Questões de Concurso Público Prefeitura de Vitória - ES 2024 para PEB III - História
Foram encontradas 4 questões
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
FGV - 2024 - Prefeitura de Vitória - ES - PEB III - História |
Q2465580
História
A Nova História, que se propagou nos meios acadêmicos nos anos
60 e 70, tinha em suas origens duas inspirações básicas – a dos
Annales e a do marxismo. Naquele período, a influência da
Nouvelle Histoire assentava-se principalmente no prestígio então
alcançado pela chamada história quantitativa, ou serial, cujos
êxitos em campos como o da história econômica, social e
demográfica, levavam muitos historiadores crer que aquele era o
caminho rumo a uma História realmente científica.
(FALCON, Francisco José Calazans. Estudos de teoria da História e historiografia:
teoria da História. São Paulo; Hucitec, 2011. p. 62).
Apesar das diferenças entre as três gerações dos Annales, é possível identificar um chão comum. Para analisar os pontos em comum que marcam a trajetória da produção historiográfica das três gerações dos Annales, devemos considerar
Apesar das diferenças entre as três gerações dos Annales, é possível identificar um chão comum. Para analisar os pontos em comum que marcam a trajetória da produção historiográfica das três gerações dos Annales, devemos considerar
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
FGV - 2024 - Prefeitura de Vitória - ES - PEB III - História |
Q2465581
História
Como já foi dito, os vínculos com a historiografia acadêmica são
apenas um aspecto da história escolar. No entanto, o diálogo
entre as duas é relevante e devemos manter o questionamento
sobre ele. E a exploração dessa questão pode ser uma
contribuição mútua. A História escolar pode alertar para a
necessidade de a historiografia acadêmica dispor de ferramentas
mais densas e complexas, menos acomodatícias à análise do
passado, voltada para a formação política das jovens gerações.
Por sua vez, a história escolar pode apontar para a historiografia
acadêmica que é preciso que ela amplie e diversifique seus
registros e linguagens para uma divulgação mais ampla de suas
contribuições, de forma que alcancem o mundo educacional (e
além) – sem ignorar que são necessários espaços e experiências
que possibilitem produções como as promovidas pelo Ministério
da Educação até 2015. Essa ampliação e disseminação de seus
avanços permitiriam à historiografia acadêmica dar conta (mais
uma vez) do vínculo entre história e política. Porque educação é
um ato político.
(GONZALEZ, Maria Paula. Historiografia acadêmica e história escolar: convergências
e distanciamentos na abordagem da última ditadura no ensino médio na Argentina.
In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo (orgs).
Em defesa do ensino de História: a democracia como valor. Rio de Janeiro: FGV. P. 227) Ao analisar as relações entre a história escolar e a acadêmica, a autora sugere que os saberes históricos
Em defesa do ensino de História: a democracia como valor. Rio de Janeiro: FGV. P. 227) Ao analisar as relações entre a história escolar e a acadêmica, a autora sugere que os saberes históricos
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
FGV - 2024 - Prefeitura de Vitória - ES - PEB III - História |
Q2465594
História
A “memória” não pode ocupar o lugar que foi ou ainda é da
história. Ela deve ocupar um lugar com certeza, mas não o mesmo.
Todo um conjunto de operações passa a ser da sua competência ou
de seu magistério: as relações com o passado em geral e, mais
especificamente, o vasto domínio dos crimes perpetrados, recentes
ou menos recentes, o lugar concedido aos testemunhos, a escuta
das vítimas, as reparações, quando possível, as injustiças sofridas, a
votação das “leis memoriais”, a implementação de “políticas de
memória”" , a gestão do dever de memória, pedidos de
transformação ou mesmo de remoção de monumentos históricos.
Estátuas para as quais já não olhávamos de repente se tornam
visíveis novamente e, ao mesmo tempo, ofensivas, conflituosas.
Elas ferem a memória, pois impõem uma história no que nos
Estados Unidos, por exemplo, os afro-americanos nunca poderão
compartilhar. Elevado, portanto, é o papel da memória. Resta, no
entanto, uma diferença entre ela e a história; suas respectivas
relações com o futuro. A história, a do conceito moderno de
história, via o passado à luz do futuro. A memória vê o passado à
luz do presente. Eis aí uma grande diferença de ponto de vista, que
é melhor ser mensurada do que levada a julgamento. Ela é, de fato,
a marca de uma mudança de época.
(HARTOG, François. Os impasses do presentismo. In: In: IEGELSKI, Francine; MÜLLER,
Angélica (orgs). História do Tempo presente: mutações e reflexões. Rio de Janeiro:
FGV, 2022. p. 141)
A partir da análise desse trecho de um artigo do historiador, é correto inferir que o autor considera que
A partir da análise desse trecho de um artigo do historiador, é correto inferir que o autor considera que
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
FGV - 2024 - Prefeitura de Vitória - ES - PEB III - História |
Q2465595
História
Enquanto o debate político esteve limitado aos notáveis, a
história referia-se elite culta e era ministrada apenas no ensino
médio. No entanto, com a democracia, a política tornou-se o
negócio de todos; neste caso, levantou-se a questão da história
no ensino fundamental.
Neste ponto, as datas são eloquentes: em 1867, quando o 2°
Império se liberalizava, a história tornou-se em princípio, matéria
obrigatória, no ensino fundamental. Entretanto, na prática, ela se
impôs nas classes somente após o triunfo dos republicanos; em
1880, fazia parte da prova oral para a obtenção do Certificado de
Estudos e foi necessário esperar o ano de 1882 para que viesse a
ocupar seu lugar definitivo nos horários – 2 horas por semana – e
programas da escola elementar. O ensino da história foi
implementado, com seu desenrolar regular e seus suportes
pedagógicos; por sua vez, o compêndio tornou-se obrigatório em
1890. A história na escola primária atingiu seu apogeu após a
Grande Guerra: por uma portaria de 1917, foi instituída uma
prova escrita de história ou de ciências (por sorteio) para a
obtenção do Certificado, já mencionado.
(PROST, Antoine. Doze lições sobre a História.
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 26-27)
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que