A paquistanesa Malala Yousafzai anunciou,
nesta terça-feira (10), que três brasileiras passarão a
integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo
Malala que patrocina homens e mulheres que
incentivam ou promovem a educação de meninas em
vários países. O Fundo Malala já chegou a investir
recursos em projetos de ativistas indígenas do
México, mas o anúncio feito nesta terça marca a
expansão da Rede Gulmakai para a América Latina,
começando pelo Brasil. O projeto já contempla outros
seis países: Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria,
Paquistão e Turquia.
Em 2012, Malala foi vítima de um atentado do
Talebã por insistir em ir à escola – uma atividade
proibida para meninas. Desde então, ela criou uma
organização para incentivar a educação de meninas
em todo o mundo, e em 2014 se tornou a pessoa mais
jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Em um comunicado divulgado nesta terça,
Farah Mohamed, CEO do Fundo Malala, afirmou que
"o Brasil está fazendo progressos para as meninas,
mas apenas para algumas meninas".
"Garantir acesso igualitário à educação requer
liderança ousada e ágil. É por isso que temos orgulho
de investir nessas três ativistas, cujo trabalho para
desafiar os líderes e mudar as normas já está
ajudando a criar um futuro melhor para todas as
meninas brasileiras", disse Farah.
Agora, as três brasileiras integrarão a Rede
Gulmakai, batizada por uma inspiração antiga:
Gulmakai era o pseudônimo que Malala usava
quando tinha apenas 11 anos e escrevia um blog em
Urdu para a BBC sobre os desafios que as garotas
enfrentavam para conseguir estudar no Vale do Swat,
sua terra natal no Paquistão, que caiu sob o domínio
do Talebã.
Atualmente, a rede financia o trabalho de 22
ativistas em prol da educação de meninas no
Afeganistão, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e
Turquia.
(https://g1.globo.com/educacao/noticia/malala-vai-patrocinar-tres-brasileiras-que-lutam-pela-educacao-de-meninas.ghtml)