Questões de Português - Pronomes relativos para Concurso

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Q2085165 Português

Texto para responder à questão.

Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o rosto: “sou feio, mãe” 

    Laura tinha 10 anos quando começou a usar máscara pelos mesmos motivos que todos nós: se proteger da Covid-19 e impedir a disseminação do vírus. Agora, depois de quase 3 anos e do início de sua puberdade, a máscara ocupou um outro lugar na vida dela: o de um objeto que esconde seu rosto e a ajuda a lidar com inseguranças sociais. Sua irmã conta que, mesmo em um passeio à praia, Laura permaneceu de máscara ̶ inclusive para entrar no mar. Em ocasiões como essa, o sol marca o contorno da máscara no seu rosto, tornando ainda mais difícil que ela deixe de usar o acessório em público. A história da jovem ressoa nos relatos de centenas de jovens nas redes sociais, em especial adolescentes, que dizem ter dificuldade de ficar sem máscara fora de casa por vergonha de mostrar o próprio rosto. Em muitos casos, eles são alguns dos únicos alunos da classe que continuam a utilizar o acessório rigorosamente, e sofrem bullying de colegas que questionam o uso e até tentam retirá- -lo à força. Outros dizem que a máscara os ajuda a passar despercebidos e diminuir as interações sociais, inclusive chamando menos atenção dos professores.

     A situação ganha complexidade num momento de reincidência dos casos de coronavírus, em que a máscara é recomendada para frear o contágio da doença. Em que momento, então, o uso rigoroso do acessório por adolescentes se torna preocupante? E como pais e professores podem lidar com essa situação?

    O costume de usar acessórios que desviam o próprio corpo da atenção alheia não é algo novo entre os adolescentes. Moletons largos, bonés e cabelo longo sobre o rosto são alguns dos “mecanismos” aos quais os jovens recorrem para lidar com inseguranças relacionadas à autoimagem corporal, explica o psicólogo e doutor em educação Alessandro Marimpietri. A cantora Billie Eilish é um exemplo desse comportamento: quando tinha 17 anos, declarou que preferia vestir roupas largas para que os fãs e a imprensa não a sexualizassem por conta de seus seios grandes. Marimpietri explica que a pandemia e a reclusão forçada do contato social foram agravantes dessa questão.

     “Um adolescente que entrou na pandemia com 13 anos e agora tem 15, por exemplo, se modificou do ponto de vista físico de maneira muito substancial. Muitos já estavam inseguros sobre como iriam se apresentar para o outro do ponto de vista imagético e comportamental ̶ e a máscara figura como um anteparo simbólico de proteção, como se a autoimagem estivesse resguardada por uma fronteira que me protege do olhar do outro.” Ele acrescenta que os problemas com a imagem corporal foram inflados na pandemia, quando nosso recurso de interação social era, muitas vezes, digital. “Se ver o tempo todo nas telas e nos ângulos das câmeras digitais modificou a autopercepção de todos os sujeitos: crianças, adultos, idosos. No caso dos adolescentes, isso ocorreu de maneira destacada, já que se somam outras questões próprias dessa fase”, diz. 

   Marimpietri explica que as expressões faciais são “pistas não-verbais importantes para o desenvolvimento da vida do sujeitodo ponto de vista psíquico, da interação social, e até da cognição”. Ao esconder parte do rosto com a máscara por tempo indefinido, os adolescentes escondem, também, essas pistas fundamentais para a convivência e interação socioafetiva. Esse prejuízo é percebido por Simone Machado, professora de Língua Portuguesa da rede pública de São Paulo.

    “Os professores leem os alunos a todo momento, mesmo quando não dizem nada. São expressões de dúvida, por exemplo, que nos fazem repetir uma explicação. As máscaras atrapalham essa troca”, conta. A professora relata que seus alunos que seguiram usando máscara mesmo quando houve uma flexibilização da medida são estudantes que já tinham um comportamento introspectivo e dificuldades de socialização. Um deles, conta Machado, ficou ainda mais tímido depois da pandemia. “É como se a máscara fosse mais um muro na socialização dele com o mundo. Até seu olhar ficou menos expressivo e, quando lhe faço perguntas, ele responde apenas balançando a cabeça, nem consigo lembrar como é sua voz.”

     Na escola, a professora de geografia Luciana Cardoso ressalta a importância das conversas entre os professores. “Foi no conselho de classe que descobri, por um outro professor, que uma aluna minha usa sempre a máscara por vergonha de um dente faltando.” Se um professor de Educação Física, por exemplo, fala que o aluno pratica esportes vestindo moletom e máscara, isso acende um alerta diferente para os professores que só os veem dentro de sala, reflete Cardoso. Para a professora Simone Machado, uma estratégia interessante é não falar diretamente sobre o uso insistente da máscara, mas tentar incentivar a socialização desses alunos por outras vias, passando trabalhos em grupo dentro e fora da sala de aula, por exemplo. A médica pediatra Evelyn Eisenstein lembra que, entre os jovens, é mais comum que haja um comportamento negligente quanto às medidas sanitárias de combate à Covid. “Estamos num momento de cautela, em que a máscara deve ser usada em aglomerações como transportes públicos, centros comerciais e também nas escolas”, alerta.

(ALVES, Ian. Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o rosto: ‘sou feio, mãe’. BBC News Brasil, 2022. Disponível em: https://www. uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2022/12/07/os-jovens-que-ainda-usammascara-por-vergonha-de-mostrar-o-rosto-sou-feio-mae.htm. Acesso em: 06/01/2023. Adaptado.)

Analise as afirmativas a seguir.
I. Para atender à correção gramatical do período “Se ver o tempo todo nas telas [...]” (4º§), o pronome “se” deveria estar em posição enclítica.
II. No trecho “Outros dizem que a máscara os ajuda a passar despercebidos [...]” (1º§), a forma verbal “ajuda” deveria ter sido flexionada no plural para concordar adequadamente com o termo “outros”.
III. Na passagem “A história da jovem ressoa nos relatos de centenas de jovens (...) que dizem ter dificuldade de ficar sem máscara fora de casa por vergonha de mostrar o próprio rosto.” (1º§), a flexão do infinitivo “mostrar” é facultativa. Portanto, “mostrar” pode ser flexionado no plural ou no singular.
IV. Em “A professora relata que seus alunos que seguiram usando máscara mesmo quando houve uma flexibilização da medida [...]” (6º§), se fosse inserida uma vírgula após a palavra “alunos” e outra vírgula após a palavra “máscara”, a oração “que seguiram usando máscara” se transformaria em uma oração subordinada adjetiva explicativa e, com isso, o sentido seria alterado.
V. Em “Estamos num momento de cautela, em que a máscara deve ser usada [...]” (7º§), o termo “em que” pode ser substituído pelo pronome relativo “onde”, de acordo com a norma culta escrita.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2084602 Português

Texto 2 


Relações de poder e decisão: conflitos entre médicos e administradores hospitalares 

      


RAM, Rev. Adm. Mackenzie 11 (6) • Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678- 69712010000600004

No trecho “Seu corpo diretivo e clínico é constituído por médicos que usualmente têm dificuldade de aceitar” a forma “que” em destaque é utilizada como:
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Q2080658 Português

O perigo das vacinas caseiras contra o coronavírus

Vários pesquisadores vinculados à Universidade Harvard promovem uma imunização sem aval para que os cidadãos a fabriquem e administrem em casa 


Um grupo de cientistas, profissionais da biotecnologia e cidadãos que nem sequer querem ser identificados está testando na própria carne uma suposta vacina contra o coronavírus que eles mesmos desenvolveram. Trata-se de um coquetel de proteínas sem eficácia comprovada, cuja primeira versão foi preparada por Preston Estep, um cientista que já esteve ligado à Universidade Harvard e cuja principal motivação é conseguir uma imunização antes que sejam lançadas as vacinas oficiais promovidas por governos e empresas farmacêuticas. Este projeto, chamado Radvac – sigla em inglês de “vacina colaborativa de implantação rápida” – se define como “um necessário ato de compaixão”.


Esta é uma das várias vacinas caseiras que estão circulando pelo mundo. Algumas não têm fins lucrativos, como a Radvac, e outras chegam a custar o equivalente a R$ 1.900. Nos EUA são conhecidas como vacinas DIY (sigla em inglês de “faça você mesmo”).


Muitos especialistas mostram preocupação com um fenômeno que pode causar danos e dinamitar a confiança nas vacinas convencionais. O mais inquietante talvez seja que, com a lei na mão, é impossível proibir alguém de obter e inocular esses preparados. Na prática pode ser muito complicado inclusive impedir que sejam distribuídas ou que seus adeptos ca


usem infecções por Covid-19, de forma deliberada ou acidental, por se julgarem imunizados.


Muitos de seus promotores iniciais estavam vinculados à prestigiosa Universidade Harvard (EUA). Um dos principais é o conhecido geneticista George Church, um dos pesquisadores mais respeitados em seu campo. Church admitiu ter usado em si mesmo a suposta vacina, e inclusive tirou uma foto enquanto a administrava, conforme revelou o veículo especializado Technology Review.


A suposta vacina defendida por Church é uma mistura de peptídeos, proteínas sintéticas que imitam as proteínas que compõem o SARS-CoV-2, como a característica espícula pontiaguda que usa para se unir às células humanas, penetrá-las e sequestrar seu maquinário biológico para se multiplicar. Em um documento de 59 páginas, Estep, Church e seus colegas explicam como misturar esses peptídeos com os outros quatro ingredientes básicos do preparado. Todos eles podem ser adquiridos de “distribuidores comerciais”, afirmam.


O produto final é um vapor inalável, administrado pelo nariz. O documento também detalha como usá-lo corretamente e recomenda fazer exames de anticorpos e linfócitos para comprovar seu efeito, como se os participantes fossem cobaias humanas. “Somos os animais”, disse Estep, ex-orientando de Church, ao The New York Times. Há 30 pessoas dos EUA, Alemanha, Reino Unido, China e Suécia que já se autoinocularam, afirma.


O próprio Estep afirma ter dado a vacina caseira a seu filho de 23 anos, e outros promotores também as administraram a familiares, segundo o jornal nova-iorquino.


O documento científico da Radvac adverte que a vacina não tem nenhuma eficácia demonstrada, não foi aprovada pelas autoridades e pode causar efeitos secundários, embora não descreva uma forma de controlar as reações adversas. Os promotores a definem como “ciência cidadã” e fornecem toda a informação sobre seu preparado com uma licença aberta. O EL PAÍS tentou contato com Estep e Church sem sucesso. “Este projeto não tem nenhuma filiação à Universidade Harvard”, declarou a instituição por sua vez. “A urgência em conseguir uma vacina efetiva para a Covid-19 é enorme, mas isso não pode acarretar um relaxamento dos padrões dos ensaios clínicos, que devem fornecer provas concludentes da eficácia dessa vacina para proteger a saúde pública”, acrescenta.


[...] Se as autoridades não frearem este tipo de experimentação caseira, “estas vacinas de efetividade e segurança duvidosa porão a saúde pública em risco”, alertam. Além disso, “pode derrubar a confiança da sociedade nas verdadeiras vacinas” contra a Covid-19, escrevem. Em sua carta, especialistas pedem que as autoridades federais dos EUA tomem as rédeas do assunto, como já fizeram para impedir a difusão de exames caseiros do novo coronavírus que não tinham aval científico. “Parte do interesse nestas vacinas caseiras surge aparentemente da crença de que a experimentação consigo mesmo não precisa respeitar as normas e os critérios éticos. É uma crença totalmente falsa”, disparam.


[...] “Promover este tipo de produto como uma possível solução sem ter provas viola o método científico, é reprovável”, ressalta Federico de Montalvo Jääskeläinen, presidente do Comitê de Bioética da Espanha. “Mesmo se funcionasse, só significaria que dispararam no ar e acertaram no prato por acaso”, acrescenta. O especialista concorda com seus colegas norte-americanos sobre o perigo que estes cientistas representam na luta contra a pior pandemia deste século. “Que a vacina demore não é o nosso maior problema. Onde arriscamos a saída desta pandemia é na confiança da população em relação às vacinas. Esta gente está minando essa confiança com uma narrativa antissistema. Se uma parte da população comprar estas mensagens, pode haver um enorme dano à saúde pública”, conclui.


Disponível em: https://bityli.com/dt36e. Acesso em: 18 set. 2020 (adaptado).

Releia o trecho a seguir.


“[...] um cientista que já esteve ligado à Universidade Harvard e cuja principal motivação é conseguir uma imunização [...].”


O pronome destacado concorda com 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Lavras - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Assistente Social | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Advogado - CRAS/CREAS | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Assistente Social de Atenção Secundária | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Assistente Social - CRAS | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Assistente Social de Saúde Mental | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Administrador Público | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Arquiteto | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Biblioteconomista | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Biólogo | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Lavras - MG - Bioquímico | FUNDEP (Gestão de Concursos) - 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Q2080099 Português

INSTRUÇÃO: Leia a crônica de Fernando Sabino para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

 [...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…”

[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.


Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática,

1979-1980 (adaptado)

A coesão em um texto é essencial para a conexão entre as informações, garantindo unidade temática.
Releia o trecho a seguir.
“Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida.”
O pronome possessivo “seu” e o pronome oblíquo “a”, nessa passagem, funcionam como recurso coesivo ao 
Alternativas
Q2075981 Português
Possenti avalia o uso do item ‘cujo’ na seguinte passagem:
“Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer ‘desapareceu’? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais.”
Considere as sentenças a seguir em que se verifica o uso do pronome cujo e suas flexões.
I. A opção pela expressão Círculo dá-se em virtude de sua tradicional utilização na referência a um grupo de pensadores russos cujo encontro está ligado à cidade russa de Niével.
II. Um exemplo de controle do texto encontra-se em uma redação do vestibular Unicamp de 2000 cujo tema estava relacionado aos 500 anos do descobrimento do Brasil.
III. Os autores são escritores cujo o texto é, usualmente, considerado “correto” do ponto de vista da norma linguística.
Tendo em vista as regras da gramática normativa, estão CORRETAS as sentenças:
Alternativas
Respostas
56: A
57: C
58: C
59: A
60: A