Questões de Concurso Público Prefeitura de Palmeirina - PE 2019 para Professor - Matemática

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Q1099927 Pedagogia

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO


Jean Piaget, em sua obra, colocou em evidência a atividade do sujeito diante do mundo exterior e que lhe é independente. Piaget recusou as explicações do empirismo tradicional de que existiriam estruturas endógenas no indivíduo que propiciavam o desenvolvimento da inteligência. Pois, para o pensador, o conhecimento é resultado da interação do sujeito com o objeto, sendo que essa interação depende de fatores internos que são modificados a cada etapa de desenvolvimento das estruturas mentais, por meio das quais acontece o desenvolvimento psíquico.


Segundo Piaget, o processo de estruturação mental é o resultado de uma equilibração progressiva entre uma esfera e outra, ou seja, o desenvolvimento mental é uma construção contínua, comparável à edificação de um grande prédio que, à medida que se acrescenta algo, ficará mais sólido, ou à montagem de um mecanismo delicado, cujas fases gradativas de ajustamento conduziriam a uma flexibilidade, e uma mobilidade das peças.


O conhecimento para Piaget se revela por meio de uma construção indefinida, em que não há conhecimento absoluto.


O conhecimento, para Piaget, se origina de etapas sucessivas: equilibração, assimilação e acomodação e o indivíduo é quem conduz esse processo. Trazendo essas pontuações para a educação escolar, pode-se perceber como Piaget compreende o processo educativo. Para o autor, o futuro do ensino deve se abrir cada vez mais à interdisciplinaridade e às necessidades do cotidiano e, para isso, o ambiente de aprendizagem deve ser organizado com práticas pedagógicas que estimulem o espírito de liberdade nos estudantes, de modo que eles possam reconstruir suas verdades.


Nesse sentido, Piaget é enfático na orientação de que o aluno deve conduzir a sua aprendizagem. Ele afirma ainda que os métodos ativos é que são os responsáveis pelo desenvolvimento livre dos indivíduos. Assim, eles devem desenvolver o máximo de experimentação, pois, para Piaget, se os indivíduos não passarem pela experiência será adestramento e não educação.


RELAÇÕES SOCIAIS


Para Piaget existem dois tipos de relações sociais: as relações sociais de coação social e as relações sociais de cooperação. A coação social é toda relação entre dois ou mais indivíduos na qual intervém um elemento de prestígio ou autoridade, sendo que nesse tipo de relação o indivíduo é coagido.


Piaget, ao definir as relações de coação social, considera o adulto enquanto aquele que coage a criança, desse modo, ao associar essa ideia à educação escolar, significa compreender que o professor, por ser a figura de prestígio ou autoridade, exerce exatamente a função de coagir o indivíduo, atrapalhando-o no processo de aprendizagem bem como no desenvolvimento da autonomia. Por isso, na concepção de Piaget, toda forma de transmissão seria coerção, pois o adulto por estar numa posição de prestígio levaria o indivíduo a aceitar suas posições. Para Piaget, o grupo (outras crianças) contribuiria muito mais que o próprio professor para a construção do conhecimento.


Sendo assim, para Piaget o indivíduo deve se guiar livremente no processo educativo e o professor deve assumir o papel de colaborador.

Adaptado. Disponível em: http://bit.ly/2XXcjRm

Com base no texto 'CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO', leia as afirmativas a seguir:


I. Para Piaget, de acordo com as informações apresentadas pelo texto, existem dois tipos de relações sociais: as relações sociais de coação social e as relações sociais de cooperação.

II. Piaget afirma que os métodos ativos é que são os responsáveis pelo desenvolvimento livre dos indivíduos, conforme pode ser observado no texto.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1099932 Pedagogia

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO


Jean Piaget, em sua obra, colocou em evidência a atividade do sujeito diante do mundo exterior e que lhe é independente. Piaget recusou as explicações do empirismo tradicional de que existiriam estruturas endógenas no indivíduo que propiciavam o desenvolvimento da inteligência. Pois, para o pensador, o conhecimento é resultado da interação do sujeito com o objeto, sendo que essa interação depende de fatores internos que são modificados a cada etapa de desenvolvimento das estruturas mentais, por meio das quais acontece o desenvolvimento psíquico.


Segundo Piaget, o processo de estruturação mental é o resultado de uma equilibração progressiva entre uma esfera e outra, ou seja, o desenvolvimento mental é uma construção contínua, comparável à edificação de um grande prédio que, à medida que se acrescenta algo, ficará mais sólido, ou à montagem de um mecanismo delicado, cujas fases gradativas de ajustamento conduziriam a uma flexibilidade, e uma mobilidade das peças.


O conhecimento para Piaget se revela por meio de uma construção indefinida, em que não há conhecimento absoluto.


O conhecimento, para Piaget, se origina de etapas sucessivas: equilibração, assimilação e acomodação e o indivíduo é quem conduz esse processo. Trazendo essas pontuações para a educação escolar, pode-se perceber como Piaget compreende o processo educativo. Para o autor, o futuro do ensino deve se abrir cada vez mais à interdisciplinaridade e às necessidades do cotidiano e, para isso, o ambiente de aprendizagem deve ser organizado com práticas pedagógicas que estimulem o espírito de liberdade nos estudantes, de modo que eles possam reconstruir suas verdades.


Nesse sentido, Piaget é enfático na orientação de que o aluno deve conduzir a sua aprendizagem. Ele afirma ainda que os métodos ativos é que são os responsáveis pelo desenvolvimento livre dos indivíduos. Assim, eles devem desenvolver o máximo de experimentação, pois, para Piaget, se os indivíduos não passarem pela experiência será adestramento e não educação.


RELAÇÕES SOCIAIS


Para Piaget existem dois tipos de relações sociais: as relações sociais de coação social e as relações sociais de cooperação. A coação social é toda relação entre dois ou mais indivíduos na qual intervém um elemento de prestígio ou autoridade, sendo que nesse tipo de relação o indivíduo é coagido.


Piaget, ao definir as relações de coação social, considera o adulto enquanto aquele que coage a criança, desse modo, ao associar essa ideia à educação escolar, significa compreender que o professor, por ser a figura de prestígio ou autoridade, exerce exatamente a função de coagir o indivíduo, atrapalhando-o no processo de aprendizagem bem como no desenvolvimento da autonomia. Por isso, na concepção de Piaget, toda forma de transmissão seria coerção, pois o adulto por estar numa posição de prestígio levaria o indivíduo a aceitar suas posições. Para Piaget, o grupo (outras crianças) contribuiria muito mais que o próprio professor para a construção do conhecimento.


Sendo assim, para Piaget o indivíduo deve se guiar livremente no processo educativo e o professor deve assumir o papel de colaborador.

Adaptado. Disponível em: http://bit.ly/2XXcjRm

Com base no texto 'CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO', leia as afirmativas a seguir:


I. Segundo Piaget, o desenvolvimento mental é uma construção contínua, comparável à edificação de um grande prédio que, à medida que se acrescenta algo, ficará mais sólido, de acordo com as informações apresentadas pelo texto.

II. Para Piaget, a construção do conhecimento no indivíduo é determinada por fatores genéticos e não possui relação com a sua interação com o meio, de acordo com as informações apresentadas pelo autor do texto.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q1099946 Pedagogia

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA


Considerada um marco na educação brasileira, porém pouco praticada no cotidiano escolar, a Pedagogia Histórico-Crítica, teoria criada pelo pedagogo brasileiro Dermeval Saviani, tem como foco a transmissão de conteúdos científicos por parte da escola, porém sem ser conteudista. O ensino conteudista é aquele em que se passa uma quantidade enorme de conteúdo, sem se preocupar com o desenvolvimento intelectual, cultural e de raciocínio do aluno. A teoria de Saviani, no entanto, preza pelo acesso aos conhecimentos e sua compreensão por parte do estudante para que este seja inclusive capaz de transformar a sociedade.


Trata-se de uma pedagogia contra-hegemônica, inspirada no marxismo, portanto preocupada com os problemas educacionais decorrentes da exploração do homem pelo homem. É uma teoria de orientação socialista, organizada no Brasil a partir da década de 1980.


