O que vem depois? Respostas e lacunas sobre a Covid
longa, que afeta até 20% dos que foram infectados pelo
coronavírus
Desde sua primeira infecção, a Covid se impôs como desafio
monumental para a ciência, que concentrou esforços
globalmente para investigar desde a transmissão até as formas
de tratamento. O desenvolvimento de uma vacina pareceu trazer
alívio à rotina extenuante nos centros de pesquisa, até que
múltiplas sequelas começaram a ser relatadas por pacientes de
todo o mundo. Enquanto a maioria das pessoas que foram
infectadas pelo coronavírus se recupera completamente, outra
parte continua a sofrer com efeitos de longo prazo em vários
órgãos – pulmão, coração, sistema nervoso.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre
10% e 20% das pessoas que tiveram Covid desenvolvem alguma
complicação prolongada. Agora, pesquisadores se debruçam
sobre esses mais de 200 sintomas, agrupados genericamente
pelo termo Covid longa. Se ainda existem muitas lacunas a
serem preenchidas, principalmente sobre o mecanismo causador
dessas sequelas, também há conclusões que já ajudam na
assistência aos que, por meses, procuraram serviços de saúde
em busca de um diagnóstico. Radis conversou com três
pesquisadores brasileiros envolvidos diretamente nessa
investigação, para contar o que se sabe.
“Covid longa é um termo cunhado por pacientes para se
referir a uma gama de sintomas experimentados por aqueles que
tiveram covid-19 depois de se recuperarem dos estágios iniciais
da infecção”, resume Margareth Portela, pesquisadora da Escola
Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) que
integra a equipe do Observatório Covid-19 Fiocruz. [...]
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/o-que-vem-depois-respostas-e-lacunas-sobre-a-covidlonga-que-afeta-ate-20-dos-que-foram-infectados-pelo-coronavirus/. Acesso em: 6 jun. 2023.