A cibersegurança, embora seja um tema há muito
discutido em âmbito global, é um campo relativamente novo no
Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa
migração de dados para ambientes em nuvem e da interconexão
praticamente global de dispositivos na Internet. A proliferação de
dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até
equipamentos industriais, aumentou consideravelmente a
superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que
antes parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de
pressão de gasodutos conectados à rede de computadores, agora é
uma realidade tangível.
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas
à Internet muitas vezes ocorre sem a devida atenção à segurança.
Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode
expor empresas a riscos substanciais, pois a falta de preparação e
avaliação da superfície de ataque pode permitir que brechas
sejam exploradas por agentes maliciosos.
Uma das principais questões, quando se fala em
cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de prata”, ou
seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer.
Cada organização possui características, riscos e necessidades
distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
desempenhou um papel significativo no cenário de cibersegurança
ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a
proteção de dados. Empresas são agora obrigadas a adotar medidas
proativas para evitar incidentes de segurança e garantir a
privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser
entendido como um seguro de carro: deve-se investir na prevenção
para minimizar os danos de um eventual incidente.
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).