Responsável por comandar investigações e desvendar crimes, a carreira de delegado de polícia é o objetivo de vida de muitos. O delegado da PC SP, Francisco Saninni, e especialista em Direito Penal foi uma dessas pessoas que adotou o cargo como sua vocação e resolveu compartilhar a sua trajetória.
Assim que começou a faculdade de Direito, Saninni nem sequer pensava nas carreiras públicas. Com uma condição financeira estável, só descobriu o gosto pelo estudo após um intercâmbio para os Estados Unidos.
Assim que retornou do intercâmbio, intensificou seus estudos na faculdade e foi aconselhado por uma professora a tentar as carreiras públicas.
“Eu nunca pensei em me tornar delegado de polícia. Sempre tive uma condição financeira razoável. No início da minha carreira concurseira, eu tinha uma pequena mesada dos meus pais e advogava. Durante a faculdade, nunca pensei em seguir uma carreira, [...] não era muito dedicado. No terceiro ano, fiz um intercâmbio para os Estados Unidos para aprender inglês. Em um ano fora, amadureci demais e desenvolvi a minha disciplina. Quando voltei para o Brasil, retomei a minha faculdade e estudei muito. Até que uma professora me chamou no final de uma aula e perguntou se eu já tinha pensado nas carreiras públicas. A partir daí eu só pensei nas carreiras públicas e intensifiquei minha preparação”, disse.
Saninni conta que nunca foi inteligente e que a inteligência não é a principal virtude de um concursado, mas sim a persistência e a resiliência.
"A principal virtude do concurseiro é disciplina e resiliência. Agora, inteligência não é necessariamente uma virtude para o concurseiro. É evidente que o inteligente vai ter mais facilidade para absorver todo o conteúdo para ser aprovado, mas eu sempre fui um cara muito limitado. Eu estou longe de ser inteligente! Sou esforçado, disciplinado, e isso fez com que eu alcançasse algumas coisas na minha vida”, explicou Saninni.
Assim que começou a prestar as provas de concursos, obteve a primeira reprovação. Foi a partir dos seus erros que tirou a sua primeira lição como concurseiro: é preciso fazer provas e questões.
“Eu prestei uma prova para delegado de PC SC e fiquei tão ansioso com a possibilidade de trabalhar lá, que me perdi. E a regra de ouro para o concurseiro é: tem que fazer questão, você não é aprovado em algum concurso sem resolver prova e questão”, destacou Saninni.
Para a prova da Polícia Civil de Santa Catarina, Saninni não se preparou por questões e por provas, assim não teve tempo suficiente para concluir a avaliação. Mas para ele, isso foi um ensinamento e possibilitou que ele corrigisse seus erros e fosse aprovado no futuro.
“É muito importante você verificar os problemas na sua derrota. Muitas vezes uma visão otimista diante de um problema faz com que a gente se acomode. Uma visão um pouco mais pessimista de um problema pode fazer com que você se corrija, identifique seus problemas e suas falhas. Foi exatamente o que aconteceu comigo. Após uma dura reprovação, corrigi as minhas falhas e, fui aprovado, na sequência, para o concurso de delegado de polícia de São Paulo”, concluiu Saninni.
Momentos de lazer são essenciais para a aprovação
Da mesma forma que muitos concurseiros se sentem desanimados e são desencorajados a continuar na jornada dos concursos, Saninni compartilhou que também passou pelas mesmas angústias. No entanto, ter momentos de lazer e perseverar foi o que garantiu o seu êxito.
“Eu acho importante valorizar os momentos de prazer porque faz com que você se mantenha estudando”, disse Saninni.
Uma das principais formas de motivação que Saninni encontrou consistiu em projetar seu futuro e focar no que precisava ser feito para vivenciar aquilo.
“Eu estudava de segunda a sexta. Na sexta-feira eu voltava do cursinho para casa e me deparava com várias pessoas em bares e ficava vendo aquelas pessoas. Aquilo servia para mim de estímulo e eu falava: “amanhã ou depois vai ser eu”. Eu queria ter um trabalho e, no final do expediente, me reunir com os meus colegas em um happy hour da vida. E poucos tempos depois, eu estava com meus colegas, no meu primeiro happy hour após uma aula da academia de polícia do estado de São Paulo”, disse.
Como é a carreira de um delegado de Polícia
Para ingressar no cargo de delegado de polícia é preciso ser bacharel em Direito e, em alguns casos, ter prática jurídica ou policial. Além de ser aprovado em um concurso público para a carreira.
Com uma carreira bastante dinâmica, o delegado é responsável pela delegacia e por investigar crimes. Além de planejar, controlar e coordenar atividades policiais.
“A carreira do delegado de polícia é uma carreira absolutamente encantadora. É uma carreira um tanto híbrida, porque ela também tem uma carga significativa de aspecto jurídico. Você pode estar dentro do seu gabinete analisando inquéritos, despachando, formulando representações ao poder judiciário, decidindo sobre aspectos jurídicos relevantes e que impactam de maneira devastadora na vida das pessoas”, explicou o delegado Saninni.
Inspire-se na carreira de sucesso do Francisco Saninni e comece a estudar!