Questões da Prova PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2

Foram encontradas 7 questões

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Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2 |
Q421040 Português
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , considere o seguinte excerto do texto Silêncio, de Clarice Lispector, e as afirmativas que seguem.

É tão vasto o silêncio da noite na montanha. É tão despovoado. Tenta-se em vão trabalhar para não ouvi-lo, pensar depressa para disfarçá-lo. Ou inventar um programa, frágil ponto que mal nos liga ao subitamente improvável dia de amanhã. Silêncio tão grande que o desespero tem pudor. Os ouvidos se afiam, a cabeça inclina, o corpo todo escuta: nenhum rumor. Nenhum galo. Como estar ao alcance dessa profunda meditação do silêncio. (...) Mas há um momento em que do corpo descansado se ergue o espírito atento, e da terra a lua alta. Então ele, o silêncio, aparece. O coração bate ao reconhecê-lo. Pode-se depressa pensar no dia que passou. Ou nos amigos que passaram e para sempre se perderam. (...) Pode-se tentar enganá-lo também. Deixa-se como por acaso o livro de cabeceira cair no chão. Mas, horror – o livro cai dentro do silêncio e se perde na muda e parada voragem deste. E se um pássaro enlouquecido cantasse? Esperança inútil. O canto apenas atravessaria como uma leve flauta o silêncio. Que se espere. Não o fim do silêncio, mas o auxílio bendito de um terceiro elemento, a luz da aurora. Depois nunca mais se esquece. Inútil até fugir para outra cidade. Pois quando menos se espera pode-se reconhecê-lo – de repente. Ao atravessar a rua no meio das buzinas dos carros. Entre uma gargalhada fantasmagórica e outra. Depois de uma palavra dita. Às vezes no próprio coração da palavra. Os ouvidos se assombram, o olhar se esgazeia – ei-lo. E dessa vez ele é fantasma.

I. A autora sugere a dificuldade do homem de ficar em silêncio.
II. Alguns de nossos sentidos tornam-se mais aguçados em momentos de absoluto silêncio.
III. A autora aponta que a fuga para a cidade é a forma de, afinal, vencer o silêncio.
IV. Em determinada passagem, a narradora personifica o silêncio.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
Alternativas
Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2 |
Q421039 Português
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o trecho do conto Trezentas onças e, considerando também o seu contexto, preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).

A estrada estendia-se deserta; à esquerda os campos desdobravam-se a perder de vista, serenos, verdes, clareados pela luz macia do sol morrente, manchados de pontas de gado que iam se arrolhando nos paradouros da noite; à direita, o sol, muito baixo, vermelho-dourado, entrando em massa de nuvens de beiradas luminosas. Nos atoleiros, secos, nem um quero-quero: uma que outra perdiz, sorrateira, piava de manso por entre os pastos maduros; e longe, entre o resto da luz que fugia de um lado e a noite que vinha, peneirada, do outro, alvejava a brancura de um joão- grande, voando, sereno, quase sem mover as asas, como uma despedida triste, em que a gente também não sacode os braços... Foi caindo uma aragem fresca; e um silêncio grande, em tudo.

( ) O autor deste conto, que pertence à obra Contos gauchescos, é Simões Lopes Neto.
( ) O narrador utiliza-se de uma série de adjetivos em sua descrição para dar vida a uma cena que traz o amanhecer no campo.
( ) O trecho descreve o campo como um lugar em que a imensidão compactua com a solidão, sendo espaço também de melancolia.
( ) Outra obra do mesmo autor de Trezentas onças é Lendas do Sul.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Alternativas
Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2 |
Q421037 Português
A cavalgada, de Raimundo Correia.

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...

Inefável em

Nada há que me domine e que me vença
Quando a minh’alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.

Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , analise as afirmações sobre os poemas das duas questões anteriores e numere os parênteses, de acordo com o seguinte código:

1. Caracteriza apenas o poema A Cavalgada.
2. Caracteriza apenas o poema Inefável.
3. Caracteriza os dois poemas.
4. Não caracteriza nenhum dos poemas.

( ) Soneto com versos livres.
( ) Apresentação de rimas interpoladas (ABBA) nas duas primeiras estrofes.
( ) Apresentação de cena com forte caráter descritivo.
( ) Presença de uma série de figuras de linguagem, especialmente metáforas e comparações.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Alternativas
Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2 |
Q421034 Português
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o trecho da obra de Eça de Queirós.

Daí a pouco as pessoas que estavam nas lojas viram atravessar a Praça, entre a corpulência vagarosa do cônego Dias e a figura esguia do coadjutor, um homem um pouco curvado, com um capote de padre. Soube- se que era o pároco novo; e disse-se logo na botica que era uma ‘boa figura de homem’. (...) Eram quase nove horas, a noite cerrara. Em redor da Praça as casas estavam já adormecidas: das lojas debaixo da arcada saía a luz triste dos candeeiros de petróleo, entreviam-se dentro figuras sonolentas, caturrando em cavaqueira, ao balcão. As ruas que vinham dar à Praça, tortuosas, tenebrosas, com um lampião mortiço, pareciam desabitadas. E no silêncio o sino da Sé dava vagarosamente o toque das almas.

Com base no trecho e em seu contexto, assinale a única afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2 |
Q421033 Português
Com relação às obras dos autores dos textos das questões anteriores, Lya Luft e Chico Buarque, assinale a única afirmativa INCORRETA:
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: D
4: E
5: D