Questões de Português - Pronome de tratamento para Concurso
Foram encontradas 253 questões
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234891
Português
Texto associado
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir
logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é aquele de quem muitos
têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz
grosserias, piadas inconvenientes. Crianças têm medo de
palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados
existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na
realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras,
milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais,
campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio
do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando
por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por
que a comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um
tratamento que não nega nem destitui a existência do pior, mas
que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim,
introduzimos que o horizonte do que o palhaço escuta é a
tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro,
que se mostra como uma repetição insensata sempre. O palhaço é
um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade
exagerando as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição
a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro é escutar o que
realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de
ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o
que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar
o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele
deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas.
O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
O emprego da forma “você” (sétimo período) está inadequado ao nível de formalidade do texto.
O emprego da forma “você” (sétimo período) está inadequado ao nível de formalidade do texto.
Ano: 2012
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
MPE-MG
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2012 - MPE-MG - Oficial do MP - Serviços Diversos |
Q2212853
Português
“MM. Juiz, os fatos narrados têm ocorrido devido à revogação parcial das medidas
protetivas concedidas em 17/03/2008 [...]” (linhas 23-24)
A expressão destacada significa
A expressão destacada significa
Ano: 2012
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
MPE-MG
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2012 - MPE-MG - Oficial do MP - Serviços Diversos |
Q2212852
Português
“Pelo exposto, o Ministério Público requer o deferimento das medidas protetivas de
urgência ora pleiteadas por entender que, no caso, cumprem-se [...]”. (linhas 51-52)
Se especificássemos, depois da expressão “o Ministério Público requer”, o destinatário natural e lógico do pedido, a forma mais adequada, coerente e correta de redação seria.
Se especificássemos, depois da expressão “o Ministério Público requer”, o destinatário natural e lógico do pedido, a forma mais adequada, coerente e correta de redação seria.
Q2196262
Português
Texto associado
Texto 2
Investir em educação ‘fecha’ prisões
Entrevista da BBC News Brasil com Clara Grisot.
Clara Grisot, formada em ciências políticas e sociologia,
é cofundadora da associação francesa Prison Insider,
que coleta informações sobre as condições das prisões no mundo.
BBC News Brasil – Pesquisas no Brasil indicam que a
maioria concorda com a afirmação de que “bandido
bom é bandido morto”. Qual seria a reação em outros
países desenvolvidos?
Grisot – Esse tipo de discurso não é algo específico
do Brasil. É uma visão comum no mundo. Vemos que
a sociedade tem uma real falta de empatia em relação
[……] pessoas encarceradas. O tratamento dado aos
presidiários não interessa [……] quase ninguém, mas
constatamos que isso é ainda mais forte nos países
com grandes desigualdades sociais.
BBC News Brasil – De que forma a violência no Brasil,
que afeta a população diariamente, influencia o olhar
dos brasileiros sobre a situação nos presídios?
Grisot – O que acontece dentro das prisões em
países com muita violência é a exacerbação do que
acontece nas ruas. Isso explica [……] violência que
surge regularmente no sistema carcerário brasileiro
e, certamente, o olhar dos brasileiros sobre a situação
do sistema prisional do país. Já é tão violento fora (nas
ruas) que o que acontece dentro das prisões é praticamente algo que não lhes diz respeito.
BBC News Brasil – No Brasil e em outros países, prevalece
a visão de que penas mais severas reduziriam os riscos da
pessoa cometer um crime. Você concorda com isso?
Grisot – Com base nas informações que pudemos
obter em todos os países do mundo, percebemos que
a prisão não funciona. Quanto mais as penas forem
longas e os prisioneiros forem tratados como um nada,
menos preparamos seu retorno [……] sociedade. A
prisão destrói. Estudos mostram que quanto menos
a pessoa ficar presa, menos ela ficará dessocializada
e menores serão as chances de reincidência. Se ela
não voltar [……] praticar um delito, não haverá novas
vítimas. Todo esse discurso de repressão produz efeitos contrários ao desejado. É paradoxal. Se as pessoas
realmente estivessem ao lado das vítimas, elas seriam
favoráveis a penas alternativas.
BBC News Brasil – Muitos no Brasil acham que um país
sem recursos suficientes para a educação não deveria
investir em presídios. Qual é a sua avaliação?
Grisot – A corrida para o aprisionamento e a construção de prisões têm um custo extremamente alto tanto
economicamente quanto socialmente. O Brasil dá
continuidade a uma política repressiva que fracassou,
sobretudo nos Estados Unidos, onde certos Estados
gastam mais com prisões do que com universidades.
Isso tem efeitos devastadores, com consequências
sobre comunidades e gerações inteiras. Alguns têm
recuado em razão dos estragos constatados. A educação é uma das primeiras muralhas contra a pobreza.
São os pobres que são presos em massa e isso em
todos os lugares. Construir presídios em detrimento
da educação é uma escolha infeliz porque apostar na
educação significa fechar prisões.
