Leia as afirmações sobre objetivos, capacidades / competênc...
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Ano: 2023
Banca:
IBFC
Órgão:
SEE-AC
Prova:
IBFC - 2023 - SEE-AC - PROFESSOR-PNS-P2 – LINGUAGENS / EDUCAÇÃO DO CAMPO: PROFESSOR-PNS-P2 – LINGUAGENS (6º AO 9º ANO E/OU ENSINO MÉDIO) |
Q2184858
Português
Texto associado
TEXTO 2
CONCEITOS-CHAVE E ABORDAGEM
METODOLÓGICA: LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
E LINGUAGEM
(O texto a seguir foi modificado para este concurso. O texto
original consta do Currículo de Referência Único do Acre
A concepção de língua do Currículo de Referência Único
do Estado do Acre está relacionada ao conceito de língua
franca e está intimamente ligada às funções política, social
e econômica, assim como aborda Kanavillil Rajagopalan
(2003), que defende uma linguística crítica, que envolva a
linguagem, a identidade e a ética. A visão de linguagem e
de aprendizagem baseia-se na teoria de Vygotsky (1996),
que identifica dois níveis de desenvolvimento na
aprendizagem, o real e o potencial. No primeiro, encontra-se a habilidade de execução de diversas atividades de
maneira independente. O segundo envolve as tarefas que
o aluno pode desenvolver com a ajuda de uma pessoa
mais experiente, o que pode implicar artefatos com a
linguagem ou recursos tecnológicos. Desse modo, o
trabalho de colaboração é fundamental, não só para o
sucesso do aluno, mas de toda a turma. Além disso, a
colaboração entre pares propicia o desenvolvimento do
pensamento crítico, promove o protagonismo juvenil, eleva
a motivação e a autoestima e, também, proporciona uma
atmosfera positiva no ambiente de aprendizagem.
Língua franca– A BNCC preconiza a relação entre língua,
território e cultura, considerando a função social e política
da língua estrangeira (inglês/espanhol) enquanto língua
franca. Esta possui imensa importância nestes conceitos,
pois, a partir de agora o aluno deixa (mais do que nunca)
de ser submisso às normas linguísticas, para tornar-se
autônomo e independente. O professor assume seu caráter
de não nativo e não mais aspira alcançar a posição
inatingível e idealizada do falante nativo. Não apenas a
língua inglesa deixa de ser a “língua do imperialismo” ou do
“centro”, restrita a países como os Estados Unidos ou a
Inglaterra, assim como a Língua Espanhola também deixa
de ser a língua da Espanha, México, Peru ou Bolívia, por
exemplo. Assim, a noção de “língua estrangeira” passa a
ser ressignificada em contraponto com a percepção do
local, da aprendizagem de si e do outro.
Outro conceito importante, presente na BNCC (BRASIL,
2017, p. 240), é o do multiletramento. Utiliza-se a
conceituação de Roxane Rojo (2012: 13): “Trabalhar com
multiletramentos pode ou não envolver o uso de novas
tecnologias da comunicação e de informação, mas
caracteriza-se como um trabalho que parte das culturas de
referência do alunado e de gêneros, mídias e linguagens
por eles conhecidos, para buscar um enfoque crítico,
pluralista, ético e democrático de textos/discursos que
ampliem o repertório cultural, na direção de outros
letramentos”. A autora nos lembra ainda que é importante
levar em consideração as produções culturais que estão à
nossa volta (textos híbridos de diferentes gêneros) e a
necessidade de novas ferramentas que nos permitem
interagir não mais com textos engessados, mas com
hipertextos, hipermídias e afins, e incentiva um aluno crítico
e autônomo, não desconsiderando os conhecimentos de
mundo que cada aprendiz carrega.
Leia as afirmações sobre objetivos,
capacidades / competências amplas de
disciplinas relacionadas à língua estrangeira
(LE) e assinale a alternativa que não está
coerente em relação ao ensino.