Questões de Vestibular Sobre morfologia - pronomes em português

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Q2093149 Português
De volta pra casa: decolonização na paleontologia (CONT.)

   O que pode ser considerado o maior avanço dos últimos anos em relação à situação dos fósseis irregulares ocorreu após a descrição de um novo dinossauro procedente da bacia do Araripe, que havia recebido o nome de Ubirajara. Devido a questões éticas e legais, a revista Cretaceous Research, onde a nova espécie havia sido descrita por pesquisadores estrangeiros, retirou o trabalho de publicação, depois de uma análise criteriosa. Contribuiu para essa atitude da revista a enorme pressão de paleontólogos brasileiros e do público em geral, a partir das redes sociais (#UbirajarabelongstoBrazil), e a ação firme da Sociedade Brasileira de Paleontologia.

  Esse fato, até então inédito, fez com que diversas revistas científicas passassem a se preocupar com os aspectos legais dos fósseis brasileiros antes de aprovarem publicações sobre eles. O mesmo ocorreu com pesquisadores do exterior, que passaram a se preocupar com sua própria reputação.

   Após o caso do Ubirajara, dois novos episódios de repatriação acabaram ocorrendo, ambos com material da bacia do Araripe. O primeiro foi o da aranha Cretapalpus vittari, descrita em homenagem à cantora Pablo Vittar. Os pesquisadores envolvidos na descrição, quando alertados, não apenas devolveram o fóssil, como também 35 outros exemplares que estavam em uma instituição nos Estados Unidos. O segundo episódio envolveu um crânio do pterossauro Tupandactylus imperator, cuja descrição foi apenas aceita por uma revista após a devolução do exemplar ao Brasil. Iniciativas como essas enchem de esperança os que estão no front da luta para que peças importantes sejam devolvidas ao país.

  Para certos pesquisadores, os fósseis devem ser considerados bens minerais e, dessa forma, poderiam ser minerados e comercializados. Há também alguns poucos que defendem que fósseis que estejam fora do país, mesmo que ’exportados’ ilegalmente, contribuem para a divulgação de sua região de origem, podendo gerar alguma vantagem econômica, como fomento do turismo local. Há ainda aqueles que defendem a inclusão obrigatória de pesquisadores brasileiros nos estudos de fósseis do Brasil depositados no exterior. Essa, no entanto, é uma ideia para lá de controversa, pois coloca as parcerias científicas como moeda de troca para ’regularizar’ fósseis. A meu ver, tais posições são equivocadas e caminham na contramão das iniciativas para a recuperação de material importante fora do país. Felizmente, não representam a maioria dos paleontólogos brasileiros.

    Apesar das grandes dificuldades pelas quais passa a ciência brasileira, fato é que, ao longo de décadas, o Brasil tem investido na formação de recursos humanos para a pesquisa paleontológica, com inúmeras bolsas de pós-graduação, recursos para projetos e abertura de vagas em centros de pesquisa, particularmente nas universidades federais. Claro que ainda há muito por fazer, sobretudo em termos de obtenção de investimentos expressivos para atividades de campo, como coleta e preparação de novos exemplares. Mas a realidade é que o país reúne diversas instituições com possibilidade não apenas de abrigar exemplares, como também - e sobretudo - de desenvolver pesquisa científica relevante.

   Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Paleontologia deveria ser mais proativa, sobretudo esclarecendo a situação ilegal dos fósseis depositados fora do país e promovendo campanhas de conscientização junto à comunidade internacional.

(Texto de Alexander W. A. Kellner, disponível em https://cienciahoje.org.br/artigo/de-volta-pra-casa-decolonizacao-napaleontologia/. Adaptado.) 
(URCA/2022.2) No trecho "Há também alguns poucos que defendem que fósseis que estejam fora do país, mesmo que ’exportados’ ilegalmente, contribuem para a divulgação de sua região origem, podendo gerar alguma vantagem econômica, como fomento do turismo local.", a palavra QUE é pronome relativo com função de sujeito:
Alternativas
Q2092729 Português
TEXTO 2

1_- 29 2.png (373×686)

Adaptado de: MARQUES, Jairo. Como uma das maiores bandas
de rock do mundo faz a diferença pela inclusão.
Disponível em: https://bit.ly/3OAjYix. Acesso em: 27 abr. 2022.

Sobre os recursos linguísticos empregados no texto, afirma-se:
I. O pronome “lhe” (linha 13) complementa o adjetivo “peculiar” (linha 13). II. As três ocorrências do verbo “parecer” (linhas 13, 34 e 38) conferem caráter de incerteza ao discurso do autor. III. As correlativas “não só ... como” (linhas 18 e 19) estabelecem relação de adição no período. IV. “Para” (linha 34) introduz a finalidade da expressão “oportunidade incrível” (linha 34).
Estão corretas apenas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2022 Banca: UEMG Órgão: UEMG Prova: UEMG - 2022 - UEMG - Vestibular |
Q2054660 Português

Texto I




Laerte.

Disponível em: https://www.instagram.com/p/CWtk14SFixR/. Acesso em 19 jan. 2022.


Texto II

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Luiz Vaz de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.


E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.


Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/2513/mudam-se-ostempos-mudam-se-as-vontades. Acesso em 17 jan. 2022.


Glossário:

Soía: costumava

Assinale a alternativa correta a respeito de elementos linguísticos presentes no Texto II.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021272 Português
          O uso de novas marcas de gênero na língua portuguesa como decorrência de um ativismo social aplicado à linguagem nos convida a uma análise. Há registro de diversos movimentos relacionados à busca de usos alternativos aos aceitos oficialmente. Até recentemente, esses movimentos tinham como foco principal a adoção de usos que conferissem à língua do Brasil uma identidade própria. O ativismo atual preocupa-se menos com estrangeirismos e mais com aspectos ligados às questões de gênero.

         Examinemos os usos de “@”, “x”, “e” como desinências para identificar conjuntos de pessoas de diferentes gêneros, em substituição ao plural masculino, previsto nas normas gramaticais. Segundo essas normas, basta que haja um elemento masculino para que o plural seja masculino. Ao nos referirmos a um coletivo em que haja pelo menos uma pessoa do gênero masculino, escrevemos: Nossas saudações a todos. Nos usos do ativismo, temos: Nossas saudações a “tod@s”, “todxs”, “todes” e, mais recentemente, “tods”. Do ponto de vista da funcionalidade da língua, os dois primeiros, assim como o último, não se mostram viáveis no caso de sua produção oral, fato que nos leva a supor que seu uso, enquanto perdurar, continuará restrito ao contexto da escrita. O terceiro (“e”) não apresenta essa limitação. Para uso amplo, tanto na fala quanto na escrita, parecenos, então, que só ele tenha alguma perspectiva de incorporação à língua portuguesa.



Marcelo Correia e Castro. TODAS, TODES, TODOS, TODS, TODXS,
TOD@S: ativismo social, gênero e usos da língua. In: Revista Ciência
Hoje, julho 2021. Internet:<www.cienciahoje.org.br> (com adaptações). 

Com relação às ideias e aos aspectos gramaticais do texto anterior, julgue o item.


Em “nos convida” (primeiro período do texto) e “parece-nos” (último período do texto), o pronome “nos” poderia aparecer indiferentemente em próclise ou ênclise, sem prejuízo da correção gramatical do texto.  

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - Libras |
Q1984990 Português
      Dizem que as mídias sociais viciam mais os adolescentes do que o cigarro e o álcool. 
      Para avaliar o impacto das redes sociais na saúde mental, foi realizado o inquérito epidemiológico #StatusOfMind (em português, estado de espírito), publicado pela Sociedade Real de Saúde Pública do Reino Unido. 
     A pesquisa entrevistou 1.479 jovens de 14 a 24 anos, no Reino Unido, no período de fevereiro a maio de 2020, para avaliar o impacto de quatorze itens relacionados com a saúde mental e o bem-estar. Com base nessas questões, os participantes atribuíram notas às plataformas mais populares: YouTube, Twitter, Facebook, Snapchat e Instagram.
     As plataformas foram bem avaliadas nas questões referentes à autoidentidade, à autoexpressão, ao fortalecimento de laços comunitários e ao amparo emocional. Por outro lado, os malefícios estiveram associados à qualidade do sono, ao bullying, à imagem corpórea, à necessidade de se manter conectado por medo de perder experiências vividas pelos amigos, à depressão e à ansiedade.
     Os adolescentes entrevistados classificaram, em ordem decrescente de efeitos positivos, as plataformas, da seguinte forma: 1) YouTube; 2) Twitter; 3) Facebook; 4) Snapchat; 5) Instagram.
       É interessante que Snapchat e Instagram, duas plataformas centradas na imagem, tenham sido consideradas as mais nocivas. A autoimagem é um aspecto ligado a sentimentos de inadequação, depressão e ansiedade, muito prevalentes nessa fase da vida. O Instagram foi bem avaliado nos quesitos de autoexpressão e de autoidentidade, mas esteve associado a níveis mais elevados de ansiedade, depressão, bullying e medo de perder oportunidades.
    O YouTube foi a única plataforma cujos benefícios para a saúde e o bem-estar foram considerados superiores aos malefícios. Obteve índices de aprovação mais elevados nos quesitos relativos à percepção das experiências que afetam a saúde alheia, ao acesso a informações de fontes confiáveis na área da saúde, à redução dos riscos de depressão e de ansiedade e à sensação de solidão.
    A Sociedade Real de Saúde Pública do Reino Unido recomenda que as plataformas publiquem avisos pop-up que advirtam o usuário acerca do número de horas acessadas, que chamem a atenção quando as fotos tiverem sofrido manipulação digital para exibir corpos com aparência de perfeitos e que desenvolvam algoritmos que ofereçam ajuda no anonimato para adolescentes em sofrimento mental. 

Internet:<www.drauziovarella.uol.com.br>(com adaptações). 

Julgue o item, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior. 


A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos caso o vocábulo “referentes”, em “plataformas foram bem avaliadas nas questões referentes à autoidentidade” (quarto parágrafo), fosse substituído pela expressão que se referem.  

Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: C
4: E
5: C