BBC News Brasil – No Brasil, difundiu-se a ideia de que
os direitos humanos são os “direitos dos manos”, dos
bandidos. O que explica isso?
Grisot – Isso faz parte de uma retórica clássica que
chamamos de populismo penal que quer dividir os
direitos humanos. Nós dizemos que os direitos humanos são indivisíveis e não podem ser negociados.
Todos devem ser tratados com dignidade. Seria um
grande retrocesso pensar o contrário.
FERNANDES, Daniela. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48445684
Acesso em 18 out.2019. [Adaptado]
Analise as afirmativas abaixo em relação ao texto 2.
1. Clara Grisot, cofundadora da associação francesa Prison Insider, recebe, na entrevista, o tratamento formal de Vossa Senhoria, o que se infere da formulação “Qual é a sua avaliação?” (4ª pergunta).
2. Quanto ao sinal indicativo de crase, a grafia correta dos cinco vocábulos, na sequência das lacunas [……] nas respostas da entrevista, é: às • à • a • à • à.
3. Em “constatamos que isso é ainda mais forte nos países com grandes desigualdades sociais” (1a resposta), o pronome sublinhado faz referência ao desinteresse pelo tratamento dado aos presidiários.
4. Em “Quanto mais as penas forem longas e os prisioneiros forem tratados como um nada, menos preparamos seu retorno [……] sociedade” (3ª resposta), as formas verbais sublinhadas estão, respectivamente, na voz passiva e ativa.
5. Em “não haverá novas vítimas” (3ª resposta), o verbo haver é impessoal e pode ser substituído por “existirá”, sem prejuízo de significado e sem desvio da norma culta da língua escrita.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. Clara Grisot, cofundadora da associação francesa Prison Insider, recebe, na entrevista, o tratamento formal de Vossa Senhoria, o que se infere da formulação “Qual é a sua avaliação?” (4ª pergunta).
2. Quanto ao sinal indicativo de crase, a grafia correta dos cinco vocábulos, na sequência das lacunas [……] nas respostas da entrevista, é: às • à • a • à • à.
3. Em “constatamos que isso é ainda mais forte nos países com grandes desigualdades sociais” (1a resposta), o pronome sublinhado faz referência ao desinteresse pelo tratamento dado aos presidiários.
4. Em “Quanto mais as penas forem longas e os prisioneiros forem tratados como um nada, menos preparamos seu retorno [……] sociedade” (3ª resposta), as formas verbais sublinhadas estão, respectivamente, na voz passiva e ativa.
5. Em “não haverá novas vítimas” (3ª resposta), o verbo haver é impessoal e pode ser substituído por “existirá”, sem prejuízo de significado e sem desvio da norma culta da língua escrita.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Palmas - TO
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de Palmas - TO - Guarda Metropolitano |
Q2182248
Português
Texto associado
A rota dos falsários
O primeiro derrame de dinheiro falso no Brasil, em grande
escala, teve como ponto central de distribuição o Rio Grande
do Sul. Isso aconteceu em meados do século XIX. No dia 10
de agosto de 1843, o Ministro da Fazenda Joaquim Francisco
Viana determinou, em ofício reservado, ao presidente do Rio
Grande do Sul, Barão de Caxias, que estabelecesse séria
vigilância sobre as cargas e os passageiros dos navios procedentes de Portugal.
Segundo informações seguras, lá estavam fabricando
dinheiro falso brasileiro em volumes assustadores. E esse
dinheiro estava sendo trazido para o Brasil pelos navios que
atracavam no porto de Rio Grande, evitando assim os rigores da alfândega do Rio de Janeiro.
Diante da delicada situação, as autoridades rio-grandenses trataram de montar um rigoroso esquema de vigilância.
Apesar dos esforços e da dedicação dos agentes fiscais,
nada se descobria nas cargas nem nos passageiros. Por
ordem oficial, os volumes eram abertos a bordo dos navios,
antes mesmo de serem descarregados. E os passageiros,
por sua vez, eram também revistados a bordo, minuciosamente.
Enquanto isso, o dinheiro falso continuava chegando ao
Rio Grande do Sul e daí se espalhando para o resto do Brasil.
Até então os fiscais concentravam as revistas somente nas
cargas sólidas, mas quando resolveram revistar também as
cargas líquidas tiveram uma tremenda surpresa. O dinheiro
falso estava chegando ao porto de Rio Grande dentro de
barris de vinho, acondicionado em latas vedadas com resina
e bem fixadas no fundo dos barris, para evitar que fossem
percebidas quando os barris eram sacudidos.
Apesar de ter sido descoberta a trapaça, os nomes dos
trapaceiros foram mantidos em sigilo, possivelmente para
preservar a imagem de alguns figurões da época. Aliás, um
procedimento ainda em voga nos dias de hoje.
(Eloy Terra, 550 anos: crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o enunciado está reescrito,
nos colchetes, empregando pronomes para substituir o
trecho destacado, de acordo com a norma-padrão.