Questões de Vestibular Comentadas por alunos sobre interpretação de textos em português
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A QUESTÃO REFERE-SE AO ROMANCE O MEU AMIGO PINTOR, DE LYGIA BOJUNGA (Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2015).
Tipo do cara que não saca nada de arte, não é? (p. 28) No trecho, o narrador critica uma fala do síndico sobre a arte. A afirmação que reforça a crítica do narrador está presente em:
A QUESTÃO REFERE-SE AO ROMANCE O MEU AMIGO PINTOR, DE LYGIA BOJUNGA (Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2015).
Levei um susto tão grande que a fala nem saiu logo. Ela disse:
– Ele se matou. E diz que quem se mata vai pro inferno.
(...)
Empurrei o diabo da garota longe e vim m’embora. (p. 21-23)
A passagem acima indica certa compreensão do suicídio, associada a algumas crenças. Em relação a tal compreensão, a alternância entre as palavras “inferno” e “diabo” nas falas dos personagens sugere uma crítica.
Essa crítica se constrói por meio da seguinte figura de linguagem:
SARAH AZOUBEL e BIA GUIMARÃES
Adaptado de cienciafundamental.blogfolha.uol.com.br, 05/12/2020.
porque pensar no tempo não é nada confortável. (l. 8-9) Dentre as frases a seguir, aquela que se contrapõe à visão sobre o tempo contida nas afirmações citadas acima é:
Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia no meio da chuva, uma garrafa de conhaque e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse o táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força que seria melhor chegar molhado, porque então beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade que entrava pelo pano das roupas, pela sola fina dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria discos, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio e o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas da mão e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pelos, eu enfiava as mãos avermelhadas nos bolsos e ia indo, eu ia indo pulando as poças d’água com as pernas geladas.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 34.
Sobre o trecho, assinale a alternativa correta: