Questões de Concurso Público TRT - 18ª Região (GO) 2023 para Analista Judiciário - Área Judiciária
Foram encontradas 8 questões
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 18ª Região (GO)
Provas:
FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
|
FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal |
Q2098367
Português
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
[Acerca da “Igualdade”]
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade” foi o grito de guerra da Revolução Francesa. Hoje há disciplinas inteiras − ramos da filosofia, da ciência política e dos estudos jurídicos − que têm a “igualdade” como tema central de estudos. Todos concordam que a
igualdade é um valor; ninguém parece concordar quanto ao que se refere o termo. Igualdade de oportunidades? Igualdade de condições? Igualdade formal perante a lei?
Estaremos falando de uma ideologia, a crença de que todos na sociedade deveriam ser iguais − claro que não em todos os
aspectos, mas nos mais importantes? Ou será uma sociedade em que as pessoas são efetivamente iguais? O que isso significaria de
fato, na prática, em ambos os casos? Que todos os membros da sociedade têm igual acesso à terra, ou tratam uns aos outros com
igual dignidade, ou são igualmente livres para expor suas opiniões em assembleias públicas?
A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo? Numa sociedade, por exemplo, em que os mais
poderosos são tratados como divindades e tomam as decisões mais importantes, é possível falar em igualdade? E as relações de
gênero? Muitas sociedades tratadas como “igualitárias” na verdade têm seu igualitarismo restrito aos homens adultos. Em casos
assim, podemos falar em igualdade de gêneros?
Como não existe nenhuma resposta clara e consensual a questões desse tipo, o uso do termo “igualitário” tem levado a
discussões infindáveis. Para alguns teóricos do século XVII, a igualdade se manifestava no estado da Natureza. Igualdade, pois,
seria um termo definido por omissão: identificaria uma humanidade que pudesse estar livre depois de removidas todas as armadilhas
da civilização. Povos “igualitários” seriam, pois, aqueles sem príncipes, sem juízes, sem inspetores, sem sacerdotes, possivelmente
sem cidades, sem escrita ou sequer agricultura. Seriam sociedades de iguais apenas no sentido estrito de que estariam ausentes
todos os sinais mais evidentes de desigualdade.
Não há dúvida, pensando-se sempre no ideal de “igualdade”, de que algo deu muito errado no mundo. Uma ínfima parte da
população controla o destino de quase todos os outros, e de uma maneira cada vez mais desastrosa.
(Adaptado de: GRAEBER, David, e WENGROW, David. O despertar de tudo − Uma nova história da humanidade. Trad. Denise Bottmann e
Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 91 a 94, passim)
A utilização do termo igualdade tem mostrado que esse conceito
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 18ª Região (GO)
Provas:
FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
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FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal |
Q2098368
Português
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
[Acerca da “Igualdade”]
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade” foi o grito de guerra da Revolução Francesa. Hoje há disciplinas inteiras − ramos da filosofia, da ciência política e dos estudos jurídicos − que têm a “igualdade” como tema central de estudos. Todos concordam que a
igualdade é um valor; ninguém parece concordar quanto ao que se refere o termo. Igualdade de oportunidades? Igualdade de condições? Igualdade formal perante a lei?
Estaremos falando de uma ideologia, a crença de que todos na sociedade deveriam ser iguais − claro que não em todos os
aspectos, mas nos mais importantes? Ou será uma sociedade em que as pessoas são efetivamente iguais? O que isso significaria de
fato, na prática, em ambos os casos? Que todos os membros da sociedade têm igual acesso à terra, ou tratam uns aos outros com
igual dignidade, ou são igualmente livres para expor suas opiniões em assembleias públicas?
A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo? Numa sociedade, por exemplo, em que os mais
poderosos são tratados como divindades e tomam as decisões mais importantes, é possível falar em igualdade? E as relações de
gênero? Muitas sociedades tratadas como “igualitárias” na verdade têm seu igualitarismo restrito aos homens adultos. Em casos
assim, podemos falar em igualdade de gêneros?
Como não existe nenhuma resposta clara e consensual a questões desse tipo, o uso do termo “igualitário” tem levado a
discussões infindáveis. Para alguns teóricos do século XVII, a igualdade se manifestava no estado da Natureza. Igualdade, pois,
seria um termo definido por omissão: identificaria uma humanidade que pudesse estar livre depois de removidas todas as armadilhas
da civilização. Povos “igualitários” seriam, pois, aqueles sem príncipes, sem juízes, sem inspetores, sem sacerdotes, possivelmente
sem cidades, sem escrita ou sequer agricultura. Seriam sociedades de iguais apenas no sentido estrito de que estariam ausentes
todos os sinais mais evidentes de desigualdade.
Não há dúvida, pensando-se sempre no ideal de “igualdade”, de que algo deu muito errado no mundo. Uma ínfima parte da
população controla o destino de quase todos os outros, e de uma maneira cada vez mais desastrosa.
(Adaptado de: GRAEBER, David, e WENGROW, David. O despertar de tudo − Uma nova história da humanidade. Trad. Denise Bottmann e
Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 91 a 94, passim)
Segundo alguns teóricos do século XVII (4º parágrafo), a igualdade
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 18ª Região (GO)
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FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
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Q2098369
Português
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Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
[Acerca da “Igualdade”]
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade” foi o grito de guerra da Revolução Francesa. Hoje há disciplinas inteiras − ramos da filosofia, da ciência política e dos estudos jurídicos − que têm a “igualdade” como tema central de estudos. Todos concordam que a
igualdade é um valor; ninguém parece concordar quanto ao que se refere o termo. Igualdade de oportunidades? Igualdade de condições? Igualdade formal perante a lei?
Estaremos falando de uma ideologia, a crença de que todos na sociedade deveriam ser iguais − claro que não em todos os
aspectos, mas nos mais importantes? Ou será uma sociedade em que as pessoas são efetivamente iguais? O que isso significaria de
fato, na prática, em ambos os casos? Que todos os membros da sociedade têm igual acesso à terra, ou tratam uns aos outros com
igual dignidade, ou são igualmente livres para expor suas opiniões em assembleias públicas?
A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo? Numa sociedade, por exemplo, em que os mais
poderosos são tratados como divindades e tomam as decisões mais importantes, é possível falar em igualdade? E as relações de
gênero? Muitas sociedades tratadas como “igualitárias” na verdade têm seu igualitarismo restrito aos homens adultos. Em casos
assim, podemos falar em igualdade de gêneros?
Como não existe nenhuma resposta clara e consensual a questões desse tipo, o uso do termo “igualitário” tem levado a
discussões infindáveis. Para alguns teóricos do século XVII, a igualdade se manifestava no estado da Natureza. Igualdade, pois,
seria um termo definido por omissão: identificaria uma humanidade que pudesse estar livre depois de removidas todas as armadilhas
da civilização. Povos “igualitários” seriam, pois, aqueles sem príncipes, sem juízes, sem inspetores, sem sacerdotes, possivelmente
sem cidades, sem escrita ou sequer agricultura. Seriam sociedades de iguais apenas no sentido estrito de que estariam ausentes
todos os sinais mais evidentes de desigualdade.
Não há dúvida, pensando-se sempre no ideal de “igualdade”, de que algo deu muito errado no mundo. Uma ínfima parte da
população controla o destino de quase todos os outros, e de uma maneira cada vez mais desastrosa.
(Adaptado de: GRAEBER, David, e WENGROW, David. O despertar de tudo − Uma nova história da humanidade. Trad. Denise Bottmann e
Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 91 a 94, passim)
Na pergunta A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo?, o autor
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 18ª Região (GO)
Provas:
FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
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Q2098370
Português
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
[Acerca da “Igualdade”]
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade” foi o grito de guerra da Revolução Francesa. Hoje há disciplinas inteiras − ramos da filosofia, da ciência política e dos estudos jurídicos − que têm a “igualdade” como tema central de estudos. Todos concordam que a
igualdade é um valor; ninguém parece concordar quanto ao que se refere o termo. Igualdade de oportunidades? Igualdade de condições? Igualdade formal perante a lei?
Estaremos falando de uma ideologia, a crença de que todos na sociedade deveriam ser iguais − claro que não em todos os
aspectos, mas nos mais importantes? Ou será uma sociedade em que as pessoas são efetivamente iguais? O que isso significaria de
fato, na prática, em ambos os casos? Que todos os membros da sociedade têm igual acesso à terra, ou tratam uns aos outros com
igual dignidade, ou são igualmente livres para expor suas opiniões em assembleias públicas?
A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo? Numa sociedade, por exemplo, em que os mais
poderosos são tratados como divindades e tomam as decisões mais importantes, é possível falar em igualdade? E as relações de
gênero? Muitas sociedades tratadas como “igualitárias” na verdade têm seu igualitarismo restrito aos homens adultos. Em casos
assim, podemos falar em igualdade de gêneros?
Como não existe nenhuma resposta clara e consensual a questões desse tipo, o uso do termo “igualitário” tem levado a
discussões infindáveis. Para alguns teóricos do século XVII, a igualdade se manifestava no estado da Natureza. Igualdade, pois,
seria um termo definido por omissão: identificaria uma humanidade que pudesse estar livre depois de removidas todas as armadilhas
da civilização. Povos “igualitários” seriam, pois, aqueles sem príncipes, sem juízes, sem inspetores, sem sacerdotes, possivelmente
sem cidades, sem escrita ou sequer agricultura. Seriam sociedades de iguais apenas no sentido estrito de que estariam ausentes
todos os sinais mais evidentes de desigualdade.
Não há dúvida, pensando-se sempre no ideal de “igualdade”, de que algo deu muito errado no mundo. Uma ínfima parte da
população controla o destino de quase todos os outros, e de uma maneira cada vez mais desastrosa.
(Adaptado de: GRAEBER, David, e WENGROW, David. O despertar de tudo − Uma nova história da humanidade. Trad. Denise Bottmann e
Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 91 a 94, passim)
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
TRT - 18ª Região (GO)
Provas:
FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
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Q2098375
Português
Texto associado
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
Encenação da morte
A vida nos quer, a morte nos quer. Somos o resultado da tensão ocasionada pelas duas forças que nos puxam. Esse equilíbrio
não é estável. Amplo, diverso e elástico é o campo de força da vida, e vale a mesma coisa para o campo da morte. Se ficamos
facilmente deprimidos ou exaltados é em razão das oscilações de intensidade desses dois campos magnéticos, sendo o tédio o
relativo equilíbrio entre os dois.
Às vezes é mais intensa a pressão da vida, outras vezes é mais intensa a pressão da morte. Não se quer dizer com isso que a
exaltação seja a morte e a depressão seja a vida. Há exaltações e exultações que se polarizam na morte, assim como há sistemas de
depressão que gravitam em torno da vida. O estranho, do ponto de vista biológico, é que somos medularmente solitários com ambos
os estados de imantação mais intensa, os da vida e os da morte. Não aproveitamos apenas a vida, mas usufruímos também as
experiências da morte, desde que essas não nos matem.
Ganhei várias vezes da morte, isto é, inúmeras vezes os papéis que a morte representou para mim não chegaram a ser
convincentes ou não chegaram a fazer grande sucesso. Matei várias mortes. (...) Mas outro dia dei dentro de mim com uma morte tão
madura, tão forte, tão irrespondível, tão parecida comigo que fiquei no mais confuso dos sentimentos. Esta eu não posso matar, esta é
a minha morte. O Vinícius de Moraes, que entende muito de morte, disse que nesse terreno há sempre margem de erro, e que talvez
eu tenha ainda de andar um bocado mais antes de encontrar a minha morte. Pode ser. Não sei. Quem sabe?
(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. Os sabiás da crônica. Antologia. Org. Augusto Massi. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 246-248,
passim)
Ao situar especificamente a tensão ocasionada pelas duas forças que nos puxam, no início do texto, o cronista está se referindo
a um fenômeno que expressará em outro lugar como