A fusão das telecomunicações, da informática, da imprensa, da
edição, da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos em uma
indústria unificada da multimídia é o aspecto da revolução digital que os jornalistas mais enfatizam. Mas não é o único, nem
talvez o mais importante. Escolhas políticas e culturais fundamentais abrem-se diante dos governos, dos grandes atores
econômicos, dos cidadãos. Não se trata apenas de raciocinar em
termos de impacto (qual o impacto das “infovias” na vida política, econômica ou cultural?), mas também em termos de projeto (com que objetivo queremos desenvolver as redes digitais
de comunicação interativa?).
(LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. 4.
ed. São Paulo: Loyola, 2003. p. 13. Adaptado.)
As preocupações sociológicas e filosóficas com as questões relacionadas à expansão e dominação que as mídias impunham, já
era uma das pautas dos filósofos da Escola de Frankfurt, cujas
reflexões ainda orientam estudos até hoje. Foi nessa escola
filosófica que surgiu o termo “indústria cultural”, dentre outros.
São ideias de seus representantes: