Questões de Português - Uso dos dois-pontos para Concurso

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Q2103555 Português
Leia o texto, para responder a questão.

Dentro de um abraço

    Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?

    Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.

    Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.

    E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

    Meu palpite: dentro de um abraço.

    Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

     Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém- -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

    O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.         
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
Observe o emprego de dois-pontos nas passagens do terceiro e do quinto parágrafos:
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: um leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
Meu palpite: dentro de um abraço.
É correto concluir que eles introduzem, respectivamente,
Alternativas
Q2100232 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. 




Adaptado de: CORSO, M. Somos inteligentes o bastante para
saber quão inteligentes são os animais? Disponível
em:<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mariocorso/noticia/2022/08/somos-inteligentes-o-bastantepara-saber-quao-inteligentes-sao-os-animaiscl7gm60km003e0153mgguy0ra.html>. Acesso em: 12 nov.
2022. 
Considere as seguintes sugestões de mudança na pontuação do texto, levando em conta os ajustes com maiúsculas e minúsculas.

I - Substituição do ponto-final na linha 04 por dois-pontos.
II - Acréscimo de vírgula imediatamente após animais (l. 15).
III - Substituição das vírgulas nas linhas 43-44 por travessões.

Quais estariam de acordo com a norma gramatical?
Alternativas
Q2087247 Português
Mensagem de final de ano aos jovens (des)informados

     O ano passou num piscar de olhos. Aliás, tem sido assim desde que a tecnologia e seus artefatos chegaram para tornarem-se peças indispensáveis no nosso cotidiano. A tecnologia acelerou a vida que, como diz a sábia boneca Emília em suas famosas “Memórias da Emília” do nosso imortal Monteiro Lobato, já é, por si só, um pisca-pisca. Segundo ela, que do alto de sua filosofia absolutamente genial narrou suas memórias ao Visconde de Sabugosa: “a gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme-eacorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais. É, portanto, um pisca-pisca. (...) A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos, por fim, pisca pela última vez e morre.

    E depois que morre? – perguntou o Visconde.
    – Depois que morre vira hipótese. É ou não é?”.
    É. Piscamos e lá se foi 2022.

    O ser humano pisca de 15 a 20 vezes por minuto e, em condições normais, um olho chega a piscar 8.000 vezes por dia. Isso é necessário para que possamos lubrificar os olhos limpando-os de agentes externos, como poeira ou outros minúsculos elementos, que, a cada piscada, são impedidos de entrar em contato direto com a córnea. Estudos apontam que o ato de piscar está relacionado a um breve descanso da mente, além de servir para lubrificar essa área tão importante dos olhos. Piscamos para ver melhor, mais limpo e também para pensar com mais clareza. Nestes tempos em que nossos computadores, tablets e celulares fazem parte de quem somos, descobriu-se que estamos piscando cinco vezes menos do que deveríamos, a isso deram o nome de Síndrome do Uso Excessivo do Computador. Vejam só: estamos ficando doentes de tanto ver o mundo pelas telas! Fico aqui pensando o que diria Emília, se soubesse disso. Piscando menos, vivemos menos e logo, logo, talvez ela dissesse, de nós só sobrarão hipóteses!...

    Piscamos menos e mesmo assim o tempo passa célere, e temos nos preocupado cada vez mais com ele, ainda mais você, caro jovem leitor, que já reclama que não tem tempo para fazer nem metade do que gostaria! Na Era da (Des)Informação o tempo passa mais rápido porque as telas não dão descanso: entre um pisca e outro a gente vê um vídeo no TikTok, pisca e posta uma foto no Instagram, pisca de novo e comenta o post do amigo no Twitter e ainda dá tempo de piscar mais uma vez e entrar no YouTube para dar uma espiada no vídeo daquele influencer preferido. Parece muito pisca- -pisca, mas, pelo que nos mostram as pesquisas, no meio de tantas redes sociais não dá tempo de piscar o suficiente, e a vista fica cada dia mais cansada, embaçada e a gente, mais encurvado, com a perspectiva de, daqui a 800 anos, estarmos corcundas, com quatro pálpebras e com as mãos em forma de garra, como constatou estudo realizado pela empresa de telecomunicações Toll Free Forwarding. Ou então se nada disso se concretizar, nos restará apenas ser só uma hipótese...

