Questões de Concurso Público FUNASG 2015 para Psicólogo
Foram encontradas 40 questões
Q530238
Português
Texto associado
133. “Não pensar mais em si”
Seria necessário refletir sobre isso
seriamente: por que saltamos à água para socorrer
alguém que está se afogando, embora não tenhamos
por ele qualquer simpatia particular? Por compaixão:
só pensamos no próximo — responde o irrefletido.
Por que sentimos a dor e o mal-estar daquele que
cospe sangue, embora na realidade não lhe
queiramos bem? Por compaixão: nesse momento
não pensamos mais em nós — responde o mesmo
irrefletido. A verdade é que na compaixão — quero
dizer, no que costumamos chamar erradamente
compaixão — não pensamos certamente em nós de
modo consciente, mas inconscientemente pensamos
e pensamos muito, da mesma maneira que, quando
escorregamos, executamos inconscientemente os
movimentos contrário s que restabelecem o
equilíbrio, pondo nisso todo o nosso bom senso. O
acidente do outro nos toca e faria sentir nossa
impotência, talvez nossa covardia, se não o
socorrêssemos. Ou então traz consigo mesmo uma
diminuição de nossa honra perante os outros ou
diante de nós mesmos. Ou ainda vemos nos
acidentes e no sofrimento dos outros um aviso do
perigo que também nos espia; mesmo que fosse
como simples indício da incerteza e da fragilidade
humanas que pode produzir em nós um efeito
penoso. Rechaçamos esse tipo de miséria e de
ofensa e respondemos com um ato de compaixão
que pode encerrar uma sutil defesa ou até uma
vingança. Podemos imaginar que no fundo é em nós
que pensam os, considerando a decisão que
tomamos em todos os casos em que podemos evitar
o espetáculo daqueles que sofrem, gemem e estão
na miséria: decidimos não deixar de evitar, sempre
que podemos vir a desempenhar o papel de homens
fortes e salvadores, certos da aprovação, sempre que
queremos experimentar o inverso de nossa felicidade
ou mesmo quando esperamos nos divertir com nosso
aborrecimento. Fazemos confusão ao cham ar
compaixão ao sofrimento que nos causa um tal
espetáculo e que pode ser de natureza muito variada,
pois em todos os casos é um sofrimento de que está
isento aquele que sofre diante de nós: diz-nos
respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele. Ora,
só nos libertamos desse sofrimento pessoal quando
nos entregamos a atos de compaixão. [...]
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. Trad. Antonio Carlos Braga. São Paulo; 2007, p 104-105
A oração destacada no fragmento “A verdade é QUE
NA COMPAIXÃO — quero dizer, no que costumamos
chamar erradamente compaixão — NÃO
PENSAMOS CERTAMENTE EM NÓS DE MODO
CONSCIENTE” é subordinada:
Q530243
Português
Texto associado
133. “Não pensar mais em si”
Seria necessário refletir sobre isso
seriamente: por que saltamos à água para socorrer
alguém que está se afogando, embora não tenhamos
por ele qualquer simpatia particular? Por compaixão:
só pensamos no próximo — responde o irrefletido.
Por que sentimos a dor e o mal-estar daquele que
cospe sangue, embora na realidade não lhe
queiramos bem? Por compaixão: nesse momento
não pensamos mais em nós — responde o mesmo
irrefletido. A verdade é que na compaixão — quero
dizer, no que costumamos chamar erradamente
compaixão — não pensamos certamente em nós de
modo consciente, mas inconscientemente pensamos
e pensamos muito, da mesma maneira que, quando
escorregamos, executamos inconscientemente os
movimentos contrário s que restabelecem o
equilíbrio, pondo nisso todo o nosso bom senso. O
acidente do outro nos toca e faria sentir nossa
impotência, talvez nossa covardia, se não o
socorrêssemos. Ou então traz consigo mesmo uma
diminuição de nossa honra perante os outros ou
diante de nós mesmos. Ou ainda vemos nos
acidentes e no sofrimento dos outros um aviso do
perigo que também nos espia; mesmo que fosse
como simples indício da incerteza e da fragilidade
humanas que pode produzir em nós um efeito
penoso. Rechaçamos esse tipo de miséria e de
ofensa e respondemos com um ato de compaixão
que pode encerrar uma sutil defesa ou até uma
vingança. Podemos imaginar que no fundo é em nós
que pensam os, considerando a decisão que
tomamos em todos os casos em que podemos evitar
o espetáculo daqueles que sofrem, gemem e estão
na miséria: decidimos não deixar de evitar, sempre
que podemos vir a desempenhar o papel de homens
fortes e salvadores, certos da aprovação, sempre que
queremos experimentar o inverso de nossa felicidade
ou mesmo quando esperamos nos divertir com nosso
aborrecimento. Fazemos confusão ao cham ar
compaixão ao sofrimento que nos causa um tal
espetáculo e que pode ser de natureza muito variada,
pois em todos os casos é um sofrimento de que está
isento aquele que sofre diante de nós: diz-nos
respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele. Ora,
só nos libertamos desse sofrimento pessoal quando
nos entregamos a atos de compaixão. [...]
