Questões de Português - Preposições para Concurso

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Q2262604 Português
Analise as frases abaixo.
Depois do exame, vocês estarão aptos ______ dirigir. Aquele era um problema fácil ______ se resolver.
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. 
Alternativas
Q2259870 Português
No lugar do outro


      Estamos vivendo uma crise intensa: a das relações humanas. Todos os dias testemunhamos ou protagonizamos, tanto na vida presencial quanto na virtual, comportamentos e atitudes que vão do ódio declarado ou sutil ao desdém em relação ao outro. As relações humanas, sempre tão complexas, exigem, no entanto, delicadeza, atenção e compromisso social. Tem sido difícil manter a saúde mental e a qualidade de vida no contexto atual.

    Crianças e adolescentes já dão sinais claros de que têm aprendido muito com nossa dificuldade em conviver com as diferenças e de respeitá-las; de tentar colocar-se no lugar do outro para compreender suas posições e atitudes; de ter compaixão; de conflitar em vez de confrontar; de agir com doçura, por exemplo. Conseguir fazer isso é ter empatia com o outro.

   Pais e professores têm reclamado de comportamentos provocativos, desrespeitosos, desafiadores e desobedientes dos mais novos. Entretanto, se pudéssemos nos dedicar por alguns momentos à auto-observação, constataríamos essas características também em nós, adultos. 

   Mas são os mais novos que levam a pior nessa história: crianças e adolescentes que desobedecem, desafiam e têm comportamentos considerados agressivos, como os nossos, podem receber diagnósticos e orientação para tratamento. Conheço famílias com filhos diagnosticados com “Transtorno Desafiador Opositivo”, porque têm comportamentos típicos da idade.

     Há uma grande preocupação global com a nossa atual falta de empatia. Um sinal disso foi a inauguração, em Londres, do primeiro Museu da Empatia.

     Nele, os visitantes são convocados a experimentar/enxergar o mundo pelo olhar de um outro – não próximo ou conhecido, mas um outro com quem eles não têm qualquer relação. A expressão que deu sentido ao museu é a expressão inglesa in your shoes(em seus sapatos), que em língua portuguesa significa “em seu lugar”.

    Os visitantes se deparam, na entrada, com uma caixa com diferentes pares de sapatos usados. Escolhem um de seu número para calçar e recebem um áudio que conta uma parte da história da pessoa que foi dona daquele par.

   Desenvolver a empatia é uma condição absolutamente necessária para ensiná-la aos mais novos. Aliás, eles podem tê-la mais facilmente do que nós.

     Um pai me contou, comovido, que conversava com um amigo a respeito da situação de muitos refugiados de países em guerra e que comentou que não adiantava a busca por outro local, já que a crise de empregos era mundial. Seu filho, de sete anos, que estava por perto, perguntou de imediato: “Pai, se tivesse guerra aqui, você preferiria que eu morresse?”. Ele mudou de ideia.

     Estacionar o carro em vaga de idosos, grávidas e portadores de deficiência é mais do que contravenção: é falta de empatia. Reclamar da lentidão dos velhos é mais do que desrespeito: é falta de empatia. Agredir ostensivamente o outro por suas posições é mais do que dificuldade em lidar comas diferenças: é falta de empatia. O mesmo modo, reclamar do comportamento dos mais novos é falta de empatia.

     A empatia pode provocar uma grande mudança social, diz Roman Krznari, estudioso do tema. Vamos desenvolvê-la para ensiná-la?

(SAYÃO, Rosely. Disponível em: http://www.udemo.org.br/2015/ Leituras/Leituras15_0046-15_No%20lugar-do-outro.html. Acesso em: 05/06/2023.)
“Desenvolver a empatia é uma condição absolutamente necessária para ensiná-la aos mais novos. Aliás, eles podem tê-la mais facilmente do que nós.” (8º§). Os termos sublinhados são classificados como:
Alternativas
Q2253231 Português
Os sinais que indicam que seu cachorro pode sofrer de ansiedade

Animais não humanos possuem a capacidade de ter sentimentos e, portanto, podem manifestar comportamento intencional. Temos a tendência de imaginar que a alegria, o medo e a tristeza são emoções exclusivas dos seres humanos. Mas a ciência está descobrindo, pouco a pouco, que esta afirmação é totalmente incorreta. No dia 7 de julho de 2012, um grupo internacional de neurocientistas se reuniu na cidade de Cambridge, no Reino Unido, e elaborou a conhecida Declaração de Cambridge sobre a Consciência. Resumidamente, os especialistas determinaram que a nossa espécie não é a única a possuir as bases neurológicas que geram a consciência. Em outras palavras, os animais não humanos possuem a capacidade de ter sentimentos e, portanto, podem manifestar comportamento intencional. Isso também se aplica à capacidade de vivenciar o sentimento, que é o tema deste artigo: a ansiedade. Tanto em cães quanto nas pessoas, a ansiedade é simplesmente uma forma de reação a certas situações problemáticas. Mas, quando ela supera certa intensidade ou ultrapassa a capacidade de adaptação, a ansiedade passa a ser patológica.

Sinais de alerta

Como podemos identificar se o nosso cachorro se encontra neste estado? Diferentes formas de comportamento indicam sua vontade de fugir da sensação de inquietação, nervosismo, insegurança e mal-estar. A ansiedade surge quando o cão tem a expectativa de que algo de ruim está para acontecer. Esta expectativa aciona o sistema nervoso simpático, responsável pelas reações do organismo diante de situações perigosas ou estressantes, fazendo com que o animal manifeste uma conduta intensa. Quando a ansiedade é patológica, os sintomas que podemos encontrar são: contínuo estado de alerta, hiperatividade, lambedura excessiva, queda de pelo, problemas digestivos, uivos, tremores, gemidos, latidos em excesso, medo exagerado, agressividade e comportamentos destrutivos, que podem aumentar quando os cães ficam sozinhos. As situações capazes de provocar essa ansiedade patológica também são diversas: medo de ficar sozinho, de barulhos como fogos de artifício, de tempestades ou trânsito... qualquer incidente que supere sua capacidade de adaptação ou que seja frequentemente repetido pode desencadear ansiedade. Muitas vezes, estes são problemas gerados pela incompreensão humana das suas necessidades, como espécie e como indivíduo.

Diagnóstico e tratamento

Se prolongada, a ansiedade patológica pode causar doenças ao longo do tempo, como transtornos do sistema gastrointestinal, aumento da incidência de tumores ou alterações do sistema imunológico, sem falar do prejuízo à convivência entre as espécies. Soma-se a isso a nossa tristeza e frustração ao ver um animal de estimação sofrendo, sem saber como ajudá-lo. O primeiro passo para o tratamento da ansiedade, depois de diagnosticada pelo veterinário, é a terapia comportamental, conduzida por um etólogo, ou especialista em comportamento animal. Pode-se recorrer à administração de medicamentos se o caso específico exigir, também sob o controle do veterinário. Esta intervenção pode ser comparada à do psicólogo e do psiquiatra em seres humanos. O psicólogo é especialista em compreender o comportamento, enquanto o psiquiatra se dedica aos transtornos mentais e seu tratamento farmacológico. Embora cada caso tenha suas próprias particularidades, a terapia comportamental deve incluir os seguintes objetivos:

Reduzir os níveis de estresse do cachorro;

Ensiná-lo a administrar situações problemáticas;

Oferecer recursos para que ele se acalme;

Reduzir sua sensibilidade aos sinais precursores da ansiedade. O animal pode interpretar nossas ações de pegar as chaves, vestir o casaco ou calçar os sapatos, por exemplo, como o passo anterior a ficar sozinho. Devemos esclarecer a ele que isso não significa, necessariamente, que vamos partir;

Atribuir ao cão uma função clara dentro da família. Precisamos fazer atividades com ele para que se sinta integrado, como brincar ou sair para passear, de modo que o cachorro e o dono se divirtam;

Fazer com que o cão tenha independência social. Ou seja, não podemos estar o tempo todo com ele, nem resolver todos os seus problemas.

