Questões de Vestibular

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Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2327076 Português
Leia as duas citações a seguir, extraídas do início e do final de O Ateneu:

“Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores.
Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma (...)”.
“Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo — o funeral para sempre das horas.”
(POMPEIA, Raul. O Atheneu (Chronica de saudades). Rio de Janeiro: Tipografia de Gazeta de Notícias, p 3-4 e 368, 1888.)

Com base nessas duas citações, é possível afirmar que, ao fim da narrativa de Sérgio sobre sua vida no colégio, o narrador
Alternativas
Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2327075 Português
Em 1921, Mário de Andrade, escrevendo a série de artigos “Mestres do passado”, publicados no Jornal do Comércio (edição de São Paulo), observou:
"Tarde [de Olavo Bilac] foi uma promessa de anos seguidos. Tais são, tão salientes os artifícios e tão repetidos que muito bem provam o esforço do poeta decaído da poesia e a sua parca inspiração (...).”
(ANDRADE, M. Mestres do passado – Olavo Bilac. In: BRITO, M.S. História do modernismo brasileiro. Antecedentes da Semana de Arte Moderna. 5.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 288-289, 1978.)
Relacione, ao poema a seguir, o trecho da crítica anterior, assinalando a alternativa que coincide com a ideia geral de Mário sobre a obra de Bilac.

As estrelas Olavo Bilac
Desenrola-se a sombra no regaço Da morna tarde, no esmaiado anil; Dorme, no ofego do calor febril, A natureza, mole de cansaço.
Vagarosas estrelas! passo a passo, O aprisco desertando, às mil e às mil, Vindes do ignoto seio do redil Num compacto rebanho, e encheis o espaço...
E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena, Vos tresmalhais tremulamente a flux, – Uma divina música serena
Desce rolando pela vossa luz: Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro: a avena Do invisível pastor que vos conduz...
(BILAC, Olavo. Tarde. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, p. 42-43, 1919.)
Esmaiado: esmaecido, pálido Aprisco: curral Redil: curral para o gado ovino ou caprino; rebanho de ovelhas Tresmalhar: Afastar-se, perder-se do rebanho Flux: fluxo Avena: flauta pastoril 
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Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2327074 Português
“Um deles viu umas contas brancas de rosário, acenou que lhas dessem e divertiu-se muito com elas. Enrolou-as ao pescoço, depois tirou-as e embrulhou-as no braço, e acenava para a terra e depois para as contas, e em seguida para o colar do capitão, dando a entender que eles dariam ouro por aquilo. Isto nós entendíamos assim porque queríamos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto nós não queríamos entender, porque não lho daríamos."
(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 108, 2001.)

Em seu relato de viagem, Pero Vaz de Caminha
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Ano: 2023 Banca: COMVEST - UNICAMP Órgão: UNICAMP Prova: COMVEST - UNICAMP - 2023 - UNICAMP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 1ª Fase |
Q2327070 Português

je ne parle pas bien*

je ne parle pas bien

je ne parle pas bien

je ne parle pas bien 

eu tenho uma língua solta

que não me deixa esquecer

que cada palavra minha

é resquício da colonização

cada verbo que aprendi conjugar

foi ensinado com a missão

de me afastar de quem veio antes

nossas escolas não nos ensinam

a dar voos

[...]

reinvenção

nossa revolução surge e urge

das nossas bocas

das falas aprendidas

que são ensinadas

e muitas não compreendidas

salve, a cada gíria

je ne parle pas bien

[...]

o que era pra ser arma de colonizador

está virando revide de ex colonizado

estamos aprendendo as suas línguas

e descolonizando os pensamento

* Je ne parle pas bien, do francês, significa “Eu não falo direito”.



Podemos afirmar que o uso repetido do verso Je ne parle pas bien no poema slam de Luz Ribeiro

Alternativas
Q2182183 Português

A QUESTÃO REFERE-SE AO ROMANCE O MEU AMIGO PINTOR, DE LYGIA BOJUNGA (Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2015).

quando a gente estuda literatura aprende que os escritores não devem se intrometer na vida dos personagens e livros que criam. Tornou-se uma regra que eu tenho desrespeitado. (p. 90) O trecho acima é extraído do posfácio do livro, no qual a autora de O Meu Amigo Pintor defende uma concepção sobre regras no campo literário.
Com base no trecho citado, essa concepção pode ser resumida na seguinte premissa geral:
Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: B
4: D
5: B