Questões de Concurso Público SEE-AC 2023 para ENSINO REGULAR: PROFESSOR PNS-P2 – LÍNGUA PORTUGUESA

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Q2184038 Português

Texto I

Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano

quantas cidades para chegar a esta cidade

e quantas mães, todas mortas, até tua mãe

quantas línguas até que a língua fosse esta

e quantos verões até precisamente este verão

este em que nos encontramos neste sítio exato


à beira de um mar rigorosamente igual

a única coisa que não muda porque muda sempre

quantas tardes e praias vazias foram necessárias

para chegarmos ao vazio

desta praia nesta tarde

quantas palavras até esta palavra, esta

(MARQUES, Ana Martins. O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras. 2015. P.70)

Considere o Texto I para responder à questão.

A partir da leitura atenta do texto, nota-se que o eu poético, por meio de uma estrutura paralelística, convoca o leitor a refletir acerca da tensão entre:

Alternativas
Q2184039 Português

Texto I

Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano

quantas cidades para chegar a esta cidade

e quantas mães, todas mortas, até tua mãe

quantas línguas até que a língua fosse esta

e quantos verões até precisamente este verão

este em que nos encontramos neste sítio exato


à beira de um mar rigorosamente igual

a única coisa que não muda porque muda sempre

quantas tardes e praias vazias foram necessárias

para chegarmos ao vazio

desta praia nesta tarde

quantas palavras até esta palavra, esta

(MARQUES, Ana Martins. O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras. 2015. P.70)

Considere o Texto I para responder à questão

A repetição é, comumente, apresentada como um item estigmatizado na construção do texto. No entanto, ela pode ser uma marca de sua concentração temática. No poema de Ana Martins Marques, assinale a alternativa que apresenta o efeito que a repetição cumpre.
Alternativas
Q2184040 Português

Texto I

Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano

quantas cidades para chegar a esta cidade

e quantas mães, todas mortas, até tua mãe

quantas línguas até que a língua fosse esta

e quantos verões até precisamente este verão

este em que nos encontramos neste sítio exato


à beira de um mar rigorosamente igual

a única coisa que não muda porque muda sempre

quantas tardes e praias vazias foram necessárias

para chegarmos ao vazio

desta praia nesta tarde

quantas palavras até esta palavra, esta

(MARQUES, Ana Martins. O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras. 2015. P.70)

Considere o Texto I para responder à questão
A dêixis é um fenômeno típico da linguagem humana e, no poema acima, pode ser ilustrada por meio do emprego do:


Alternativas
Q2184041 Português
Texto II

[...] o estudo de gramática não é um caminho conveniente para desenvolver o desempenho na leitura e na escrita (muito menos na fala). Outra coisa que a gramática não deveria ser é um instrumento de ensino normativo. Aqui, sua ação tem sido mais que inútil, tem sido desastrosa.

O grande perigo é transformar a gramática – uma disciplina já em si um tanto difícil – em uma doutrina absolutista, dirigida mais ou menos exclusivamente à “correção” de pretensas impropriedades linguísticas dos alunos. A cada passo, o aluno que procura escrever encontra essa arma apontada contra sua cabeça: “Não é assim que se escreve (ou se fala)”, “Isso não é português” e assim por diante.

(PERINI, Mario A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ed. Ática, 2003. p.33)

Considere o Texto II para responder à questão.

O autor apresenta reflexões acerca do ensino da Língua Portuguesa e considera que:

Alternativas
Q2184042 Português
Texto II

[...] o estudo de gramática não é um caminho conveniente para desenvolver o desempenho na leitura e na escrita (muito menos na fala). Outra coisa que a gramática não deveria ser é um instrumento de ensino normativo. Aqui, sua ação tem sido mais que inútil, tem sido desastrosa.

O grande perigo é transformar a gramática – uma disciplina já em si um tanto difícil – em uma doutrina absolutista, dirigida mais ou menos exclusivamente à “correção” de pretensas impropriedades linguísticas dos alunos. A cada passo, o aluno que procura escrever encontra essa arma apontada contra sua cabeça: “Não é assim que se escreve (ou se fala)”, “Isso não é português” e assim por diante.

(PERINI, Mario A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ed. Ática, 2003. p.33)

Considere o Texto II para responder à questão.

No final do primeiro parágrafo, para marcar a ideia de uma ação que se prolonga no tempo, o autor reitera a forma composta de um tempo verbal. Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
16: A
17: C
18: D
19: C
20: A