Por serem dotados de certas capacidades humanas essenciais é...

Alternativa correta: B - A capacidade de reconhecer-se como autor da ação.

A questão aborda o conceito de moralidade e ética segundo a filósofa Ágnes Heller. Heller argumenta que os seres humanos são dotados de certas capacidades que permitem o desenvolvimento da ética, que por sua vez é composta por elementos que constituem e informam a moral. Para resolver essa questão, é importante compreender o que esses elementos significam dentro do pensamento de Heller e identificar qual deles não é considerado por ela como parte do conteúdo da moral.

A alternativa A (A eleição dos fins e valores relacionados às motivações) está correta pois, segundo Heller, a escolha dos objetivos e valores que motivam as ações das pessoas é um aspecto central da moralidade.

Na alternativa C (A regulação de motivações particulares), também está correta, pois a autora entende que a moral envolve a capacidade de controlar as motivações pessoais para que se alinhem com as normas e valores socialmente aceitos.

Já a alternativa D (A constância) é considerada um aspecto da moral, pois remete à ideia de que a ética requer uma certa firmeza e coerência ao longo do tempo em relação aos valores e princípios adotados.

No entanto, a alternativa B destoa das demais. Embora a responsabilidade e a autoria das ações sejam conceitos importantes em discussões éticas, a capacidade de reconhecer-se como autor da ação (o que também pode ser interpretado como a noção de autoria e responsabilidade pessoal) não é especificamente destacada por Heller como um elemento do conteúdo da moral. A filósofa se concentra mais nas escolhas, valores e constância de caráter no que se refere ao conteúdo moral. Assim, a alternativa B é a correta porque não se encaixa nos elementos que Heller define como fazendo parte do conteúdo da moral.

Portanto, a compreensão da moral em Heller está mais atrelada aos elementos que orientam o comportamento humano de acordo com princípios éticos, como a seleção de valores, a regulação das próprias motivações e a constância nesses princípios, do que com o reconhecimento de si como autor das ações, que é mais um conceito ligado à responsabilidade ética do que propriamente ao conteúdo da moral.