Questões de Concurso Militar CIAAR 2015 para Primeiro Tenente - Psicologia

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Q695448 Psicologia

Leia o fragmento de texto de Freudem “O Ego e o ld”.

‘“Estar ‘consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente descritivo, que repousa na percepção do caráter mais imediato e certo. A experiência demonstra que um elemento psíquico (uma ideia, por exemplo) não é, via de regra, consciente por um período de tempo prolongado. Pelo contrário, um estado de consciência é, caracteristicamente, muito transitório; uma ideia que é consciente agora não o é mais um momento depois, embora assim possa tornar-se novamente, em certas condições que são facilmente ocasionadas. No intervalo, a ideia foi... Não sabemos o quê. Podemos dizer que esteve latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz de tomar-se consciente a qualquer momento. Ora, se dissermos que era inconsciente, estaremos também dando uma descrição correta dela. Aqui Inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se consciente’. (...) O estado em que as ideias existiam antes de se tornarem conscientes é chamado por nós de repressão, e asseveramos que a força que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência durante o trabalho de análise. Obtemos, assim, o nosso conceito de inconsciente a partir da teoria da repressão. O reprimido é, para nós, o protótipo do inconsciente. Percebemos, contudo, que temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tomar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz de tornar-se consciente (...). Fazendo uma generalização rápida, poderíamos conjecturar que a essência de uma regressão da libido (da fase genital para a anal-sádica, por exemplo) reside numa desfusão de instintos, tal como, inversamente, o avanço de uma fase anterior para a genital definitiva estaria condicionado a um acréscimo de componentes eróticos. Surge também a questão de saber se a ambivalência comum, que com tanta frequência é inusitadamente forte na disposição constitucional à neurose, não deveria ser encarada como produto de uma desfusão; a ambivalência, contudo, é um fenômeno tão fundamental que ela mais provavelmente representa uma fusão instintual que não se completou. (...) Ora, o caso em que alguém primeiramente ama e depois odeia a mesma pessoa (ou o inverso), porque essa pessoa lhe deu motivo para fazê-lo, obviamente nada tem a ver com o nosso problema. Tampouco o tem o outro caso, em que sentimentos de amor que ainda não se tornaram manifestos, expressam-se, inicialmente, por hostilidade e tendências agressivas; e pode ser que aqui o componente destrutivo da catexia do objeto se tenha apressado em ir à frente e somente mais tarde se lhe juntou o erótico. Mas sabemos de diversos casos na psicologia das neuroses em que é mais plausível supor que uma transformação se efetua. Na paranoia persecutória, o paciente desvia um vínculo homossexual excessivamente forte que o liga a uma pessoa em especial; em resultado, esta pessoa a quem muito amava, se torna um perseguidor, contra quem o paciente dirige uma agressividade frequentemente perigosa. Aqui, temos o direito de interpolar uma fase prévia, que transformou o amor em ódio.”.

Considerando o fragmento do texto, é possível levantar hipóteses acerca da neurose e da psicose para Freud. Tendo isso em vista, assinale a opção correta.

Alternativas
Q695449 Psicologia

A terapia cognitiva proposta por Aron Beck na década de 1960 tem como objetivo, “ensinar o paciente a reconhecer as cognições negativas e sua conexão com o afeto e comportamento; examinar as evidencias contra e a favor à tais pensamentos e substituí-los por interpretações mais orientadas para a realidade”. Esse objetivo foi desenvolvido a partir da constatação, em estudos científicos, que a perspectiva negativista de pacientes deprimidos possuía acerca de si mesmos, do mundo e do futuro, portanto distorcida, desencadeava o quadro depressivo em que se encontravam. Posteriormente a esses achados, esse modelo psicoterápico foi estendido a outras modalidades de transtornos psicológicos tais como ansiedade, alimentares, de personalidade, dentre outros. Julgue as sentenças que salientam distorções ou cognições negativas, informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) A catastrofização ou adivinhação consiste em predizer o futuro negativamente, sem levar em consideração outros resultados mais prováveis.

( ) O filtro mental ou abstração seletiva consiste em chegar a uma conclusão negativa abrangente que extrapola a situação em questão.

( ) A hipergeneralização ou supergeneralização consiste em prestar atenção num pequeno detalhe, ao invés de ver o quadro por inteiro.

( ) O pensamento polarizado, tudo ou nada, preto e branco ou dicotômico, envolve a percepção de uma situação de forma dicotômica, em apenas duas categorias, ao invés de um continum.

Alternativas
Q695450 Psicologia
A relação terapêutica e os processos de mudança nas psicoterapias humanistas têm por objetivo restabelecer o acordo perdido entre a experiência total da pessoa e a experiência consciente do self, propiciando ao cliente um amadurecimento e um desenvolvimento normais, por meio da empatia, da incondicionalidade e da congruência. A respeito da empatia, marque a opção correta.
Alternativas
Q695451 Psicologia
Considerada uma das grandes forças em psicoterapias, a terapia comportamental fundamenta-se nos princípios de aprendizagem para explicação do aparecimento, manutenção e eliminação dos sintomas. Entre os princípios destacam-se o condicionamento clássico, o operante e a aprendizagem social e a habituação, os quais evidenciavam a ênfase no comportamento observável, embora entre os principais representantes já existisse indicativos da atribuição de importância a outras variáveis, tais como as crenças de autoeficácia, além da conduta observável. A respeito das técnicas da terapia comportamental, é correto afirmar que
Alternativas
Q695452 Psicologia

O psicodiagnóstico pode ser definido como um procedimento científico, limitado no tempo, que lança mão de técnicas e estratégias de avaliação e testagem psicológica, em nível individual ou em grupo. Visa o esclarecimento de problemas por meio de pressupostos teóricos dos construtos aos quais o problema se refira; bem como a identificação e avaliação dos aspectos específicos para a classificação do caso, a previsão do curso possível, a comunicação dos resultados e as proposições de solução caso seja necessário. Além disso, um psicodiagnóstico sustenta-se na necessidade de:

I. Tomar conhecimento acerca do que ocorre e o que motiva tal acontecimento, de maneira a responder à demanda pela qual foi iniciada uma consulta.

II. Evitar o risco significativo em que implica a ausência de um questionamento realizado previamente ao tratamento, tais como a inoperância técnica e terapêutica frente a patologias e situações complicadas e perturbadoras.

III. Proteger o profissional da psicologia que propicia o início de um determinado tratamento necessariamente pautado em dimensões clínica e ética, as quais são idôneas e comprometidas, sobretudo mediante o desconhecido e a falta de clareza do que se apresenta.

IV. Estabelecer diagnóstico e avaliação do tratamento, o que significa correr o risco de uma rotulação do caso e estar sujeito às mudanças repentinas, já que são necessários, respectivamente, retestes e manuseio de instrumentos em diferentes momentos para evitar respostas lacônicas e esporádicas fora das circunstâncias de testes.

Tendo isso em vista, o que torna um psicodiagnóstico preciso, estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Respostas
41: C
42: A
43: C
44: C
45: B