Texto CB1A1-I
As pessoas que driblaram o desemprego trabalhando por
conta própria desde o início da pandemia estão ganhando 31%
menos em comparação com as que optaram por esse tipo de
trabalho dois anos antes da covid-19. Entre estas, o rendimento
médio mensal era de R$ 2.074, enquanto, entre aquelas, o
rendimento é de R$ 1.434. Os dados, publicados no Boletim
Emprego em Pauta, são do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e foram
obtidos a partir de uma análise comparativa que levou em conta
os resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ao final de 2021, o número de trabalhadores por conta
própria havia crescido 6,6%. A maioria não tem nenhuma
proteção social, o que confirma a precarização do trabalho até
mesmo para quem conseguiu se manter no mercado por conta
própria. Três em cada quatro pessoas que trabalham por conta
própria deixam de contribuir para a previdência social, ou seja,
apenas 12,7% desses trabalhadores conseguem pagar a
contribuição previdenciária para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), para terem alguma segurança no futuro com a
aposentadoria e outros benefícios. Entre os mais antigos, o
percentual era de 58,3%.
Os técnicos do DIEESE sugerem as seguintes hipóteses
para explicar esse percentual menor de inscrição no cadastro
nacional da pessoa jurídica (CNPJ) entre aqueles que começaram
a trabalhar mais recentemente por conta própria: a baixa
remuneração e a incerteza do negócio, assim como a preocupação
com o endividamento que a regularização do trabalho pode gerar.
Internet: <www.cut.org.br> (com adaptações).
Em relação às ideias do texto CB1A1-I, julgue os seguintes itens.