Questões de Educação Artística para Concurso
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A pergunta “Por que não houve grandes mulheres artistas?” foi
formulada em 1973, pela historiadora da arte Linda Nochlin, em
artigo homônimo no qual ela adverte a respeito do seu caráter
enganoso:
Essa pergunta esconde um pressuposto insidioso, que está na base
de sua formulação. Até onde sabemos, nunca houve grandes
mulheres artistas, como não houve também nenhum grande
pianista de jazz lituano ou um grande tenista esquimó, e não
importa o quanto queríamos que tivesse existido. Por trás da
maioria das pesquisas sobre grandes artistas, há a aceitação da
ideia do gênio na arte em primeiro plano e apenas
secundariamente há a consideração das estruturas sociais e
institucionais nas quais ele tenha vivido e trabalhado, como mero
pano de fundo. Partindo desse princípio, a falta de êxito das
mulheres pode ser formulada como silogismo: se as mulheres
possuíssem talento para arte este se revelaria espontaneamente.
Mas este talento nunca se revelou. Portanto, chegamos à
conclusão de que as mulheres não possuem talento para a arte.
Adaptado de NOCHLIN, Linda. Por que não houve grandes mulheres artistas? São Paulo: Edições Aurora, 2016.
As afirmativas a seguir interpretam corretamente o posicionamento de Linda Nochlin sobre quais questões são (ou não são) pertinentes para a história da arte, à exceção de uma. Assinale-a.
Rudolf Laban (1879-1958) criou um método de análise que permite avaliar os diversos tipos de movimentos. O que há em comum entre um salto de um dançarino, uma armada de um capoeirista, um saque de um tenista, um aluno escrevendo anotações de aula ou uma pessoa lavando roupa? Para Laban, todos executam movimentos que podem ser avaliados mediante elementos qualitativos: fluência, espaço, peso e tempo.
As afirmativas a seguir descrevem corretamente os princípios e as características do Método Laban, à exceção de uma. Assinale-a.
O conceito de Arte Indígena Contemporânea (AIC) foi cunhado por Jaider Esbell, artista macuxi, para quem a AIC “é uma armadilha, porque nos convida a aprofundar essa questão da identidade. E quando ela vem com essa densidade, puxa para a ideia de essência, de matriz, até mesmo de pureza, que é essa relação ainda muito romantizada da integração plena do homem com a natureza. E aí, ela vem nos fazendo questionar como fazer essa transição, essa transposição nos mundos”.
Adaptado de ESBELL 2021: p. 31.
Para Jaider Esbell, a Arte Indígena Contemporânea é “uma armadilha”
Um texto que busca esboçar o quadro da arte indígena brasileira não pode senão começar com um paradoxo: trata-se de povos que não partilham nossa noção de arte. Mas, se objetos indígenas cristalizam ações, valores e ideias, como na arte conceitual, ou provocam apreciações valorativas da categoria dos tradicionais conceitos de beleza e perfeição formal como entre nós, por que sustentar que conceitualmente esses povos desconhecem o que nós conhecemos como “arte”?
LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2009, p. 11-13.
Com base no trecho, é correto afirmar que, na arte indígena,