Sobre as teorias do Jornalismo, critérios como noticiablidad...
Gabarito: E.
A Teoria do Newsmaking, que se baseia na visão construcionista e na abordagem etnometodológica, propõe que as notícias são o que são porque as rotinas de produção assim as determina ou porque são as rotinas, suas práticas e aspectos de diversa ordem os elementos constitutivos das notícias.
Ao contrário de outras abordagens anteriores, estudos etnográficos nas redações jornalísticas contribuíram decisivamente para compreender mais profundamente o jornalismo em sua ideologia e práticas, obtendo importantes aspectos de seu contexto produtivo numa dimensão social, profissional, organizacional e ainda, extra-organizacional.
Experiências cognitivas e profissionais (uma cultura profissional), novas rotinas de produções, ideologias, aspectos organizacionais e extra-organizacionais (fontes, anunciantes, audiências, ambiente tecnológico) e ainda, a concorrência são reconhecidas e discutidas como forças exercidas sobre os portões de passagem de eventos como notícia, com poder de influenciarem as decisões jornalísticas (Tuchman, 1980; Wolf, 1987, 1999; Traquina, 2003; Shoemaker & Reese, 1991; 1996; Schudson, 1978).
Fontes: https://1library.org/article/teoria-do-newsmaking-as-rotinas-determinam-as-not%C3%ADcias.y6jd4m4q
https://1library.org/article/a-teoria-construcionista-not%C3%ADcia-como-constru%C3%A7%C3%A3o-social-realidade.y6jd4m4q
GABARITO: E
Teoria do espelho: primeira metodologia utilizada na tentativa de compreender porque as notícias são como são, ainda no século XIX. Sua base é ideia de que o jornalismo reflete a realidade. Ou seja, as notícias são do jeito que as conhecemos porque a realidade assim as determina
Teoria do gatekeeper: teoria que privilegia a ação pessoal. Diante de um grande número de acontecimentos, só viram notícia aqueles que passam por uma cancela ou portão (gate em inglês). E quem decide isso é uma espécie de porteiro ou selecionador (o gatekeeper). O primeiro teórico a aplicar o conceito no jornalismo foi David Manning White, em 1950.
Teoria organizacional: vê o jornalismo como um negócio. E, como tal, busca o lucro. Por isso, a organização está fundamentalmente voltada para o balanço contábil. As receitas devem superar as despesas. Segundo estudos de 1955 de Warren Breed, principal autor da teoria, o jornalista se conforma com as normas editoriais, que passam a ser mais importantes do que as crenças individuais. Segundo Breed, esse conformismo é causado por seis diferentes fatores: 1) a autoridade institucional e as sanções; 2) Os sentimentos de dever e estima para com os chefes; 3) as aspirações de mobilidade profissional; 4) a ausência de fidelidades de grupo contrapostas; 5) o caráter prazeroso da atividade; 6) o fato de as notícias representarem um valor.
Teoria Gnóstica: o conceito de gnose (ou gnosis) pode ser traduzido por um tipo de conhecimento esotérico que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação. Nesse sentido, a identidade da comunidade jornalística é formada por uma estrutura gnóstica, No caráter fáustico e restritivo de seus costumes, vocabulário e ritos de iniciação. De acordo com os autores Ericson, Chan e Baranek o vocabulário de precedentes é formado por três saberes: saber de reconhecimento: é a capacidade de saber quais são os fatos que merecem virar notícia; saber de procedimento: são os conhecimentos necessários para obter as informações e elaborar a notícia; e saber de narração: é a capacidade de aglutinar as informações mais pertinentes em uma narrativa noticiosa de forma interessante para o público.
Teoria do Newsmaking: a imprensa não reflete a realidade, mas ajuda a construí-la. Dessa forma, leva em consideração critérios como noticiabilidade, valores-notícia, constrangimentos organizacionais, construção da audiência e rotinas de produção. A teoria articula-se em três vertentes principais: a cultura profissional dos jornalistas, a organização do trabalho e os processos produtivos. A socióloga Gaye Tuchman é uma das mais respeitadas pesquisadoras do newsmaking
Fonte: Felipe Pena, Teorias do Jornalismo.