Questões de Concurso Público USP 2022 para Professor - Educação Física
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2022
Banca:
FUVEST
Órgão:
USP
Provas:
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Língua Portuguesa
|
FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Matemática |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Educação Física |
Q2021906
Pedagogia
(...) O direito à educação está intimamente ligado ao
direito à informação, à cultura e à ciência; ele requer um
profundo compromisso com a construção de capacidades
humanas. Além disso, esse direito está intimamente ligado
ao direito de ter acesso e contribuir para os conhecimentos
comuns da humanidade e seus recursos de informação,
conhecimento e sabedoria compartilhados e em contínua
expansão.
O ciclo contínuo de criação de conhecimento que ocorre por meio de contestação, diálogo e debate é o que ajuda a coordenar a ação, produzir verdades científicas e incentivar a inovação. É um dos recursos mais valiosos e inesgotáveis da humanidade e um aspecto fundamental da educação. Quanto mais pessoas têm acesso aos conhecimentos comuns, mais abundantes eles se tornam. O desenvolvimento da linguagem, do numeramento e dos sistemas de escrita facilitou a disseminação do conhecimento ao longo do tempo e do espaço. Isso, por sua vez, permitiu que as sociedades humanas atingissem níveis extraordinários de crescimento coletivo e construção de civilizações. As possibilidades dos conhecimentos comuns são teoricamente infinitas. A diversidade e a inovação desencadeadas pelos conhecimentos comuns originam-se de empréstimos e experimentações que atravessam fronteiras disciplinares, bem como da reinterpretação do antigo e da criação do novo.
Infelizmente, as barreiras impedem a equidade no acesso e na contribuição para os conhecimentos comuns. Existem lacunas e distorções significativas no conhecimento acumulado da humanidade que necessitam ser abordadas e corrigidas. Perspectivas, linguagens e conhecimentos indígenas têm sido marginalizados há muito tempo. Mulheres, meninas, minorias e grupos de baixa renda também são severamente sub-representados. As limitações de acesso a conhecimentos comuns ocorrem como resultado de comercialização e leis de propriedade intelectual excessivamente restritivas, da ausência de regulamentação e da falta de suporte adequado para as comunidades e os sistemas que gerenciam os conhecimentos comuns.(..)
Um direito ampliado à educação ao longo da vida requer o compromisso em derrubar barreiras e garantir que os conhecimentos comuns sejam um recurso aberto e duradouro que reflita as diversas formas de conhecer e estar no mundo.
Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 10 e 11.
A partir da leitura do texto, pode-se afirmar:
O ciclo contínuo de criação de conhecimento que ocorre por meio de contestação, diálogo e debate é o que ajuda a coordenar a ação, produzir verdades científicas e incentivar a inovação. É um dos recursos mais valiosos e inesgotáveis da humanidade e um aspecto fundamental da educação. Quanto mais pessoas têm acesso aos conhecimentos comuns, mais abundantes eles se tornam. O desenvolvimento da linguagem, do numeramento e dos sistemas de escrita facilitou a disseminação do conhecimento ao longo do tempo e do espaço. Isso, por sua vez, permitiu que as sociedades humanas atingissem níveis extraordinários de crescimento coletivo e construção de civilizações. As possibilidades dos conhecimentos comuns são teoricamente infinitas. A diversidade e a inovação desencadeadas pelos conhecimentos comuns originam-se de empréstimos e experimentações que atravessam fronteiras disciplinares, bem como da reinterpretação do antigo e da criação do novo.
Infelizmente, as barreiras impedem a equidade no acesso e na contribuição para os conhecimentos comuns. Existem lacunas e distorções significativas no conhecimento acumulado da humanidade que necessitam ser abordadas e corrigidas. Perspectivas, linguagens e conhecimentos indígenas têm sido marginalizados há muito tempo. Mulheres, meninas, minorias e grupos de baixa renda também são severamente sub-representados. As limitações de acesso a conhecimentos comuns ocorrem como resultado de comercialização e leis de propriedade intelectual excessivamente restritivas, da ausência de regulamentação e da falta de suporte adequado para as comunidades e os sistemas que gerenciam os conhecimentos comuns.(..)
Um direito ampliado à educação ao longo da vida requer o compromisso em derrubar barreiras e garantir que os conhecimentos comuns sejam um recurso aberto e duradouro que reflita as diversas formas de conhecer e estar no mundo.
Comissão Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022, p. 10 e 11.
A partir da leitura do texto, pode-se afirmar:
Ano: 2022
Banca:
FUVEST
Órgão:
USP
Provas:
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Língua Portuguesa
|
FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Matemática |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Educação Física |
Q2021907
Pedagogia
“Com efeito, disciplinar os hábitos das crianças, pensar a
aprendizagem com o desdobrar inelutável de um programa
e sustentar a tese da existência de capacidades psicológicas
maturacionais justificam-se necessariamente em torno da
ideia da criança como um adulto-em-desenvolvimento. Em
outras palavras, se não se pensasse que na criança de hoje
reside a chave do amanhã do adulto, não teria sentido
dispor o cotidiano escolar em função de um dever-ser
infantil. Mais ainda, hoje em dia, à criança cabe dar,
sistematicamente, prova de que ao adulto do futuro nada
vai faltar, pois assim o adulto do presente usufrui de uma
certa felicidade. Como sabemos, quando um adulto olha
nos olhos de uma criança, e enfoca de fato os olhos da
criança ideal, recupera a felicidade que acredita ter perdido,
uma vez que lhe retorna do fundo desse olhar sua imagem
às avessas. Ou seja, na forma educada que hoje temos de
tratar a infância está em jogo uma operação importante do
ponto de vista da economia gozosa do adulto. Assim, não
deve nos surpreender que a imagem de uma criança ideal
tire, obcecadamente, o sono dos espíritos pedagógicos. O
que se almeja na atualidade não é mais que uma criança
aprenda aquilo que ela não sabe e o adulto sim (cavalgar,
dançar, fazer pão ou decorar o Organon de Aristóteles),
porém fazer dela esse ao menos um adulto que, no futuro,
não padeça das nossas impotências atuais. Em outras
palavras, se antes se pedia, com ou sem chicotes, à criança
que fosse um adulto mais ou menos educado, com o tempo
passou-se a almejar cada vez mais que possuísse no futuro
toda a potência imaginária que o adulto pensa que lhe falta
e que, portanto, não o deixa ser feliz. Entretanto, se o que
agora passa a se demandar é algo tão impossível quanto o
era, em última instância, o anterior, isso deve ser
necessariamente de uma outra qualidade a tal ponto que o
cotidiano escolar não só em nada se parece às pequenas
escolas do século XV, como também passou a justificar-se a
partir de uma singular ligação entre disciplina,
aprendizagem e psicologia infantil. Se na atualidade esperase que as crianças venham a ser adultos possuidores de tudo
aquilo que hoje nós não temos imaginariamente, bem
como, por cima, trata-se de consegui-lo graças à metódica
observância de um programa tanto moral quanto natural,
então, por um lado, toda empresa pedagógica acaba se
revelando pouco eficaz, e, por outro, os alunos acabam se
transformando em crianças mais ou menos indisciplinadas.
Isso acontece uma vez que o norte da moderna empresa
pedagógica é uma criança feita de um puro estofo
imaginário. Tanto a pretensa eficácia pedagógica quanto a
disciplina perfeita não podem menos que implicar a
desaparição da distância entre um aluno real e a criança
ideal. Em outras palavras, o cotidiano escolar se articula em
torno da tentativa de vir a apagar a diferença que habita no
campo subjetivo.”
LAJONQUIÈRE, Leandro de. A criança, “sua” (in)disciplina e a psicanálise. In: AQUINO, Júlio Groppa (org). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. SP: Summus, 1996, p. 32.
Podemos concluir, a partir da leitura do texto, que nele se defende a seguinte ideia:
LAJONQUIÈRE, Leandro de. A criança, “sua” (in)disciplina e a psicanálise. In: AQUINO, Júlio Groppa (org). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. SP: Summus, 1996, p. 32.
Podemos concluir, a partir da leitura do texto, que nele se defende a seguinte ideia:
Ano: 2022
Banca:
FUVEST
Órgão:
USP
Provas:
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Língua Portuguesa
|
FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Matemática |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Educação Física |
Q2021908
Pedagogia
“A própria essência da democracia envolve uma nota
fundamental, que lhe é intrínseca — a mudança. Os regimes
democráticos se nutrem na verdade de termos em mudança
constante. São flexíveis, inquietos, devido a isso mesmo,
deve corresponder ao homem desses regimes, maior
flexibilidade de consciência. A falta desta permeabilidade
parece vir sendo dos mais sérios descompassos dos regimes
democráticos atuais, pela ausência, dela decorrente, de
correspondência entre o sentido da mudança, característico
não só da democracia, mas da civilização tecnológica e uma
certa rigidez mental do homem que, massificando-se, deixa
de assumir postura conscientemente crítica diante da vida.
