de denúncia social na obra de arte, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto. II. O texto procura deixar claro para o leitor que, no final dos anos 1930, perdia fôlego a vigorosa produção de romances de autores nordestinos que caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira, onde reinavam as obras de terror psicológico ou mesmo aquelas voltadas para a valorização das novas tecnologias de fabricação.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Na Espanha, João Cabral retornou à sua região motivado por ideias reformistas e colonialistas e pela necessidade de denúncia social na obra de arte, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto. II. O texto procura deixar claro para o leitor que, no final dos anos 1930, perdia fôlego a vigorosa produção de romances de autores nordestinos que caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira, onde reinavam as obras de terror psicológico ou mesmo aquelas voltadas para a valorização das novas tecnologias de fabricação.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Língua Portuguesa |
Q1711310
Português
Texto associado
João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30
Por CARVALHO, 2009 (trecho de artigo adaptado).
Quando João Cabral de Melo Neto começou a escrever
poesia no Recife do final dos anos 1930, perdia fôlego a
vigorosa produção de romances de autores nordestinos que
caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira:
Rachel de Queiroz, depois de O quinze (1930) e mais três
romances, (1) passaria a se dedicar ao jornalismo; José Lins
do Rego já criara o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, (2) antes
de chegar à obra-prima Fogo morto (1943); e Graciliano
Ramos encerrara com Vidas secas (1938) a sua série de
“ficções” para explorar a “confissão” das memórias. O grupo
que Cabral frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia
cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, em
lugar dos estímulos da terra que provocaram poetas da
região durante a década de 1920, como Jorge de Lima,
Ascenso Ferreira, Joaquim Cardozo e Jorge Fernandes. Não
era mais tempo do Primeiro Congresso Regionalista do
Nordeste, no qual, em 1926, Gilberto Freyre lançara seu
célebre manifesto de valorização de temas regionais, mas
sim do Congresso de Poesia do Recife, no qual, em 1941,
Cabral apresentaria sua tese “Considerações sobre o poeta
dormindo”.
Embora a obra de estreia Pedra do sono (1942) muito deva a
esse contexto inicial, nada regionalista, Cabral desde cedo se
tornou leitor dos romancistas nordestinos da década
anterior. Mas seu caminho rumo a uma poesia cada vez
mais centrada em seu aspecto construtivo, culminando em
Psicologia da composição (1947), não incluía, em suas
paisagens solares e desérticas, o Sertão e a Zona da Mata
do Nordeste evocado por aqueles autores. Já em Os três
mal-amados, de 1943, reconhecia, por meio do monólogo
“devorador” de Joaquim, essa ausência:
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água
morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues
crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas
de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas
barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.
Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não
saber falar delas em verso. (Melo Neto, 1997a, p.26)
Na tentativa de descrição, reconhecemos o cenário de mais
de um romance de José Lins do Rego, que no máximo
poderia ser expurgado e logo descartado na fala prosaica de
Joaquim, interrompida pelo silêncio. Se não fosse mais um
romance na esteira de Zé Lins e companhia, a poesia parece
que não daria conta de todo um mundo que fora tão bem
representado, inclusive em ensaios.
É justamente fora do país, na Espanha, que Cabral retornou à
sua região. Motivado por ideias marxistas e pela
necessidade de denúncia social na obra de arte, mas sem
prejuízo da sua dimensão estética, escreveu seu primeiro
poema centrado na paisagem e no homem nordestino, O cão
sem plumas (1951), metáfora para o Rio Capibaribe de
Pernambuco. Além disso, para cumprir o ideal de
comunicação com o público, a partir de uma linguagem mais
prosaica, as obras seguintes - O rio (1954) e Morte e vida
Severina (1954-1955) -, baseadas em elementos da poesia
medieval espanhola e da literatura popular nordestina,
fincam a terra natal na poesia cabralina.
(CARVALHO, Ricardo Souza de. João Cabral de Melo Neto e
a tradição do romance de 30. Estud. av, São Paulo, v. 23, n.
67, p. 269-278, 2009.)
Leia o texto 'João Cabral de Melo Neto e a tradição
do romance de 30' e, em seguida, analise as afirmativas
abaixo:
I. A obra “Pedra do sono”, de 1942, foi influenciada por um contexto fortemente regionalista, devido ao interesse de João Cabral de Melo Neto pelos romancistas nordestinos da Semana de Arte Moderna de 1922, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto. II. As informações presentes no texto permitem inferir que Graciliano Ramos encerrou com “Vidas secas”, de 1938, a sua série de “ficções” para explorar a “confissão” das memórias.
Marque a alternativa CORRETA:
I. A obra “Pedra do sono”, de 1942, foi influenciada por um contexto fortemente regionalista, devido ao interesse de João Cabral de Melo Neto pelos romancistas nordestinos da Semana de Arte Moderna de 1922, como se pode concluir a partir da análise das informações do texto. II. As informações presentes no texto permitem inferir que Graciliano Ramos encerrou com “Vidas secas”, de 1938, a sua série de “ficções” para explorar a “confissão” das memórias.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Língua Portuguesa |
Q1711311
Português
Texto associado
João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30
Por CARVALHO, 2009 (trecho de artigo adaptado).
Quando João Cabral de Melo Neto começou a escrever
poesia no Recife do final dos anos 1930, perdia fôlego a
vigorosa produção de romances de autores nordestinos que
caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira:
Rachel de Queiroz, depois de O quinze (1930) e mais três
romances, (1) passaria a se dedicar ao jornalismo; José Lins
do Rego já criara o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, (2) antes
de chegar à obra-prima Fogo morto (1943); e Graciliano
Ramos encerrara com Vidas secas (1938) a sua série de
“ficções” para explorar a “confissão” das memórias. O grupo
que Cabral frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia
cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, em
lugar dos estímulos da terra que provocaram poetas da
região durante a década de 1920, como Jorge de Lima,
Ascenso Ferreira, Joaquim Cardozo e Jorge Fernandes. Não
era mais tempo do Primeiro Congresso Regionalista do
Nordeste, no qual, em 1926, Gilberto Freyre lançara seu
célebre manifesto de valorização de temas regionais, mas
sim do Congresso de Poesia do Recife, no qual, em 1941,
Cabral apresentaria sua tese “Considerações sobre o poeta
dormindo”.
Embora a obra de estreia Pedra do sono (1942) muito deva a
esse contexto inicial, nada regionalista, Cabral desde cedo se
tornou leitor dos romancistas nordestinos da década
anterior. Mas seu caminho rumo a uma poesia cada vez
mais centrada em seu aspecto construtivo, culminando em
Psicologia da composição (1947), não incluía, em suas
paisagens solares e desérticas, o Sertão e a Zona da Mata
do Nordeste evocado por aqueles autores. Já em Os três
mal-amados, de 1943, reconhecia, por meio do monólogo
“devorador” de Joaquim, essa ausência:
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água
morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues
crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas
de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas
barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.
Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não
saber falar delas em verso. (Melo Neto, 1997a, p.26)
Na tentativa de descrição, reconhecemos o cenário de mais
de um romance de José Lins do Rego, que no máximo
poderia ser expurgado e logo descartado na fala prosaica de
Joaquim, interrompida pelo silêncio. Se não fosse mais um
romance na esteira de Zé Lins e companhia, a poesia parece
que não daria conta de todo um mundo que fora tão bem
representado, inclusive em ensaios.
É justamente fora do país, na Espanha, que Cabral retornou à
sua região. Motivado por ideias marxistas e pela
necessidade de denúncia social na obra de arte, mas sem
prejuízo da sua dimensão estética, escreveu seu primeiro
poema centrado na paisagem e no homem nordestino, O cão
sem plumas (1951), metáfora para o Rio Capibaribe de
Pernambuco. Além disso, para cumprir o ideal de
comunicação com o público, a partir de uma linguagem mais
prosaica, as obras seguintes - O rio (1954) e Morte e vida
Severina (1954-1955) -, baseadas em elementos da poesia
medieval espanhola e da literatura popular nordestina,
fincam a terra natal na poesia cabralina.
(CARVALHO, Ricardo Souza de. João Cabral de Melo Neto e
a tradição do romance de 30. Estud. av, São Paulo, v. 23, n.
67, p. 269-278, 2009.)
Leia o texto 'João Cabral de Melo Neto e a tradição
do romance de 30' e, em seguida, analise as afirmativas
abaixo:
I. Após a análise do texto, é possível inferir que Rachel de Queiroz foi a autora de “O quinze”, em 1930, e de mais três romances antes de se dedicar ao jornalismo. II. O grupo que João Cabral de Melo Neto frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, conforme se pode inferir a partir dos dados do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Após a análise do texto, é possível inferir que Rachel de Queiroz foi a autora de “O quinze”, em 1930, e de mais três romances antes de se dedicar ao jornalismo. II. O grupo que João Cabral de Melo Neto frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, conforme se pode inferir a partir dos dados do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Língua Portuguesa |
Q1711312
Português
Texto associado
João Cabral de Melo Neto e a tradição do romance de 30
Por CARVALHO, 2009 (trecho de artigo adaptado).
Quando João Cabral de Melo Neto começou a escrever
poesia no Recife do final dos anos 1930, perdia fôlego a
vigorosa produção de romances de autores nordestinos que
caracterizou um momento decisivo da literatura brasileira:
Rachel de Queiroz, depois de O quinze (1930) e mais três
romances, (1) passaria a se dedicar ao jornalismo; José Lins
do Rego já criara o seu “ciclo da cana-de-açúcar”, (2) antes
de chegar à obra-prima Fogo morto (1943); e Graciliano
Ramos encerrara com Vidas secas (1938) a sua série de
“ficções” para explorar a “confissão” das memórias. O grupo
que Cabral frequentava, liderado por Willy Lewin, preferia
cultivar uma poesia inspirada pelas sugestões do sonho, em
lugar dos estímulos da terra que provocaram poetas da
região durante a década de 1920, como Jorge de Lima,
Ascenso Ferreira, Joaquim Cardozo e Jorge Fernandes. Não
era mais tempo do Primeiro Congresso Regionalista do
Nordeste, no qual, em 1926, Gilberto Freyre lançara seu
célebre manifesto de valorização de temas regionais, mas
sim do Congresso de Poesia do Recife, no qual, em 1941,
Cabral apresentaria sua tese “Considerações sobre o poeta
dormindo”.
Embora a obra de estreia Pedra do sono (1942) muito deva a
esse contexto inicial, nada regionalista, Cabral desde cedo se
tornou leitor dos romancistas nordestinos da década
anterior. Mas seu caminho rumo a uma poesia cada vez
mais centrada em seu aspecto construtivo, culminando em
Psicologia da composição (1947), não incluía, em suas
paisagens solares e desérticas, o Sertão e a Zona da Mata
do Nordeste evocado por aqueles autores. Já em Os três
mal-amados, de 1943, reconhecia, por meio do monólogo
“devorador” de Joaquim, essa ausência:
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água
morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues
crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas
de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas
barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.
Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não
saber falar delas em verso. (Melo Neto, 1997a, p.26)
Na tentativa de descrição, reconhecemos o cenário de mais
de um romance de José Lins do Rego, que no máximo
poderia ser expurgado e logo descartado na fala prosaica de
Joaquim, interrompida pelo silêncio. Se não fosse mais um
romance na esteira de Zé Lins e companhia, a poesia parece
que não daria conta de todo um mundo que fora tão bem
representado, inclusive em ensaios.
É justamente fora do país, na Espanha, que Cabral retornou à
sua região. Motivado por ideias marxistas e pela
necessidade de denúncia social na obra de arte, mas sem
prejuízo da sua dimensão estética, escreveu seu primeiro
poema centrado na paisagem e no homem nordestino, O cão
sem plumas (1951), metáfora para o Rio Capibaribe de
Pernambuco. Além disso, para cumprir o ideal de
comunicação com o público, a partir de uma linguagem mais
prosaica, as obras seguintes - O rio (1954) e Morte e vida
Severina (1954-1955) -, baseadas em elementos da poesia
medieval espanhola e da literatura popular nordestina,
fincam a terra natal na poesia cabralina.
(CARVALHO, Ricardo Souza de. João Cabral de Melo Neto e
a tradição do romance de 30. Estud. av, São Paulo, v. 23, n.
67, p. 269-278, 2009.)
Leia o texto 'João Cabral de Melo Neto e a tradição
do romance de 30' e, em seguida, analise as afirmativas
abaixo:
I. Sem prejuízo da sua dimensão estética, João Cabral de Melo Neto escreveu seu primeiro poema centrado na paisagem e no homem nordestino, obra essa denominada “Morte e Vida Severina”, de 1951, nome esse que representa uma metáfora para o Rio Capibaribe de Pernambuco, como se pode concluir a partir da leitura cuidadosa das informações do texto. II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que, em 1926, Gilberto Freyre lançou seu célebre manifesto de valorização de temas regionais no Primeiro Congresso Regionalista do Nordeste.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Sem prejuízo da sua dimensão estética, João Cabral de Melo Neto escreveu seu primeiro poema centrado na paisagem e no homem nordestino, obra essa denominada “Morte e Vida Severina”, de 1951, nome esse que representa uma metáfora para o Rio Capibaribe de Pernambuco, como se pode concluir a partir da leitura cuidadosa das informações do texto. II. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que, em 1926, Gilberto Freyre lançou seu célebre manifesto de valorização de temas regionais no Primeiro Congresso Regionalista do Nordeste.
Marque a alternativa CORRETA: