O conteúdo escolar é elaborado com base na seleção e na reelaboração de conceitos culturais para, com isso, torná-los satisfatórios para serem repassados nas escolas. Esse processo de seleção cultural leva à discussão de apenas uma parcela de
experiências coletivas de indivíduos; em geral, a parcela de conhecimentos, valores e atitudes considerada a versão autorizada ou legítima da cultura. Com isso, ocorre a marginalização da cultura de diversos grupos sociais no contexto escolar e a
substituição por conteúdos da parcela hegemônica. Por isso, historicamente, a escola passou a desempenhar o papel de
homogeneizar os valores aceitos e promover a assimilação cultural dos alunos. O desafio que se coloca na contemporaneidade é reconhecer a importância de utilizar o espaço escolar para dar voz aos grupos sociais oprimidos e reverter esta situação. Para que isso aconteça:
I. É preciso construir um espaço pedagógico que fortaleça a diversidade cultural, dando um sentido mais democrático aos
conteúdos escolares.
II. É necessário identificar o conceito de multiculturalismo utilizado nas propostas curriculares.
III. Deve-se discutir e diferenciar as noções de cultura culta e culturas dominadas.
IV. Deve-se criar escolas multiculturais e escolas cultas; as escolas cultas abrangem o saber tradicional, os métodos e as filosofias transmitidas ao longo da história.
Está correto o que se afirma em