Questões de Português - Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação para Concurso
Foram encontradas 1.626 questões
Ano: 2024
Banca:
FCM
Órgão:
Prefeitura de Contagem - MG
Prova:
FCM - 2024 - Prefeitura de Contagem - MG - Secretário Escolar |
Q2490743
Português
Texto associado
Leia este texto para responder à questão.
O tronco fora bom. Mas dera aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacidade sequer para uma boa
alegria. Como pudera ela dar à luz aqueles seres
risonhos, fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era o que
eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de
velha. Pareciam ratos se acotovelando, a sua família. (Clarice, L. Laços de família; contos. Rio de Janeiro Editora do Autor, 1965, p. 56.)
Com respaldo na conceituação, segundo a qual a formação de palavras é o conjunto de processos morfossintáticos que permitem a criação de unidades novas
com base em morfemas lexicais, independentemente de pertencer à área da morfologia ou da sintaxe,
avalie as afirmações a seguir.
I - As onomatopeias são palavras imitativas, isto é, palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou ruídos. II - Tanto os sufixos como os prefixos formam novas palavras que conservam de regra uma relação de sentido com o radical derivante.
III - Na composição de palavras por justaposição os elementos se juntam num só vocábulo gráfico, ao passo que na composição por aglutinação os elementos vêm em geral ligados por hífen. IV - As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne um substantivo.
Está correto apenas o que se afirma em
I - As onomatopeias são palavras imitativas, isto é, palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou ruídos. II - Tanto os sufixos como os prefixos formam novas palavras que conservam de regra uma relação de sentido com o radical derivante.
III - Na composição de palavras por justaposição os elementos se juntam num só vocábulo gráfico, ao passo que na composição por aglutinação os elementos vêm em geral ligados por hífen. IV - As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne um substantivo.
Está correto apenas o que se afirma em
Ano: 2024
Banca:
UNIVIDA
Órgão:
Prefeitura de Bom Sucesso do Sul - PR
Prova:
UNIVIDA - 2024 - Prefeitura de Bom Sucesso do Sul - PR - Arquiteto |
Q2488842
Português
Texto associado
TEXTO PARA A QUESTÃO.
Precisamos falar sobre a Madonna, a nova
grande voz contra o etarismo
Madonna deixa claro para a gente parar de
julgar as pessoas pela idade que elas têm.
"Nós somos feitos de futuro", se Madonna é,
nós também podemos ser.
Francisco Iglesias | 25/04/2024
“Poder. Inovação. Identidade.
Madonna, 65 anos de talento, ativismo e
importância na cena musical, misturou tudo
isso e muito mais em uma carreira singular na
música, moda, filmes, além disso, ultrapassou
fronteiras e obliterou o status quo.”, publicou o
New York Times durante as celebrações de
seu 60º aniversário.
Durante décadas, Madonna esteve no
centro de polêmicas por causa de suas
canções de discurso empoderado, da defesa
da liberdade sexual da mulher e dos LGBTQ+,
assim como da liberdade de expressão,
influenciando pessoas em todo o mundo. Não
poderia ser diferente, nos dias de hoje, a
rainha do pop tornar-se mais uma das grandes
vozes contra o Etarismo.
“Envelhecer é pecado. Você será
criticada, será vilipendiada e definitivamente
não será tocada no rádio”, disse Madonna
após ganhar o prêmio de Mulher do Ano da
Billboard em 2016. “As pessoas dizem que eu
sou tão polêmica, mas acho que a coisa mais
POLÊMICA1 que já fiz foi ficar por aí.”
Madonna nasceu no final da década de
50 do século passado, em 16 de agosto de
1958. Ela faz parte da geração que inventou o
“jovem”, e ao mesmo tempo, sem saber,
também o etarismo, conforme brilhantemente
o multitarefa Nelson Motta escreveu em sua
coluna de outubro de 2023 para “O Globo”.
“Penso que, assim como inventamos o
‘Jovem’ (e o etarismo), cabe a essa geração de
sobreviventes tentar inventar o ‘Velho’, pelo
rompimento com preconceitos conservadores,
com limitações de cultura e comportamento,
com a construção de velhos fortes e
saudáveis, orgulhosos de sua experiência,
trabalhando, produzindo, namorando, fazendo
sexo, brigando, sofrendo e vivendo da melhor
maneira até onde der.” (Nelson Motta, “De
volta para o futuro”, 1968).
Em geral, uma celebridade não pode se
dar ao luxo de ser tão contundente no que
acredita, mas Madonna fala francamente, “é
sem dúvida um ícone. Mesmo com o passar do
tempo e as reinvenções da indústria musical, a
artista se mantém no topo da lista de
referências quando o assunto é cultura pop.”
(Camilla Millan, na revista “Rolling Stones”)
Como deve ser de conhecimento de
todos, Madonna fará um show gratuito na praia
de Copacabana, Rio de Janeiro, no próximo
dia 4 de maio, em celebração aos 100 anos do
patrocinador, Banco Itaú, aos seus 40 anos de
carreira e ao encerramento do fim da turnê
“The Celebration”.
Propaganda boa a gente tem que
aplaudir, e o pontapé inicial para essa
comemoração dos 100 anos do banco foi a
peça publicitária, estrelada por Madonna e
outros nomes, de dezembro de 2023.
NINGUÉM2
representa mais a ideia de
reinvenção e longevidade na prática do que
Madonna. “Ser feito de futuro é ter capacidade
de perpassar os tempos e permanecer
relevante, se reinventando. Esse movimento é
um convite para que todos se inspirem e
valorizem o tempo, a longevidade e o legado
que cada um constrói em suas vidas”, diz em
nota a superintendente de Marketing do Itaú,
Thaiza Akemi.
O Itaú entregou à Madonna a criação
de seu comercial, a primeira em que o banco
permitiu que um artista criasse do zero a
publicidade. A seguir algumas frases, em
tradução livre, da propaganda:
“É um elogio quando me chamam de
rainha do pop, mas a monarquia pertence ao
passado, eu não. Eu não tenho idade, eu tenho
todas as idades. Não é sobre quem eu sou,
mas quantas eu sou. CONTÉM3 as minhas
conquistas e não o número de anos que vivi
nesse planeta.”
“Sempre estou me reinventando, assim
posso continuar a ser quem eu sou. Continuo
me reinventando para poder continuar sendo
eu mesma. Acho que a coisa mais controversa
que eu já fiz foi ter ficado por aqui. Já vi muitas
estrelas surgirem e sumirem como estrelas
cadentes, mas a minha vida nunca irá
desaparecer.”
“Nem todos estão indo para o futuro,
mas eu estou e continuarei indo, hoje, amanhã
e nos próximos 100 anos.”
Nada se parece mais com Madonna do
que essas frases, com isso Madonna deixa
claro para a gente parar de julgar as pessoas
pela idade que elas TÊM4
. A idade não existe
a não ser pelo preconceito.
“Nós somos feitos de futuro”. Se
Madonna é assim, nós TANBÉM5 podemos
ser.
(Fonte: https://www.em.com.br/colunistas/juventudereversa/2024/04/6844213-precisamos-falar-sobre-amadonna-a-nova-grande-voz-contra-o-etarismo.html.
Acesso em: 27 abr. 2024. Adaptado.)
Os vocábulos “celebridade” e
“celebrações” são formados por:
Ano: 2024
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO
Prova:
IBADE - 2024 - Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO - Pregoeiros / Agente de Contratação |
Q2488755
Português
Texto associado
Você amou de verdade?
Lógico que não falo aqui do amor que circula pelas redes,
volátil e preguiçoso, dançando uma coreografia pobre ao
ritmo dos cliques e algoritmos. A questão é mais profunda.
Renato de Faria | 18/03/2024
De todas as questões humanas, essa é aquela nos
pega, sem avisar, em um domingo qualquer, em uma
segunda sem razão ou naquela quarta insossa. Repare que
o ponto central não é, como parece, a capacidade
filosófica de encontrar a verdade, mas a disposição para a
nobreza de amar.
Sei que a filosofia, a sociologia e a ciência política
tentam separar as coisas de uma forma conceitual:
esquerda e direita, materialistas e espiritualistas,
proletariado e burguesia. Porém, acredito que, no fim das
contas, a separação mais fundamental é entre aqueles que
amam e os outros que dispensaram o sopro divino do
amor.
Cansamos da política, das análises científicas, das
pesquisas acadêmicas. Mas nunca ouvi ninguém revestido
da empáfia de “se cansar de amar”. Isso se dá pelo efeito
renovador que esse sentimento é capaz de gerar nos
sujeitos que decidem carregá-lo. O amor é aquele
sentimento fundamental que nos autoriza a viver a vida
com certa elegância existencial. Aqueles que amam são
percebidos à distância, como ilhas de sabedoria diante do
caos.
Do lado daqueles e daquelas capazes de amar, o
mundo se abre diante de um convite à renovação diária,
como salienta Hannah Arendt em sua tese sobre Santo
Agostinho. Ao contrário de seu mestre, Heidegger, para
quem o homem é um “ser-para-a-morte”, tendo a finitude
diante de si, a filósofa destaca que somos destinados a
“nascer”, o “amor mundi”, pois cada vida que surge traz
consigo a possibilidade de uma mudança substancial na
escrita da história.
Lógico que não falo aqui do amor que circula pelas
redes, volátil e preguiçoso, dançando uma coreografia
pobre ao ritmo dos cliques e algoritmos. A questão é mais
profunda, pois se trata de uma busca que contorna a vida
inteira, no fluxo incerto de uma realidade que está sempre
disposta a nos mostrar a desvantagem na qual se
encontram aqueles que decidem amar.
Como nos lembra o próprio Agostinho, retomando
João, o Apóstolo, não podemos pensar no amor como o
fim da existência, pois ele é, ao contrário, o princípio de
tudo: “Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás
com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se
perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor
enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os
teus frutos”.
Acredito que, quando a aventura terrena
terminar, se alguma divindade estiver realmente nos
esperando do lado de lá, talvez a única pergunta relevante
seja - você amou de verdade? E ela não se importará em
qual templo você fez isso, a partir de qual ideologia ou
para quem você direcionou essa força criadora, pois o
amor nada mais é que a transgressão divina diante de um
mundo caduco, acelerado e perdido.
No fim das contas, o importante mesmo será o
fato de ter experimentado, em vida, o único sentimento
reservado aos deuses, que sabiamente conseguimos
roubar do Olimpo. Só assim seremos capazes de entender
a linguagem da eternidade.
Fonte: FARIA, Renato de. Você amou de verdade? Estado de Minas, 18 de
março de 2024. Disponível em:
https://www.em.com.br/colunistas/filosofiaexplicadinha/2024/03/6820298-voce-amou-de-verdade.html. Acesso em:
10 abr. 2024. Adaptado.
Qual é o processo de formação de palavras que embasa a
construção do vocábulo ser-para-a-morte?
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ - Secretário Escolar III |
Q2488484
Português
Texto associado
Texto I
Se eu fosse eu
Quando não sei onde guardei um papel importante e a procura se revela inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um
papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase “se
eu fosse eu”, que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar. Diria melhor, sentir.
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento:
a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias
de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os
amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu
terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.
“Se eu fosse eu” parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto
tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo.
Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também
seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum
modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais.
(LISPECTOR. Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)
Texto II
Como é que se escreve?
Quando não estou escrevendo, eu simplesmente não sei como se escreve. E se não soasse infantil e falsa a pergunta das
mais sinceras, eu escolheria um amigo escritor e lhe perguntaria: como é que se escreve?
Porque, realmente, como é que se escreve? que é que se diz? e como dizer? e como é que se começa? e que é que se faz
com o papel em branco nos defrontando tranquilo?
Sei que a resposta, por mais que intrigue, é a única: escrevendo. Sou a pessoa que mais se surpreende de escrever. E ainda
não me habituei a que me chamem de escritora. Porque, fora das horas em que escrevo, não sei absolutamente escrever. Será
que escrever não é um ofício? Não há aprendizagem, então? O que é? Só me considerarei escritora no dia em que eu disser: sei
como se escreve.
(LISPECTOR. Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)
Considere o termo sublinhado no trecho do texto I “Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase ‘se eu fosse eu’, que a
procura do papel se torna secundária, e começo a pensar.” (1º§). Em relação ao processo de formação de palavras que o
originou, é correto afirmar que se trata de um caso de:
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Nova Glória - GO
Prova:
Itame - 2024 - Prefeitura de Nova Glória - GO - Coletor de Resíduos/Gari |
Q2488336
Português
A palavra “infeliz” é formada pelo processo de
derivação prefixal. O mesmo ocorre em: