Questões de Concurso Público SAEB-BA 2015 para Analista de Registro de Comércio
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2015
Banca:
IBFC
Órgão:
SAEB-BA
Prova:
IBFC - 2015 - SAEB-BA - Analista de Registro de Comércio |
Q612261
Português
Texto associado
Náufragos da modernidade líquida
(Frei Beto)
Qual o próximo centro financeiro? Nos séculos XIII e XIV,
foi Bruges, com o advento do mercantilismo; nos séculos XIV a
XVI, Veneza, com suas corporações marítimas e a conquista do
Oriente; no século XVI, Antuérpia, graças à revolução gráfica
de Gutenberg.
Em fins do século XVI e início do XVII, foi Gênova,
verdadeiro paraíso fiscal; nos séculos XVIII e XIX, Londres,
devido à máquina a vapor e a Revolução Industrial; na primeira
metade do século XX, Nova York, com o uso da energia elétrica;
na segunda, Los Angeles, com o Vale do Silício. Qual será o
próximo?
Tudo indica que o poderio econômico dos EUA tende a
encolher, suas empresas perdem mercados para a China, a
crise ecológica afeta sua qualidade de vida. Caminhamos para
um mundo policêntrico, com múltiplos centros regionais de
poder.
A agricultura se industrializa, a urbanização invade a zona
rural, o tempo é mercantilizado. Há o risco de, no futuro, todos
os serviços serem pagos: educação, saúde, segurança e lazer.
Torna-se difícil distinguir entre trabalho, consumo,
transporte, lazer e estudo. A vida urbana comprime multidões
e, paradoxalmente, induz à solidão. O salário se gasta
predominantemente em compra de serviços: educação, saúde,
transporte e segurança.
Antes de 2030, todos se conectarão a todas as redes de
informação por infraestruturas de alta fluidez, móveis e fixas,
do tipo Google. A nanotecnologia produzirá computadores
cada vez menores e portáteis. Multiplicar-se-ão os robôs
domésticos.
O mundo envelhece. As cidades crescem. Se, de um
lado, escasseiam bens insubstituíveis, de outro, produzem-se
tecnologias que facilitam a redução do consumo de energia,
o tratamento do lixo, o replanejamento das cidades e dos
transportes.
O tempo se torna a única verdadeira raridade. Gasta-se
menos tempo para produzir e mais para consumir. Assim, o
tempo que um computador requer para ser confeccionado não
se compara com aquele que o usuário dedicará para usá-lo.
Os produtos postos no mercado são “cronófagos”, isto é,
devoram o tempo das pessoas. Basta observar como se usa
o telefone celular. Objeto de multiuso, cada vez mais ele se
impõe como sujeito com o poder de absorver o nosso tempo, a
nossa atenção, até mesmo a nossa devoção.
Ainda que cercados de pessoas, ao desligar o celular
nos sentimos exilados em uma ilha virtual. Do outro lado
da janelinha eletrônica, o capital investido nas operadoras
agradece tão veloz retorno...
Náufragos da modernidade líquida, há uma luta a se travar
no que se refere à subjetividade: deixar-se devorar pelas
garras do polvo tecnológico, que nos cerca por todos os lados,
ou ousar exercer domínio sobre o tempo pessoal e reservar
algumas horas à meditação, à oração, ao estudo, às amizades
e à ociosidade amorosa. Há que decidir!
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artld=5121.
Acesso em: 02/07/2015)
A partir da leitura atenta do texto, é correto afirmar que:
Ano: 2015
Banca:
IBFC
Órgão:
SAEB-BA
Prova:
IBFC - 2015 - SAEB-BA - Analista de Registro de Comércio |
Q612262
Português
Texto associado
Náufragos da modernidade líquida
(Frei Beto)
Qual o próximo centro financeiro? Nos séculos XIII e XIV,
foi Bruges, com o advento do mercantilismo; nos séculos XIV a
XVI, Veneza, com suas corporações marítimas e a conquista do
Oriente; no século XVI, Antuérpia, graças à revolução gráfica
de Gutenberg.
Em fins do século XVI e início do XVII, foi Gênova,
verdadeiro paraíso fiscal; nos séculos XVIII e XIX, Londres,
devido à máquina a vapor e a Revolução Industrial; na primeira
metade do século XX, Nova York, com o uso da energia elétrica;
na segunda, Los Angeles, com o Vale do Silício. Qual será o
próximo?
Tudo indica que o poderio econômico dos EUA tende a
encolher, suas empresas perdem mercados para a China, a
crise ecológica afeta sua qualidade de vida. Caminhamos para
um mundo policêntrico, com múltiplos centros regionais de
poder.
A agricultura se industrializa, a urbanização invade a zona
rural, o tempo é mercantilizado. Há o risco de, no futuro, todos
os serviços serem pagos: educação, saúde, segurança e lazer.
Torna-se difícil distinguir entre trabalho, consumo,
transporte, lazer e estudo. A vida urbana comprime multidões
e, paradoxalmente, induz à solidão. O salário se gasta
predominantemente em compra de serviços: educação, saúde,
transporte e segurança.
Antes de 2030, todos se conectarão a todas as redes de
informação por infraestruturas de alta fluidez, móveis e fixas,
do tipo Google. A nanotecnologia produzirá computadores
cada vez menores e portáteis. Multiplicar-se-ão os robôs
domésticos.
O mundo envelhece. As cidades crescem. Se, de um
lado, escasseiam bens insubstituíveis, de outro, produzem-se
tecnologias que facilitam a redução do consumo de energia,
o tratamento do lixo, o replanejamento das cidades e dos
transportes.
O tempo se torna a única verdadeira raridade. Gasta-se
menos tempo para produzir e mais para consumir. Assim, o
tempo que um computador requer para ser confeccionado não
se compara com aquele que o usuário dedicará para usá-lo.
Os produtos postos no mercado são “cronófagos”, isto é,
devoram o tempo das pessoas. Basta observar como se usa
o telefone celular. Objeto de multiuso, cada vez mais ele se
impõe como sujeito com o poder de absorver o nosso tempo, a
nossa atenção, até mesmo a nossa devoção.
Ainda que cercados de pessoas, ao desligar o celular
nos sentimos exilados em uma ilha virtual. Do outro lado
da janelinha eletrônica, o capital investido nas operadoras
agradece tão veloz retorno...
Náufragos da modernidade líquida, há uma luta a se travar
no que se refere à subjetividade: deixar-se devorar pelas
garras do polvo tecnológico, que nos cerca por todos os lados,
ou ousar exercer domínio sobre o tempo pessoal e reservar
algumas horas à meditação, à oração, ao estudo, às amizades
e à ociosidade amorosa. Há que decidir!
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artld=5121.
Acesso em: 02/07/2015)
O texto, no último parágrafo, caracteriza os homens
atuais como “Náufragos da modernidade líquida”.
Nesse sentido, de acordo com as ideias apresentadas
no texto, pode-se inferir que a “Modernidade líquida”
corresponde:
Ano: 2015
Banca:
IBFC
Órgão:
SAEB-BA
Prova:
IBFC - 2015 - SAEB-BA - Analista de Registro de Comércio |
Q612270
Português
Texto associado
Náufragos da modernidade líquida
(Frei Beto)
Qual o próximo centro financeiro? Nos séculos XIII e XIV, foi Bruges, com o advento do mercantilismo; nos séculos XIV a XVI, Veneza, com suas corporações marítimas e a conquista do Oriente; no século XVI, Antuérpia, graças à revolução gráfica de Gutenberg.
Em fins do século XVI e início do XVII, foi Gênova, verdadeiro paraíso fiscal; nos séculos XVIII e XIX, Londres, devido à máquina a vapor e a Revolução Industrial; na primeira metade do século XX, Nova York, com o uso da energia elétrica; na segunda, Los Angeles, com o Vale do Silício. Qual será o próximo?