    Sem querer ser pessimista ou alarmista demais, o propósito desta mensagem de final de ano a todos os jovens leitores é alertar para a nossa potência nesse mundo VUCA, ou mundo BANI, como queira, nessa sociedade do cansaço, nessa modernidade líquida. Precisamos piscar mais se quisermos continuar vivos. Podemos piscar mais vezes e sairmos das telas dos celulares. Podemos ler um livro impresso e exercer a liberdade suprema de pular páginas, de começar pelo meio, de parar de ler e olhar pela janela – aquela de verdade mesmo, que tem formatos mil, que fica entre nós, nossas casas e o mundo real. Precisamos conversar com as pessoas, encontrar os amigos, ir ao estádio de futebol, passear pelos parques, nadar nos rios – enquanto eles ainda existem e são “nadáveis” – navegar os mares ao invés de as redes sociais. Podemos nos enredar em outras redes, aquelas que construímos, na escola, no clube, na vizinhança, aquelas que de fato são laços e possuem o poder de destruir muros. Podemos dominar os algoritmos se ampliarmos as nossas experiências, porque eles ainda não prescindem do humano e tanto mais humanos nos tornamos, quanto mais experiências concretas conseguimos viver e compartilhar.

    Não se trata aqui de dar uma receita de ano novo – elas não funcionam, sabemos nós, que todos os anos fazemos listas repletas de promessas – mas apenas de lembrar que podemos seguir piscando, fazendo os nossos olhos brilharem com outras paisagens. Não tem sido fácil para você, jovem leitor, singrar mares tão desconhecidos, tão sem bússola como os grandes navegadores estavam quando desbravaram os continentes do chamado novo mundo. Mas se eles chegaram a outros lugares, provaram que é possível descobrir o desconhecido. Os instrumentos que os ajudaram servem perfeitamente para os dias de hoje: curiosidade, estratégia, pesquisa, resistência, resiliência, crença no sonho, no impossível, fé em si mesmo e um desejo recorrente de viver melhor. Como dizia o escritor Eduardo Galeano é para isso que serve a utopia: “para que eu não deixe de caminhar”.

    Aos jovens (des)informados desse futuro tão incerto desejo um tempo a mais entre uma piscada e outra, um tempo para fechar os olhos e descansar das telas, uma piscada mais elaborada que permita a construção de narrativas que não precisem ser postadas para tornarem-se relevantes, e muitas piscadas por conta da vivência de histórias inclusivas, diferentes, diversas e desiguais. Desejo que construam hipóteses – muitas! – e que possam referendá-las com rigor, ética e criticidade. E que assim tornem-se cada dia mais potentes, protagonistas e reais.

(ALVES, Januária Cristina. Mensagem de final de ano aos jovens (des)informados. Jornal Nexo, 2022. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2022/Mensagem-de-finalde-ano-aos-jovens-DesInformados. Acesso em: 21/12/2022. Adaptado.)
Em relação ao emprego dos sinais de pontuação, analise as afirmativas a seguir.
I. Os parênteses em “(des)informados” sinalizam a dupla possibilidade de leitura do termo. II. As aspas em “para que eu não deixe de caminhar’” (8º§) e em “‘a gente nasce (...) É ou não é?” (1º§ ao 3º§) foram empregadas com funções distintas. III. Em “Os instrumentos que os ajudaram servem perfeitamente para os dias de hoje: curiosidade, estratégia, pesquisa, resistência, resiliência [...]” (8º§), os dois-pontos foram utilizados para introduzir uma enumeração. IV. Em “Vejam só: estamos ficando doentes de tanto ver o mundo pelas telas!” (5º§), o ponto de exclamação foi usado para indicar entusiasmo. V. Em “A tecnologia acelerou a vida que, como diz a sábia boneca Emília em suas famosas ‘Memórias da Emília’ do nosso imortal Monteiro Lobato [...]” (1º§), a inserção de vírgula após as duas ocorrências da palavra “Emília” melhoraria a fluidez da leitura sem, contudo, alterar o sentido do enunciado.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2084690 Português
Quem está “on”?



Martha Medeiros. In: NSC Total. Acesso em:https://www.nsctotal.com.br/colunistas/martha-medeiros/quem-esta-on , 14 out., 2022.
Dias antes, havia postado sobre o lançamento do meu novo livro no Rio, em fevereiro próximo, e disse na legenda: “Não há outras cidades confirmadas. Quando houver, avisarei”. (linhas 4 e 5). O uso dos dois pontos se explica 
Alternativas
Q2068384 Português
Analise as assertivas a seguir a respeito do emprego dos sinais de pontuação.
   I. Na linha 08, o emprego das aspas demarca um título.  II. As vírgulas hachuradas na linha 34 e 35 separam uma oração que adiciona uma informação que restringe o significado do termo anterior, pois sem ela o seu sentido não estaria completo. III. Na linha 42, o emprego dos dois pontos insere uma explicação de uma ideia exposta anteriormente.

Quais estão corretas? 
Alternativas
Respostas
31: E
32: E
33: C
34: B
35: D