Maria Salomea Skłodowska (1867-1934), mais
conhecida como Marie Curie, foi uma física e química
polonesa naturalizada francesa que marcou um ponto de
virada na ciência graças ao seu trabalho sobre
radioatividade.
Em 1895, a cientista se casou com Pierre Curie, físico
e químico francês. Juntos, o casal realizou pesquisas de
importância mundial.
Motivada pela descoberta de Antoine Henri
Becquerel, que demonstrou que os sais de urânio emitiam
raios de natureza desconhecida sem a necessidade de serem
expostos à luz, Marie Curie constatou que os compostos
formados pelo elemento tório também emitiam raios
espontaneamente. Esse fenômeno foi chamado de
radioatividade.
“Como a radioatividade gerada por algumas amostras
era mais forte do que o esperado, Marie e Pierre
suspeitaram que havia outra substância radioativa mais
poderosa do que o urânio e o tório”, diz a Comissão Nacional
de Pesquisa Científica e Tecnológica do Chile (Conict).
Depois disso, em 1898, os dois cientistas anunciaram
publicamente que haviam descoberto o polônio, um
elemento químico que batizaram com o nome da terra natal
de Marie. Meses depois, eles relataram uma nova
descoberta: o elemento rádio.
A física recebeu seu doutorado em ciências em junho
de 1903 e, graças à descoberta dos elementos radioativos,
recebeu o Prêmio Nobel de Física ao lado do marido. Marie
Curie tornou-se, assim, a primeira mulher na história a
receber esse reconhecimento mundial.
Após a morte de Pierre Curie em 1906, ela se dedicou
com toda a sua energia a completar, por conta própria, o
trabalho científico que ambos haviam desenvolvido até
então. Em 1911, ela recebeu o segundo Nobel de Química
por sua pesquisa sobre o rádio. Assim, Marie Curie tornou-se
a primeira pessoa a ganhar o prêmio em dois campos
diferentes.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a
física dedicou-se a desenvolver o uso da radiografia com a
ajuda de sua filha, Irène. Em 1918, ela fundou o Radium
Institute, que viria a se tornar um centro universal de física e
química nuclear.
Além disso, relata a ONU Mulheres (entidade das
Nações Unidas para o empoderamento das mulheres), Marie
Curie inventou unidades móveis de raios-x que ajudaram
mais de um milhão de soldados feridos durante a Primeira
Guerra Mundial.
A cientista polonesa morreu em 1934, aos 66 anos,
de uma doença relacionada à exposição à radiação.
De acordo com a ONU Mulheres, as contribuições de
Curie sobre a radioatividade lançaram as bases da ciência
nuclear moderna, desde os raios-x até a radioterapia para o
tratamento do câncer. Suas descobertas continuam a salvar
vidas até hoje.
(Fonte: National Geographic Brasil — adaptado.)