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora. Trad. Antonio Carlos Braga. São Paulo; 2007, p 104-105
Sem prejuízo para a correção e a lógica, uma vírgula
poderia ser colocada imediatamente depois de:
I. CERTAMENTE, na frase “não pensam os certamente em nós de modo consciente"
II. NÓS, na frase “diz-nos respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele''.
III. QUE, na frase “Fazemos confusão ao chamar compaixão ao sofrimento que nos causa um tal espetáculo.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
I. CERTAMENTE, na frase “não pensam os certamente em nós de modo consciente"
II. NÓS, na frase “diz-nos respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele''.
III. QUE, na frase “Fazemos confusão ao chamar compaixão ao sofrimento que nos causa um tal espetáculo.
Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
Q530246
Atualidades
Em matéria divulgada pela imprensa no dia
22/10/2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV)
concluiu que 200 pessoas foram presas e torturadas
[...] em São Gonçalo, no Rio, entre 1969 e 1971 [...]
Segundo as testemunhas, sessões de tortura eram
acompanhadas por um médico, conhecido entre os
presos como Dr. Coutinho, que avaliava a condição
de saúde do torturado e autorizava a continuidade da sessão.
O local em São Gonçalo no qual aconteciam as sessões de tortura, segundo a Comissão Nacional da Verdade,era:
O local em São Gonçalo no qual aconteciam as sessões de tortura, segundo a Comissão Nacional da Verdade,era:
Q530247
Atualidades
De acordo com a ONG Transparência Internacional,
em ranking divulgado no dia 03/12/2014, o Brasil
melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no
levantamento que avaliou 175 países e territórios.
Ainda segundo o estudo, o Brasil é o segundo país
com a melhor percepção sobre corrupção no setor
público dos BRICs.
Alguns países do ranking da ONG
Transparência Internacional
País Posição no ranking
Dinamarca 1°
Suécia 4°
Canadá 10°
Africa do Sul 68°
Coreia do Norte 174°
De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs?
Alguns países do ranking da ONG
Transparência Internacional
País Posição no ranking
Dinamarca 1°
Suécia 4°
Canadá 10°
Africa do Sul 68°
Coreia do Norte 174°
De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs?
Q530248
Atualidades
Leia o texto.
“O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou, no dia 14/11/2014, as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e União Européia (UE) contra o país, classificando-as como ilegais, afirmando que enfraquecem as relações econômicas mundiais [...] Os países ocidentais impuseram punições à Rússia pela sua influência (na nação) vizinha (do leste europeu), acusando o país de ajudar os separatistas [...] com armas e tropas, o que Moscou nega."
(Adaptado do jornal Folha de S. Paulo, Mundo, 15.nov.2014.)
O texto se refere às sanções aplicadas à Rússia por auxiliar os separatistas de (da):
“O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou, no dia 14/11/2014, as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e União Européia (UE) contra o país, classificando-as como ilegais, afirmando que enfraquecem as relações econômicas mundiais [...] Os países ocidentais impuseram punições à Rússia pela sua influência (na nação) vizinha (do leste europeu), acusando o país de ajudar os separatistas [...] com armas e tropas, o que Moscou nega."
(Adaptado do jornal Folha de S. Paulo, Mundo, 15.nov.2014.)
O texto se refere às sanções aplicadas à Rússia por auxiliar os separatistas de (da):