Na Pedagogia Histórico-Crítica, a educação escolar é valorizada, tendo o papel de garantir os conteúdos que permitam aos alunos compreender e participar da sociedade de forma crítica, superando a visão de senso comum. A ideia é socializar o saber sistematizado historicamente e construído pelo homem. Nesse sentido, o papel da escola é propiciar as condições necessárias para a transmissão e a assimilação desse saber.


Conforme Dermeval Saviani, que esteve em Sorocaba na segunda-feira passada, dia 10, para a aula inaugural do curso de Pedagogia na UFSCar, e concedeu entrevista exclusiva ao Educare, sua teoria pedagógica entende que a sociedade atual é injusta, baseada na exploração do trabalho pelo capital, por isso ele acredita que o movimento operário deve se organizar para que não existam mais exploradores e explorados. "Para que essa teoria se desenvolva efetivamente, é necessário um outro tipo de organização social e isso é difícil porque nesse caso a nossa sociedade é questionada, mas a ideia é assegurar aos alunos o domínio dos conhecimentos e conquistas humanas para que eles possam agir na sociedade de maneira diferente".


O professor frisa que as teorias dominantes tendem a desconsiderar a importância dos conhecimentos elaborados de base científica. "A Escola Nova secundariza o conhecimento do professor assim como o Construtivismo, entre outras propostas, que assumem posições negadoras da escola", afirma.


De acordo com Dermeval, para uma pessoa aprender a falar, ela não precisa da escola, mas para ler e escrever, sim. "Os conteúdos acabam sendo sonegados da população, dos trabalhadores na verdade, porque a elite dominante tem escolas que asseguram esse acesso. Por isso é que defendo a valorização dos conteúdos e conhecimentos sistematizados. A escola tem de priorizar isso", diz. 


O educador observa que nos últimos anos as escolas têm sido incentivadas a cuidar de outras coisas. O que existe, afirma, é a inclusão de elementos que não são relevantes, que não precisam ou não deveriam entrar no currículo das escolas. "Mas há deputados que querem introduzir disciplinas. Teve um que queria incluir aula de xadrez nas escolas porque estimula o raciocínio, enfim, enquanto muitos estudantes questionam diversos tipos de conteúdos porque acreditam que não serão usados em seu dia a dia e serão esquecidos, eu defendo que eles são necessários para que se entre em outro patamar".


Como exemplo, Dermeval diz que é preciso ter acesso à norma culta da Língua Portuguesa para que o aluno tenha condições de ler os clássicos. "O andaime é indispensável para uma construção, não é porque ele não será usado mais tarde que devemos abrir mão do andaime. Então da mesma forma, na Educação, há coisas que a escola tem de desenvolver para que o estudante consiga alcançar outros degraus. O óbvio precisa ser reiterado porque acaba sendo esquecido", afirma.


Dermeval lembra que os alunos reclamam dos professores, alegando que as aulas são muito teóricas e que deveriam ser mais práticas. "Mas sem a teoria a prática fica cega. Por sua vez, a teoria sem a prática é mera abstração, então é preciso saber dosar, mas quiçá tivesse mesmo mais teorias, aí sim muita gente teria aprendido mais coisas."


Quando Dermeval fala de teoria, ele não está falando em "jogar conteúdos aos ventos", mas sim trabalhar adequadamente esses conhecimentos nas escolas.


Outra observação que o pedagogo faz é com relação às várias teorias existentes e que muitos professores têm se perdido. Alguns já não sabem mais o que seguir e acabam misturando conceitos. Aqui vai a dica: "Não cabe misturar teorias, pois isso não permite que seja feito um trabalho consistente. É preciso, sim, conhecer as várias teorias para superá-las", diz ele.


(JACINTO, Daniela. Criador da Pedagogia Histórico-Crítica fala sobre o papel da escola. Disponível em: http://bit.ly/2prSepa) 

Com base no texto 'PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA', leia as afirmativas a seguir:


I. De acordo com a autora do texto, as ideias da pedagogia Histórico-Crítica estão centradas num processo de aquisição real do conhecimento em que o educando assimila passivamente uma gama de saberes para mudança de classe social.

II. Demerval Saviani sugere que haja um equilíbrio entre teoria e prática, pois uma não anula a existência da outra. Entretanto, lamenta não existir um maior arcabouço de teorias.


Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Respostas
1: A
2: B
3: C