Tudo indica que o poderio econômico dos EUA tende a encolher, suas empresas perdem mercados para a China, a crise ecológica afeta sua qualidade de vida. Caminhamos para um mundo policêntrico, com múltiplos centros regionais de poder.
A agricultura se industrializa, a urbanização invade a zona rural, o tempo é mercantilizado. Há o risco de, no futuro, todos os serviços serem pagos: educação, saúde, segurança e lazer.
Torna-se difícil distinguir entre trabalho, consumo, transporte, lazer e estudo. A vida urbana comprime multidões e, paradoxalmente, induz à solidão. O salário se gasta predominantemente em compra de serviços: educação, saúde, transporte e segurança.
Antes de 2030, todos se conectarão a todas as redes de informação por infraestruturas de alta fluidez, móveis e fixas, do tipo Google. A nanotecnologia produzirá computadores cada vez menores e portáteis. Multiplicar-se-ão os robôs domésticos.
O mundo envelhece. As cidades crescem. Se, de um lado, escasseiam bens insubstituíveis, de outro, produzem-se tecnologias que facilitam a redução do consumo de energia, o tratamento do lixo, o replanejamento das cidades e dos transportes.
O tempo se torna a única verdadeira raridade. Gasta-se menos tempo para produzir e mais para consumir. Assim, o tempo que um computador requer para ser confeccionado não se compara com aquele que o usuário dedicará para usá-lo.
Os produtos postos no mercado são “cronófagos”, isto é, devoram o tempo das pessoas. Basta observar como se usa o telefone celular. Objeto de multiuso, cada vez mais ele se impõe como sujeito com o poder de absorver o nosso tempo, a nossa atenção, até mesmo a nossa devoção.
Ainda que cercados de pessoas, ao desligar o celular nos sentimos exilados em uma ilha virtual. Do outro lado da janelinha eletrônica, o capital investido nas operadoras agradece tão veloz retorno...
Náufragos da modernidade líquida, há uma luta a se travar no que se refere à subjetividade: deixar-se devorar pelas garras do polvo tecnológico, que nos cerca por todos os lados, ou ousar exercer domínio sobre o tempo pessoal e reservar algumas horas à meditação, à oração, ao estudo, às amizades e à ociosidade amorosa. Há que decidir!
(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artld=5121. Acesso em: 02/07/2015)
Os textos I e II dialogam no que diz respeito ao espaço
ocupado pela tecnologia na vida do homem moderno.
Analise as afirmativas a seguir, que versam sobre a
relação entre os textos e seus respectivos processos
de composição, e assinale a alternativa correta:
I. O texto I, por meio de um percurso histórico, tece sua crítica ao demasiado apelo tecnológico do mundo atual.
II. O universo escolar é o ponto de partida da charge, que o utiliza para mostrar ao leitor o poder da tecnologia, exclusivamente, sobre as crianças.
III. Embora os textos coincidam tematicamente, no texto II não há defesa de uma ideia uma vez que, na charge, a associação entre elementos verbais e não-verbais impede esse tipo de atitude.
IV. Por tratarem de campos distintos da atividade humana - o histórico-cultural e o escolar - os textos I e II complementam-se, efetivando uma abordagem crítica acerca do tema.
I. O texto I, por meio de um percurso histórico, tece sua crítica ao demasiado apelo tecnológico do mundo atual.
II. O universo escolar é o ponto de partida da charge, que o utiliza para mostrar ao leitor o poder da tecnologia, exclusivamente, sobre as crianças.
III. Embora os textos coincidam tematicamente, no texto II não há defesa de uma ideia uma vez que, na charge, a associação entre elementos verbais e não-verbais impede esse tipo de atitude.
IV. Por tratarem de campos distintos da atividade humana - o histórico-cultural e o escolar - os textos I e II complementam-se, efetivando uma abordagem crítica acerca do tema.