Questões de Concurso Público Prefeitura de Sorocaba - SP 2022 para Motorista
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2022
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Sorocaba - SP
Provas:
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Agente de Fiscalização
|
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Motorista |
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Assistente de Almoxarife |
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Agente Social |
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Telefonista Atendente |
Q1987362
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Como era a vida antes da internet?
Pamela Paul, uma norte-americana de 50 anos e editora-
-chefa da seção de livros do The New York Times, acaba de
publicar um livro para tentar entender o que nós perdemos
com a internet. O livro fala sobre sensações perdidas como
a atenção que damos às coisas, sentimentos como o tédio,
virtudes como a paciência, ou ainda objetos que saíram do
nosso cotidiano, como a enciclopédia, o telefone na cozinha,
o porta-cartões de visitas ou os cartões de aniversário.
O livro não foi escrito para lamentar um mundo que
desapareceu. “Sou nostálgica, sentimental e pessimista,
mas também tenho consciência de que alguns desses desdobramentos são bons”, explica. A intenção da autora é nos
levar a fazer uma pausa para que nos perguntemos como
chegamos aqui.
Sobre as férias, por exemplo, Paul diz: “Quando você
saía de férias há 20 anos, ao voltar tinha algumas cartas
na caixa do correio, alguns recados na secretária eletrônica, no trabalho havia alguma coisa sobre a mesa, e isso era
tudo. Agora é como ter uma multidão esperando na porta,
perguntando: “você viu aquela mensagem?”, “você curte ou
não essa foto?”. Você tem 36 notificações e muitas pessoas
querendo se conectar com você”, explica.
Em vez de ler o jornal no sábado de manhã, agora passamos a consultar uma rede social na qual milhares de desconhecidos ou meio conhecidos gritam seus pensamentos. Paul
acredita que nossos corpos não se adaptaram às reações
que o mundo de hoje nos pede. Por exemplo, quando você
descobre que alguém não muito próximo morreu, mas aí logo
esquece: “Muitas vezes eu percebo que esqueci completamente que o tio de tal pessoa tinha morrido porque aconteceu
há seis horas e depois disso 30 outras coisas ocorreram. É
uma chicotada constante de atenção emocional. É esgotante.
Temos tantas reações emocionais porque há tanto a que reagir que é difícil a gente se recuperar no final do dia”, afirma.
(Jordi Pérez Colomé. El País, 27 de novembro de 2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase do texto foi reescrita
de acordo com a norma-padrão de concordância verbal
e nominal.
Ano: 2022
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Sorocaba - SP
Provas:
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Agente de Fiscalização
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VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Agente Social |
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Q1987365
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Velhas cartas
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez…” Sinto
um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço
de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto
bem a uma pessoa.
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas, como isso
está longe! Sinto-me um pouco humilhado pensando como
certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais na minha lembrança se eu não encontrasse essas
linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste
instante; é a primeira coisa que faço, como prometi, escrever
para você, mesmo porque durante a viagem pensei demais
em você…”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não
faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra
redonda; ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome.
E esse casal, santo Deus, como era amigo: fazíamos planos
de viajar juntos pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”. Essa que se acusa e se desculpa
de me haver maltratado, mas eu não me lembro de mágoa
nenhuma, seu nome é apenas para mim uma doçura distante.
Imagino que em algum lugar do mundo há alguém que
neste momento remexe, por acaso, uma gaveta qualquer,
encontra uma velha carta minha, passa os olhos por curiosidade no que escrevi, hesita um instante em rasgar, e depois
a devolve à gaveta com um gesto de displicência, pensando,
talvez: “é mesmo, esse sujeito onde andará? Eu nem me lembrava mais dele…”
E agradeço a esse alguém por não ter rasgado a minha
carta: cada um de nós morre um pouco quando alguém, na
distância e no tempo, rasga alguma carta nossa, e não tem
esse gesto de deixá-la em algum canto, essa carta que perdeu todo o sentido, mas que foi um instante de ternura, de
tristeza, de desejo, de amizade, de vida – essa carta que não
diz mais nada e apenas tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la.
(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro:
Editora Record, 1982)
Assinale a alternativa em que o trecho foi reescrito mantendo a concordância com a norma-padrão de emprego
da vírgula.
Ano: 2022
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Sorocaba - SP
Provas:
VUNESP - 2022 - Prefeitura de Sorocaba - SP - Agente de Fiscalização
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Q1987366
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Velhas cartas
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez…” Sinto
um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço
de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto
bem a uma pessoa.
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas, como isso
está longe! Sinto-me um pouco humilhado pensando como
certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais na minha lembrança se eu não encontrasse essas
linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste
instante; é a primeira coisa que faço, como prometi, escrever
para você, mesmo porque durante a viagem pensei demais
em você…”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não
faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra
redonda; ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome.
E esse casal, santo Deus, como era amigo: fazíamos planos
de viajar juntos pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”. Essa que se acusa e se desculpa
de me haver maltratado, mas eu não me lembro de mágoa
nenhuma, seu nome é apenas para mim uma doçura distante.
Imagino que em algum lugar do mundo há alguém que
neste momento remexe, por acaso, uma gaveta qualquer,
encontra uma velha carta minha, passa os olhos por curiosidade no que escrevi, hesita um instante em rasgar, e depois
a devolve à gaveta com um gesto de displicência, pensando,
talvez: “é mesmo, esse sujeito onde andará? Eu nem me lembrava mais dele…”
E agradeço a esse alguém por não ter rasgado a minha
carta: cada um de nós morre um pouco quando alguém, na
distância e no tempo, rasga alguma carta nossa, e não tem
esse gesto de deixá-la em algum canto, essa carta que perdeu todo o sentido, mas que foi um instante de ternura, de
tristeza, de desejo, de amizade, de vida – essa carta que não
diz mais nada e apenas tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la.
(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro:
Editora Record, 1982)
Considere os seguintes trechos do texto:
• Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa (1ºparágrafo)
• … tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la (5º parágrafo)
No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as ideias de
• Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa (1ºparágrafo)
• … tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la (5º parágrafo)
No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as ideias de