Questões de Concurso Público FURB - SC 2024 para Enfermeiro
Foram encontradas 19 questões
Q2469419
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul
sobreviveu à maior extinção do planeta
Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que
viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que
existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai,
o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era
aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado
confirma a suspeita de que os animais da época
circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os
continentes atuais.
"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em
rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio
Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua,
fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda
no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O
animal, descrito em janeiro na revista científica The
Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos
fossilizados do focinho, encontrados em 2022.
K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado
temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho
comprido como o dos crocodilos, adaptado para a
captura de peixes − por isso foram confundidos com
répteis. "Entre as características anatômicas que
sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns
temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval,
como os girinos", esclarece Pinheiro.
O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final
do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de
anos atrás), quando em torno de 90% das espécies
marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um
mundo devastado onde os animais grandes foram
eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco
diversificados, recolonizaram o planeta", observa o
paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou
do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais
dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram
origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves.
"Todos tinham menos de 1 metro."
Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e
contou com a vantagem de uma dieta variada e a
provável capacidade de construir buracos revestidos de
muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele,
quase todos os animais desse período cavavam túneis,
para se proteger, e tocas com esqueletos de outros
anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.
Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico
(252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram
substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo
ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca.
Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os
anfíbios dependiam da água para se reproduzir.
O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa
focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O
complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila
Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria,
que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação
onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga
do Cabral.
Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil
encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do
planeta. Pesquisa FAPESP.
https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-riogrande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/
Acesso em: 29 mar., 2023.
As sentenças a seguir foram retiradas do texto e
sofreram alterações. Assinale a alternativa que
apresenta uma sentença que, mesmo com as alterações,
não sofreu prejuízos à redação. Isto é, assinale a
alternativa que continua corretamente grafada:
Q2469420
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul
sobreviveu à maior extinção do planeta
Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que
viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que
existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai,
o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era
aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado
confirma a suspeita de que os animais da época
circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os
continentes atuais.
"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em
rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio
Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua,
fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda
no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O
animal, descrito em janeiro na revista científica The
Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos
fossilizados do focinho, encontrados em 2022.
K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado
temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho
comprido como o dos crocodilos, adaptado para a
captura de peixes − por isso foram confundidos com
répteis. "Entre as características anatômicas que
sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns
temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval,
como os girinos", esclarece Pinheiro.
O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final
do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de
anos atrás), quando em torno de 90% das espécies
marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um
mundo devastado onde os animais grandes foram
eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco
diversificados, recolonizaram o planeta", observa o
paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou
do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais
dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram
origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves.
"Todos tinham menos de 1 metro."
Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e
contou com a vantagem de uma dieta variada e a
provável capacidade de construir buracos revestidos de
muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele,
quase todos os animais desse período cavavam túneis,
para se proteger, e tocas com esqueletos de outros
anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.
Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico
(252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram
substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo
ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca.
Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os
anfíbios dependiam da água para se reproduzir.
O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa
focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O
complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila
Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria,
que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação
onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga
do Cabral.
Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil
encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do
planeta. Pesquisa FAPESP.
https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-riogrande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/
Acesso em: 29 mar., 2023.
Assinale a alternativa que apresenta a função da
linguagem predominante no texto:
Q2469421
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul
sobreviveu à maior extinção do planeta
Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que
viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que
existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai,
o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era
aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado
confirma a suspeita de que os animais da época
circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os
continentes atuais.
"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em
rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio
Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua,
fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda
no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O
animal, descrito em janeiro na revista científica The
Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos
fossilizados do focinho, encontrados em 2022.
K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado
temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho
comprido como o dos crocodilos, adaptado para a
captura de peixes − por isso foram confundidos com
répteis. "Entre as características anatômicas que
sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns
temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval,
como os girinos", esclarece Pinheiro.
O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final
do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de
anos atrás), quando em torno de 90% das espécies
marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um
mundo devastado onde os animais grandes foram
eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco
diversificados, recolonizaram o planeta", observa o
paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou
do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais
dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram
origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves.
"Todos tinham menos de 1 metro."
Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e
contou com a vantagem de uma dieta variada e a
provável capacidade de construir buracos revestidos de
muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele,
quase todos os animais desse período cavavam túneis,
para se proteger, e tocas com esqueletos de outros
anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.
Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico
(252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram
substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo
ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca.
Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os
anfíbios dependiam da água para se reproduzir.
O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa
focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O
complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila
Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria,
que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação
onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga
do Cabral.
Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil
encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do
planeta. Pesquisa FAPESP.
https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-riogrande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/
Acesso em: 29 mar., 2023.
Analise o seguinte trecho retirado do texto:
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco diversificados, recolonizaram o planeta", observa o paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou do estudo.
A respeito do trecho, analise as afirmações a seguir:
I.Existe uma ambiguidade no trecho.
II.A ambiguidade se deu de forma estrutural.
III.O conhecimento prévio do leitor resolve a ambiguidade.
IV.O trecho está corretamente formulado, sem ambiguidades.
V.Há uma ambiguidade, mas ela não pode ser resolvida com o conhecimento prévio. VI.Há uma ambiguidade e ela foi proposital.
É correto o que se afirma em:
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco diversificados, recolonizaram o planeta", observa o paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou do estudo.
A respeito do trecho, analise as afirmações a seguir:
I.Existe uma ambiguidade no trecho.
II.A ambiguidade se deu de forma estrutural.
III.O conhecimento prévio do leitor resolve a ambiguidade.
IV.O trecho está corretamente formulado, sem ambiguidades.
V.Há uma ambiguidade, mas ela não pode ser resolvida com o conhecimento prévio. VI.Há uma ambiguidade e ela foi proposital.
É correto o que se afirma em:
Q2469422
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul
sobreviveu à maior extinção do planeta
Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que
viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que
existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai,
o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era
aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado
confirma a suspeita de que os animais da época
circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os
continentes atuais.
"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em
rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio
Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua,
fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda
no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O
animal, descrito em janeiro na revista científica The
Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos
fossilizados do focinho, encontrados em 2022.
K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado
temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho
comprido como o dos crocodilos, adaptado para a
captura de peixes − por isso foram confundidos com
répteis. "Entre as características anatômicas que
sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns
temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval,
como os girinos", esclarece Pinheiro.
O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final
do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de
anos atrás), quando em torno de 90% das espécies
marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um
mundo devastado onde os animais grandes foram
eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco
diversificados, recolonizaram o planeta", observa o
paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou
do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais
dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram
origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves.
"Todos tinham menos de 1 metro."
Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e
contou com a vantagem de uma dieta variada e a
provável capacidade de construir buracos revestidos de
muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele,
quase todos os animais desse período cavavam túneis,
para se proteger, e tocas com esqueletos de outros
anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.
Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico
(252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram
substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo
ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca.
Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os
anfíbios dependiam da água para se reproduzir.
O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa
focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O
complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila
Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria,
que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação
onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga
do Cabral.
Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil
encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do
planeta. Pesquisa FAPESP.
https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-riogrande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/
Acesso em: 29 mar., 2023.
A partir da leitura do texto, analise as afirmações a
seguir:
I.Não é consistente que o anfíbio descoberto na pesquisa tenha sobrevivido, pois como ele era um dos maiores animais, deveria também ter sido extinto no final do período Permiano.
II.A classe dos temnospôndilos era considerada dominante antes da extinção no período Permiano.
III.A descoberta do fóssil daquele que ficou chamado como Kwatisuchus rosai é mais um indicativo da teoria de Pangeia.
IV.Embora o fóssil descoberto seja de um anfíbio, o nome que recebeu remete a um réptil.
É correto o que se afirma em:
I.Não é consistente que o anfíbio descoberto na pesquisa tenha sobrevivido, pois como ele era um dos maiores animais, deveria também ter sido extinto no final do período Permiano.
II.A classe dos temnospôndilos era considerada dominante antes da extinção no período Permiano.
III.A descoberta do fóssil daquele que ficou chamado como Kwatisuchus rosai é mais um indicativo da teoria de Pangeia.
IV.Embora o fóssil descoberto seja de um anfíbio, o nome que recebeu remete a um réptil.
É correto o que se afirma em:
Q2469423
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul
sobreviveu à maior extinção do planeta
Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que
viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que
existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai,
o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era
aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado
confirma a suspeita de que os animais da época
circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os
continentes atuais.
"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em
rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio
Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua,
fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda
no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O
animal, descrito em janeiro na revista científica The
Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos
fossilizados do focinho, encontrados em 2022.
K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado
temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho
comprido como o dos crocodilos, adaptado para a
captura de peixes − por isso foram confundidos com
répteis. "Entre as características anatômicas que
sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns
temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval,
como os girinos", esclarece Pinheiro.
O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final
do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de
anos atrás), quando em torno de 90% das espécies
marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um
mundo devastado onde os animais grandes foram
eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.
"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco
diversificados, recolonizaram o planeta", observa o
paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou
do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais
dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram
origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves.
"Todos tinham menos de 1 metro."
Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e
contou com a vantagem de uma dieta variada e a
provável capacidade de construir buracos revestidos de
muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele,
quase todos os animais desse período cavavam túneis,
para se proteger, e tocas com esqueletos de outros
anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.
Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico
(252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram
substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo
ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca.
Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os
anfíbios dependiam da água para se reproduzir.
O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa
focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O
complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila
Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria,
que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação
onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga
do Cabral.
Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil
encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do
planeta. Pesquisa FAPESP.
https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-riogrande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/
Acesso em: 29 mar., 2023.
A respeito das relações coesivas no texto, indique o
termo retomado por cada um dos anafóricos a seguir:
I. O achado (primeiro parágrafo)
a. o fóssil de um anfíbio que viveu há cerca de 250 milhões de anos
b. Kwatisuchus rosai
II. O grupo (quarto parágrafo)
a. temnospôndilos
b. predadores de água rasa de focinho comprido como o dos crocodilos
III. eles (quinto parágrafo)
a. cinodontes, ancestrais dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves
b. Esses tipos de animais pequenos
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta:
I. O achado (primeiro parágrafo)
a. o fóssil de um anfíbio que viveu há cerca de 250 milhões de anos
b. Kwatisuchus rosai
II. O grupo (quarto parágrafo)
a. temnospôndilos
b. predadores de água rasa de focinho comprido como o dos crocodilos
III. eles (quinto parágrafo)
a. cinodontes, ancestrais dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves
b. Esses tipos de animais pequenos
Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta: