Marcuse dedicou boa parte de sua obra à reflexão
estética. Como pensador dialético, ele procurou
analisar os pontos de vista dos “dois lados da
moeda”; ou seja, embora a arte incorporasse um
potencial revolucionário, ela também era
produzida, interpretada e distribuída em uma
sociedade repressiva. Numa sociedade
opressiva/repressiva, as forças de libertação e as
forças de dominação não se desenvolvem
isoladamente umas das outras. Em vez disso, eles
se desenvolvem em uma relação dialética em que
uma produz as condições para a outra. De acordo
com Marcuse, a tentativa capitalista de solapar a
possibilidade de expressão artística revolucionária
ou contracultural é frustrada pela negação da
fantasia do mundo da mercadoria. Por meio desse
“poder do negativo”, a arte escapa de ser cooptada
no capitalismo, porque a fantasia não pode ser
dominada pela repressão. Assinale a alternativa
que apresenta o que é a arte para Marcuse.