Questões da Prova Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Eletrônica

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Ano: 2016 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Provas: Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmacêuticos - Conhecimentos Básicos | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oficiais de Apoio - Conhecimentos Básicos | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oficiais Engenheiros - Conhecimentos Básicos | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Bioquímica | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Administração | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Cartográfica | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Enfermagem | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Eletrônica | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Jornalismo | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Análise de Sistemas | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pedagogia | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Serviços Jurídicos | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Elétrica | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia de Telecomunicações | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia de Agrimensura | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia da Computação | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Serviço Social | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Civil | Aeronáutica - 2016 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Mecânica |
Q657479 Português

                             Contra a mera “tolerância” das diferenças

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

      “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

      “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

      Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegêmonica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

      Tolerar não deve ser celebrada e buscada nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

      Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

(QUINALHA, Renan. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/. Acesso em: 30/03/2016. Trecho.)

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1: A