Questões de História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo para Concurso

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Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Historiador |
Q2488743 História
Leia a entrevista a seguir com o historiador Stuart. B. Schwartz feita pela historiadora Graça Almeida Borges.

GAB: Uma das suas preocupações no livro Segredos Internos, foi a demografia da escravatura, apesar de não se ter fechado numa perspectiva quantitativa. Teve a preocupação de abordar a escravatura a partir de outros pontos de vista. Parece-me que um dos ângulos de análise mais em falta hoje em dia no estudo da escravatura e do tráfico de escravos é a sua dimensão mais humana. Como lhe parece que poderá ser concretizada essa abordagem?
SBS: Esse é um dos problemas com que o historiador se confronta permanentemente. É que os documentos não estão escritos para os nossos fins, eram escritos para outros fins. Os registos paroquiais, por exemplo, são muito interessantes para os historiadores que fazem história social, mas os padres que produziam esses registos tinham interesses completamente diferentes. Então, temos que os ler com muito cuidado e um pouco de criatividade. No meu livro sobre os engenhos na Bahia, os registos paroquiais eram importantíssimos. Fiz um estudo também sobre alforria e sobre compadrio, por exemplo, com material muito interessante. O baptismo de um novo membro da Igreja é um ato católico essencial, mas olhando para este ato com uma determinada lente, vemos que os registos de baptismo, documentos produzidos para os fins da Igreja na época colonial, produzem muita informação social, demográfica e étnica. Acho que a leitura dos documentos depende da habilidade do historiador, da sua imaginação, mais do que do próprio conteúdo do documento. O documento não diz nada por si mesmo, é a pergunta que levamos ao documento que produz a informação que procuramos no documento, é a pergunta do historiador que faz o documento falar. A grande chave do sucesso do historiador é a sua imaginação e criatividade.

Fonte: Borges, Graça Almeida. O historiador como língua do passado. Entrevista a Stuart B. Schwartz, Ler História, n. 70, 2017, pp. 199-215.  
Com base na entrevista, assinale a afirmativa que descreve corretamente as possibilidades do uso de fontes para revelar as dimensões humanas do tema da escravidão no Brasil.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Historiador |
Q2488737 História
Assinale a afirmativa que descreve corretamente o processo de ocupação portuguesa na região mato-grossense durante o período colonial.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: SES-MT Prova: FGV - 2024 - SES-MT - Historiador |
Q2488734 História
Leia os trechos a seguir.

I. A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou outra qualquer instituição assumissem encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho. O liberto se viu convertido, sumária e abruptamente, em senhor de si mesmo, tornando-se responsável por sua pessoa e por seus dependentes, embora não dispusesse de meios materiais e morais para realizar essa proeza nos quadros de uma economia competitiva.
Fonte: FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes, Volume 1. São Paulo: Editora Globo, 2008, p. 29.

II. Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo – há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil – a sombra, ou pelo menos a pinta do indígena ou do negro. A influência direta ou vaga e remota, do africano. Na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho-de-pé de uma coceira tão boa. Da que nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama-de-vento, a primeira sensação completa de homem.
Adaptado de: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal, São Paulo: Global, 2003, p. 367.


Avalie as afirmativas que interpretam os trechos e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

( ) I interpreta a incorporação da população afrodescendente na sociedade brasileira através da análise do mercado de trabalho, responsabilizando os próprios libertos pela falta de melhoria em suas condições.
( ) II interpreta a integração dos afrodescendentes à sociedade brasileira como um processo marcado pela violência, concentrando-se principalmente nos abusos cometidos contra as mulheres escravizadas.
( ) I compreende a sociedade pós-abolição como perpetuadora dos mecanismos de manutenção da desigualdade. II observa as interações sociais entre os grupos formadores do Brasil de forma positiva e atribui centralidade aos afrodescendentes em sua análise.

As afirmativas são, respectivamente, 
Alternativas
Q2482145 História

Julgue o item que se segue.


A Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888, resultou de um processo de luta popular que contou com a adesão de parcelas consideráveis da sociedade brasileira e da resistência dos escravos.

Alternativas
Q2473524 História
Um dos possíveis significados para a palavra “Brasil” é “vermelho como uma brasa”, com sua origem na palavra celta "barkino". Sabe-se que é também uma referência à cor vermelha de uma madeira usada para tingir tecidos, muito explorada na época das colônias no Brasil. Qual é essa madeira?
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: D
4: C
5: D