Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
Mudança
Íamos mudar de cidade dali a dias, me disseram. Meu mundo de menino até então resumira-se àquela casa, àquela rua,
àquela cidade, àquela escola. Fiquei entusiasmado: íamos pra Capital!
No meu último dia de aula, véspera da mudança, me despedi da turma e voltei pra casa ansioso. Lá chegando – cadê a nossa
sala? Móveis empilhados, janelas nuas, marcas de arrasto no assoalho...
Perguntei pra minha irmã: – E quando é que a gente vai voltar pra casa? – Nunca mais, respondeu ela. Insisti: – A gente vai
embora para sempre? – Para sempre, foi a sentença. Compreendi desde então que “nunca mais” e “para sempre” são duas faces do
mesmo Tempo implacável.
As palavras gostam de se esclarecer por meio das nossas experiências.
(Celso Canedo Lima, a publicar)