Questões de Literatura - Romantismo para Concurso

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Q1218836 Literatura
           Mesmo sem querer recuar conceitos anacronicamente, parece que Caramuru, de Santa Rita Durão, pode ser considerado uma epopeia do tipo que se chamaria hoje colonialista, porque glorifica métodos e ideologias que censuramos até no passado. Mas que ainda são aceitos, recomendados e praticados pelos amigos da ordem a todo preço, entre os quais se alinharia o nosso velho Durão, que era filho de um repressor de quilombos e hoje talvez se situasse entre os reacionários, com todo o seu talento, cultura e paixão. Como sabemos, Caramuru é uma resposta ao poema de Basílio da Gama, O Uraguai, cujo pombalismo ilustrado estava mais perto daquilo que no tempo era progresso. Mesmo sendo progresso de déspota esclarecido, useiro da brutalidade e do arbítrio.
          A possível atualidade do Caramuru estaria um pouco na presença constante da violência e da opressão, disfarçadas por uma ideologia bem arquitetada, que tranquiliza a consciência. Durão é, em grau surpreendente, um poeta da guerra e da imposição cultural, e não ficaria deslocado em nosso tempo excepcionalmente bruto e agressivo. Basílio da Gama, que celebra uma guerra destruidora, no fundo não simpatiza com ela e quase justifica o inimigo (que não consegue deixar de tratar como vítima), lamentando a necessidade cruel da razão de Estado. Mas Durão não só adere ideologicamente ao exercício da força, como parece ter por ela uma espécie de fascinação.

Antonio Candido. Movimento e parada. In: Na sala de aula: caderno de
análise literária. São Paulo: Editora Ática, 1985, p. 8-9 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto precedente, publicado pela primeira vez em 1985, julgue o item a seguir.


A literatura indianista brasileira, que tematiza o indígena, suas práticas e mitologias, é parte importante da literatura brasileira, desde sua formação até a contemporaneidade, ao passo que as literaturas indígenas do Brasil, tanto orais quanto escritas, têm suas origens no reconhecimento político dos povos indígenas a partir do período da redemocratização, na segunda metade da década de 80 do século passado.

Alternativas
Q1218835 Literatura
           Mesmo sem querer recuar conceitos anacronicamente, parece que Caramuru, de Santa Rita Durão, pode ser considerado uma epopeia do tipo que se chamaria hoje colonialista, porque glorifica métodos e ideologias que censuramos até no passado. Mas que ainda são aceitos, recomendados e praticados pelos amigos da ordem a todo preço, entre os quais se alinharia o nosso velho Durão, que era filho de um repressor de quilombos e hoje talvez se situasse entre os reacionários, com todo o seu talento, cultura e paixão. Como sabemos, Caramuru é uma resposta ao poema de Basílio da Gama, O Uraguai, cujo pombalismo ilustrado estava mais perto daquilo que no tempo era progresso. Mesmo sendo progresso de déspota esclarecido, useiro da brutalidade e do arbítrio.
          A possível atualidade do Caramuru estaria um pouco na presença constante da violência e da opressão, disfarçadas por uma ideologia bem arquitetada, que tranquiliza a consciência. Durão é, em grau surpreendente, um poeta da guerra e da imposição cultural, e não ficaria deslocado em nosso tempo excepcionalmente bruto e agressivo. Basílio da Gama, que celebra uma guerra destruidora, no fundo não simpatiza com ela e quase justifica o inimigo (que não consegue deixar de tratar como vítima), lamentando a necessidade cruel da razão de Estado. Mas Durão não só adere ideologicamente ao exercício da força, como parece ter por ela uma espécie de fascinação.

Antonio Candido. Movimento e parada. In: Na sala de aula: caderno de
análise literária. São Paulo: Editora Ática, 1985, p. 8-9 (com adaptações).

Tendo como referência inicial o texto precedente, publicado pela primeira vez em 1985, julgue o item a seguir.


Caramuru e O Uraguai, assim como os romances O Guarani e Iracema, de José de Alencar, fizeram parte das manifestações românticas do período posterior à independência do Brasil, que, ao idealizarem o indígena, buscavam consolidar a mitologia da nacionalidade brasileira.

Alternativas
Q916726 Literatura
O tema da nostalgia da pátria consagrado no poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, é retomado em “No lar”, de Casimiro de Abreu. Sobre esse diálogo intertextual, é possível afirmar que
Alternativas
Q881345 Literatura

O Zé Pereira chegou de caravela

E preguntou pro guarani da mata virgem

— Sois cristão?

— Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da MorteTeterê

tetê Quizá Quizá Quecê!

Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!

O negro zonzo saído da fornalha

Tomou a palavra e respondeu

— Sim pela graça de Deus

Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!

E fizeram o Carnaval.

Oswald de Andrade. Brasil. In: Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald. São Paulo, Círculo do Livro.

Acerca do poema precedente e de aspectos da literatura brasileira a ele relacionados, julgue o item subsecutivo.


O poema estabelece explícita intertextualidade com a obra I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias, poeta do Romantismo brasileiro.

Alternativas
Q881343 Literatura

Considerando as ideias do texto precedente e a relação que ele estabelece com aspectos da historiografia literária brasileira, julgue o item subsequente.


Por se tratar de “Romance da zona pastoril” (ℓ.23), Vidas Secas apresenta um realismo social ininteligível a regiões urbanas do país.

Alternativas
Respostas
1: E
2: E
3: C
4: C
5: E