Se o processo de aprendizado for difícil porque os níveis de ansiedade são altos demais ou devido a circunstâncias específicas do animal, é preciso complementar o processo com medicamentos. Pode ser conveniente recorrer aos remédios, por exemplo, quando o cachorro sente ansiedade ao ficar sozinho e, como seus responsáveis trabalham, ele precisa ficar pelo menos oito horas sem companhia. O cão não pode ficar em um estado contínuo de angústia. É preciso também entender que, da mesma forma que na nossa espécie, há circunstâncias que geram estresse prolongado — que levam ao "estado de ansiedade" — e perfis que são mais ansiosos por natureza, o chamado "traço de ansiedade". A busca das causas da angústia patológica e seu controle não deve se restringir ao controle das consequências com o uso de medicamentos, mas também melhorar a atenção que oferecemos a eles como seres sensíveis, sociais e que precisam de atividades adequadas para cada indivíduo.
 G1

Considere o excerto "O cão não pode ficar em um estado contínuo de angústia." Em relação às classes gramaticais, as palavras "o", "não", "em", "contínuo" e "angústia" são, respectivamente:
Alternativas
Q2251620 Português
A Raposa e as Uvas


Fonte: Adaptado de https://ririro.com/pt/a-raposa-e-as-uvas/
A preposição para (linha 3) estabelece, entre os termos por ela ligados, relação de
Alternativas
Q2250715 Português
Leia o texto para responder à questão.

Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?

        Publicada em 1865, a obra Aventuras de Alice no País das Maravilhas, uma das mais importantes da literatura mundial, foi fruto da imaginação e das indagações sobre a relatividade temporal do escritor e matemático Lewis Carroll (1832- 1898). O personagem Coelho Branco pode simbolizar, por meio de sua obsessão pelo tempo, a angústia causada pela brevidade da experiência humana.
        Afinal, na época em que a história foi escrita, os dias passaram a ser contados pelos ponteiros do relógio, e não mais pelo nascer e pôr do sol. Foi a partir da Revolução Industrial, na segunda metade do século 18, que a vida foi compartimentada em horas, minutos e segundos, entre “tempo de trabalho” e “tempo livre”. Assim como Alice, a humanidade caiu na toca do Coelho Branco e começou a correr atrás do tempo.
         Desde então, a sociedade sonha com a dilatação das 24 horas do dia para conciliar o rendimento no trabalho com momentos de lazer com família e amigos, fazer atividade física, ler um livro ou simplesmente ficar de pernas para o ar. Num século em que gerenciar o tempo se tornou privilégio, a consequência dessa aceleração vem provocando quadros de ansiedade, depressão e outros sofrimentos psíquicos. De acordo com o mais recente mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo.
         “Precisamos ter em mente que questões de saúde mental estão estreitamente relacionadas aos modos de vida, ao quadro cultural do país e como está organizada a vida social. Então, eu colocaria a questão do tempo na perspectiva desse arranjo social, político e econômico neoliberal, que leva a uma mobilização integral da nossa vida para o trabalho”, aponta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Rodrigues Teixeira, que coordena a diretoria de Saúde Mental e Bem-Estar Social da pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da instituição.
        Autor do livro Sem tempo para nada, o cientista social Luís Mauro Sá Martino endossa esse diagnóstico. “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo. Você pode tentar levar uma vida adequada à sua saúde e bem-estar, porém como fazer isso se tudo ao seu lado está em um ritmo rápido e contínuo?”, dispara.

(LLEDÓ, Maria Júlia. Como conciliar a rotina num século em que o tempo se tornou privilégio?. Revista E (Sesc Edições). 01.05.2023. Adaptado)
O termo destacado na frase “Como sociedade, podemos nos perguntar o quanto esse ritmo acelerado está nos fazendo bem, sobretudo a longo prazo.” (5º parágrafo) apresenta, respectivamente, sua classificação gramatical e substituição igualmente correta em:
Alternativas
Respostas
21: C
22: C
23: B
24: A
25: C