Questões da Prova VUNESP - 2013 - UFTM - Vestibular - Prova 01

Foram encontradas 4 questões

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Q1377331 Português
    Claudius tirou do bolso um papel amarelado e amarrotado: atirou-o na mesa. Johann leu:


Não me odeies, mulher, se no passado
Nódoa sombria desbotou-me a vida:
No vício ardente requeimando os lábios
E de tudo descri com fronte erguida.


A máscara de Don Juan queimou-me o rosto
Na fria palidez do libertino:
Desbotou-me esse olhar – e os lábios frios
Ousam de maldizer do meu destino.
Sim! longas noites no fervor do jogo
Esperdicei febril e macilento:
E votei o porvir ao Deus do acaso
E o amor profaneino esquecimento!


Murchei no escárnio as coroas do poeta
Na ironia da glória e dos amores:
Aos vapores do vinho, à noite insano
Debrucei-me do jogo nos fervores!


A flor da mocidade profanei-a
Entre as águas lodosas do passado
No crânio a febre, a palidez nas faces
Só cria no sepulcro sossegado!


(Álvares de Azevedo. Noite na Taverna, 2001.)
Os versos lidos pela personagem Johann tematizam
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Q1377328 Português

Leia o poema de Mário Quintana para responder à questão.


      Quem ama inventa

Quem ama inventa as coisas a que ama...

Talvez chegaste quando eu te sonhava.

Então de súbito acendeu-se a chama!

Era a brasa dormida que acordava...

E era um revoo sobre a ruinaria,

No ar atônito bimbalhavam sinos,

Tangidos por uns anjos peregrinos

Cujo dom é fazer ressurreições...

Um ritmo divino? Oh! Simplesmente

O palpitar de nossos corações

Batendo juntos e festivamente,

Ou sozinhos, num ritmo tristonho...

Ó! meu pobre, meu grande amor distante,

Nem sabes tu o bem que faz à gente

Haver sonhado... e ter vivido o sonho!


(Quintana de bolso, 2006.)

No contexto, as expressões a brasa e um revoo podem ser interpretadas, respectivamente, como
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Q1377326 Português
    Em nossos dias, o neo-indianismo dos modernos de 1922 (precedido por meio século de etnografia sistemática) iria acentuar aspectos autênticos da vida do índio, encarando-o, não como gentil-homem embrionário, mas como primitivo, cujo interesse residia precisamente no que trouxesse de diferente, contraditório em relação à nossa cultura europeia. O indianismo dos românticos, porém, preocupou-se sobremaneira em equipará-lo qualitativamente ao conquistador, realçando ou inventando aspectos do seu comportamento que pudessem fazê-lo ombrear com este – no cavalheirismo, na generosidade, na poesia.
    A altivez, o culto da vindita, a destreza bélica, a generosidade, encontravam alguma ressonância nos costumes aborígines, como os descreveram cronistas nem sempre capazes de observar fora dos padrões europeus e, sobretudo, como os quiseram deliberadamente ver escritores animados do desejo patriótico de chancelar a independência política do país com o brilho de uma grandeza heroica especificamente brasileira.

(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2000. Adaptado.)
De acordo com a argumentação de Antonio Candido e ainda mobilizando outros conhecimentos sobre a literatura brasileira, é correto afirmar que o indianismo romântico funcionou como expressão
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Q1377325 Português
    Em nossos dias, o neo-indianismo dos modernos de 1922 (precedido por meio século de etnografia sistemática) iria acentuar aspectos autênticos da vida do índio, encarando-o, não como gentil-homem embrionário, mas como primitivo, cujo interesse residia precisamente no que trouxesse de diferente, contraditório em relação à nossa cultura europeia. O indianismo dos românticos, porém, preocupou-se sobremaneira em equipará-lo qualitativamente ao conquistador, realçando ou inventando aspectos do seu comportamento que pudessem fazê-lo ombrear com este – no cavalheirismo, na generosidade, na poesia.
    A altivez, o culto da vindita, a destreza bélica, a generosidade, encontravam alguma ressonância nos costumes aborígines, como os descreveram cronistas nem sempre capazes de observar fora dos padrões europeus e, sobretudo, como os quiseram deliberadamente ver escritores animados do desejo patriótico de chancelar a independência política do país com o brilho de uma grandeza heroica especificamente brasileira.

(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2000. Adaptado.)
Em sua análise, o crítico Antonio Candido argumenta que
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Respostas
1: D
2: B
3: D
4: A