Questões de Relações Internacionais - Relações Internacionais na Ásia e no Oriente Médio para Concurso
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O incremento do prestígio político da China nos últimos anos pode ser aquilatado pelo novo modelo de relação entre potências (new model of great power relations), sugerido pelos chineses aos EUA em 2013 e adotado no final de 2014, durante o encontro dos presidentes Barack Obama e Xi Jinping, em Washington.
Diante da nova preeminência política da China no cenário global, o país tem reconsiderado, em foros internacionais recentes — como na cúpula dos BRICS, em Fortaleza, em 2014, e na reunião de chanceleres da CELAC, em Pequim, em 2015 —, sua tradicional oposição à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por meio do apoio à fórmula que contempla o acréscimo de seis novos membros permanentes com direito de veto, a maioria dos quais países não industrializados.
Não obstante a expansão da oferta chinesa de bens e serviços de alto valor agregado, o país defronta-se com claros limites à expansão de sua competitividade global, diante do estancamento dos seus índices de produtividade do trabalho, desde meados da década passada.
Em abril de 2016, a China anunciou programa de exploração de nova rota marítima, na região do Ártico, como forma de expandir suas linhas comerciais no hemisfério norte.
É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.
Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.
A Irmandade Muçulmana, que foi organizada na Arábia
Saudita em 1928 como reação à influência ocidental, defende,
entre outras ideias, a implantação da Charia (lei corânica) e a
unificação do mundo muçulmano, a ser imposta pela
propaganda e pela força.