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“Orgulho de ser nordestino”: esse é o lema de uma das torcidas organizadas do Ceará — a Cangaceiros Alvinegros — que retrata bem qual o sentimento dos torcedores desse clube, um dos mais expressivos do Nordeste. Há entre os torcedores aqueles que torcem apenas para o Ceará e aqueles que torcem por um time do Sudeste também. Estes são denominados de “torcedores mistos”, e estamos definindo aqui como pertencentes ao campo da bifiliação clubística.
Em geral, a bifiliação clubística permite que torcedores se engajem aos times do Rio de Janeiro, por exemplo, sobretudo pela histórica projeção política e posteriormente midiática da então capital do Brasil. Contudo, no interior da Cangaceiros Alvinegros, sustenta-se a autoafirmação como nordestinos, rechaçando aqueles que deixam de torcer pelo time local para se apegarem aos clubes mais distantes. Ao serem questionados sobre como encaravam a bifiliação, um dos diretores da Cangaceiros foi enfático ao afirmar: “Você já viu algum paulista ou carioca torcer pra time do Nordeste? Então por que eu vou torcer pra time do Sul?”.
CAMPOS, F; TOLEDO, L. H. O Brasil na arquibancada: notas sobre a sociabilidade torcedora. Revista USP, n. 99, set.-out.-nov. 2013 (adaptado).
O texto apresenta duas práticas distintas de filiação
aos clubes de futebol. Nesse contexto, o significado
expressado pelo lema “Orgulho de ser nordestino”
representa o(a)
Sou um homem comum
brasileiro, maior, casado, reservista,
e não vejo na vida, amigo
nenhum sentido, senão
lutarmos juntos por um mundo melhor.
Poeta fui de rápido destino
Mas a poesia é rara e não comove
nem move o pau de arara.
Quero, por isso, falar com você
de homem para homem,
apoiar-me em você
oferecer-lhe meu braço
que o tempo é pouco
e o latifúndio está aí matando
[...]
Homem comum, igual
a você,
[...]
Mas somos muitos milhões de homens
comuns
e podemos formar uma muralha
com nossos corpos de sonhos e margaridas.
FERREIRA GULLAR. Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).
No poema, ocorre uma aproximação entre a realidade social e o fazer poético, frequente no Modernismo. Nessa aproximação, o eu lírico atribui à poesia um caráter de
A arte de Luís Otávio Burnier
O movimento natural do corpo segue as leis cotidianas: o menor esforço para o maior efeito. Etienne Decroux inverte a frase e cria o que, para ele, seria uma das mais importantes leis da arte: o maior esforço para o menor efeito. “Se eu pedir a um ator que me expresse alegria, ele me fará assim (fazia uma grande máscara de alegria com o rosto), mas se eu cobrir o seu rosto com um pano ou uma máscara neutra, amarrar seus braços para trás e lhe pedir que me expresse agora a alegria, ele precisará de anos de estudo”, dizia.
CAFIERO, C. Revista do Lume, n. 5, jul. 2003.
No texto, Carlota Cafiero expõe a concepção elaborada por Etienne Decroux, que desafia o ator a estabelecer uma comunicação com o público sem as expressões convencionais, por meio da
O mundo mudou
O mundo mudou. “O mundo mudou” porque está sempre mudando. E sempre estará, até que um dia chegue o seu alardeado fim (se é que chegará). Hoje vivemos “protegidos” por muitos cuidados e paparicos, sempre sob a forma de “serviços”, e desde que você tenha dinheiro para usá-los, claro. Carro quebrou na marginal? Relaxe, o guincho da seguradora virá em minutos resgatá-lo. Tem dificuldade de locomoção? Espere, a empresa aérea disporá de uma cadeira de rodas para levá-lo ao terminal. Surgiu uma goteira no seu chalé em plenas férias de verão? Calma, o moço que conserta telhados está correndo para lá agora. Vai ficando para trás um outro mundo — de iniciativas, de gestos solidários, de amizade, de improvisação (sim, “quem não improvisa se inviabiliza”, eu diria, parafraseando Chacrinha).
Estamos criando uma geração que não sabe bater um prego na parede, trocar um botijão de gás, armar uma rede. É, o mundo mudou sim. Só nos resta o telefone do SAC, onde gastaremos nossa bílis com impropérios ao vento; ou o site da loja de eletrodomésticos onde ninguém tem nome (que saudade dos Reginaldos, Edmilsons e Velosos!). Ligaremos para falar com a nossa própria solidão, a nossa dependência do mundo dos serviços e a nossa incapacidade de viver com real simplicidade, soterrados por senhas, protocolos e pendências vãs. Nem Kafka poderia sonhar com tal mundo.
ZECA BALEIRO. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 18 maio 2013 (adaptado).
O texto trata do avanço técnico e das facilidades
encontradas pelo homem moderno em relação à
prestação de serviços. No desenvolvimento da temática,
o autor
If You’re Out There
If you hear this message
Wherever you stand
I'm calling every woman
Calling every man
We're the generation
We can't afford to wait
The future started yesterday
And we're already late
We've been looking for a song to sing
Searched for a melody
Searched for someone to lead
We've been looking for the world to change
If you feel the same, we'll go on and say
If you're out there
Sing along with me if you're out there
I'm dying to believe that you're out there
Stand up and say it loud if you're out there
Tomorrow's starting now...now...now [...]
We can destroy Hunger
We can conquer Hate
Put down the arms and raise your voice
We're joining hands today [...]
LEGEND, J. Evolver. Los Angeles: Sony Music, 2008 (fragmento).
O trecho da letra de If You’re Out There revela que essa
canção, lançada em 2008, é um(a)