Excluído da órbita das decisões, cada vez mais adstritas a
pequenas minorias, é comandado pelos meios de
publicidade, a tal ponto que, em nada confia ou acredita, se
não ouviu no rádio, na televisão ou se não leu nos jornais.
Daí a sua identificação com formas míticas de explicação do
seu mundo. Seu comportamento é o do homem que perde
dolorosamente o seu endereço. É o homem desenraizado.
” FREIRE, Paulo. Educação como prática para a liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 90-91.
A primeira edição do livro em que consta esse trecho é de 1967.A ideia de ser humano desenraizado se caracteriza, no trecho citado, como a de uma pessoa que confia, antes de tudo, em meios de comunicação que seriam, conforme a argumentação, determinados pela publicidade que os financia. A partir disso, é possível afirmar:
” FREIRE, Paulo. Educação como prática para a liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 90-91.
A primeira edição do livro em que consta esse trecho é de 1967.A ideia de ser humano desenraizado se caracteriza, no trecho citado, como a de uma pessoa que confia, antes de tudo, em meios de comunicação que seriam, conforme a argumentação, determinados pela publicidade que os financia. A partir disso, é possível afirmar:
Ano: 2022
Banca:
FUVEST
Órgão:
USP
Provas:
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Língua Portuguesa
|
FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Matemática |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Educação Física |
Q2021909
Pedagogia
“Eis o paradoxo da relação educativa: ela requer que o
Educador seja percebido como estando ao mesmo tempo
muito próximo e muito distante: próximo o bastante para
que se possa ser como ele um dia, distante o suficiente para
que se tenha a vontade de ser como ele um dia. Eis a
dificuldade de sua ação: manifestar, sem escrúpulos, sua
diferença, mostrar-se na posição mais bem sucedida e,
nesse mesmo momento, manifestar sua extrema
proximidade, deixar penetrar a emoção compartilhada, a
inquietação ou o medo, sinal tangível de sua humanidade.
Mas também, no momento da mais respeitosa escuta, na
mais empática compreensão, quando se esforça para estar
o mais próximo do outro e quando parece disposto a juntar-se a ele, não esquece que sempre faz "como se" e que
esconder isso seria a pior das ilusões. E quando se tratar de
ensinar, encontrará ainda esta dupla exigência: anunciar
seus objetivos, apresentar o saber com a convicção de quem
sabe e quer ganhar a adesão, mas projetar-se também nos
bancos de sua sala de aula, tornar-se aluno de seu próprio
saber para compreender as tentativas e os erros daquele
que ainda não sabe.”
MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 94.
A partir do trecho selecionado, pode-se afirmar:
MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 94.
A partir do trecho selecionado, pode-se afirmar:
Ano: 2022
Banca:
FUVEST
Órgão:
USP
Provas:
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Língua Portuguesa
|
FUVEST - 2022 - USP - Professor - História |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Matemática |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Geografia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia |
FUVEST - 2022 - USP - Professor - Educação Física |
Q2021910
Pedagogia
“Expressada de forma muito sintética (...), a aprendizagem
é uma construção pessoal que cada menino e cada menina
realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas.
Esta construção, através da qual podem atribuir significado
a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição
por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e
disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua
experiência. Em tudo isto desempenha um papel essencial
a pessoa especializada, que ajuda a detectar um conflito
inicial entre o que já se conhece e o que se deve saber, que
contribui para que o aluno se sinta capaz e com vontade de
resolvê-lo, que propõe o novo conteúdo como um desafio
interessante, cuja resolução terá alguma utilidade, que
intervém de forma adequada nos progressos e nas
dificuldades que o aluno manifesta, apoiando-o e prevendo,
ao mesmo tempo, a atuação autônoma do aluno. É um
processo que não só contribui para que o aluno aprenda
certos conteúdos, mas também faz com que aprenda a
aprender e que aprenda que pode aprender. Sua
repercussão não se limita ao que o aluno sabe, igualmente
influi no que sabe fazer e na imagem que tem de si mesmo.”
ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998, p. 63.
A partir do excerto, pode-se afirmar que, nas sequências didáticas que se proponham a seguir o que foi indicado no texto, será necessário incluir:
ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998, p. 63.
A partir do excerto, pode-se afirmar que, nas sequências didáticas que se proponham a seguir o que foi indicado no texto, será necessário incluir: