Questões da Prova IBAM - 2015 - Prefeitura de Santo André - SP - Assistente Econômico Financeiro

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Q615535 Português
ADEUS, SALSICHAS 
Feijoada, cachorro quente, presunto, hambúrguer industrializado, salames de todo tipo, linguiça, defumada ou não, sanduíches consagrados - enfim, carnes processadas são alimentos que concorrem para desenvolver câncer no aparelho digestivo, especialmente estômago e intestinos. Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão.
Quem faz a advertência, de maneira estudada e formal, não é uma ONG de vegetarianos ou uma congregação de obcecados pregadores de dietas alternativas. Esta também não é uma daquelas superstições populares amplamente divulgadas no passado - como a de que leite com manga faz mal.
É a Organização Mundial da Saúde que se manifesta agora nesses termos, com todo seu peso institucional. A conclusão foi divulgada oficialmente após estudo elaborado por 22 cientistas que avaliaram 800 trabalhos sobre a relação entre esses alimentos e onze tipos de câncer. 
Como, apesar das advertências de Bismarck, alemães e austríacos são devoradores contumazes de salsichas; como o americano típico não dispensa fartas porções de bacon e de ovos mexidos com presunto no seu café da manhã; como o espanhol não passa nem uma semana sem se regalar com seu prato de tapas, armado com embutidos de todo tipo. Como o brasileiro é grande entusiasta do churrasco e da feijoada; como no mundo inteiro aumenta o consumo de hambúrgueres e de carnes industrialmente processadas - então podemos estar diante de forte ataque à indústria de carnes e de proteína animal.
Se as autoridades sanitárias em todo o mundo se sentirem obrigadas a divulgar as mesmas advertências que passaram a fazer ao consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas - na base de “o Ministério da Saúde adverte..." grandes negócios ficarão ameaçados. Imagine o impacto sobre McDonald's, Burger King e todas as indústrias brasileiras cujos produtos estão sendo hoje promovidos por artistas da Globo.
A partir dos anos 50, assim que começaram a ser divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à saúde provocados pelo tabaco, as grandes indústrias do setor foram ao contra-ataque. Contrataram especialistas para produzir pesquisas que refutassem as autoridades mundiais do setor e, com isso, conseguiram adiar a decadência. Poderá o mesmo acontecer agora com a indústria de carnes? O estrago nas comunicações pode ser forte, especialmente na área da publicidade, onde apelos ao consumo de alimentos suspeitos começarão a ser questionados.
O fato é que está em curso, ampla campanha contra coisas boas da vida, especialmente contra alimentos.

Compilado de artigo da autoria de Celso Ming, disponível em [http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,adeus-salsichas, 10000000775], publicado e consultado em 28/10/15. 
"... carnes processadas são alimentos que concorrem para desenvolver câncer no aparelho digestivo".

No contexto em que foi empregado, o verbo sublinhado denota
Alternativas
Q615534 Português
ADEUS, SALSICHAS 
Feijoada, cachorro quente, presunto, hambúrguer industrializado, salames de todo tipo, linguiça, defumada ou não, sanduíches consagrados - enfim, carnes processadas são alimentos que concorrem para desenvolver câncer no aparelho digestivo, especialmente estômago e intestinos. Até mesmo o churrasco comparece à lista, na medida em que é processado sob fumaça que produz alcatrão.
Quem faz a advertência, de maneira estudada e formal, não é uma ONG de vegetarianos ou uma congregação de obcecados pregadores de dietas alternativas. Esta também não é uma daquelas superstições populares amplamente divulgadas no passado - como a de que leite com manga faz mal.
É a Organização Mundial da Saúde que se manifesta agora nesses termos, com todo seu peso institucional. A conclusão foi divulgada oficialmente após estudo elaborado por 22 cientistas que avaliaram 800 trabalhos sobre a relação entre esses alimentos e onze tipos de câncer. 
Como, apesar das advertências de Bismarck, alemães e austríacos são devoradores contumazes de salsichas; como o americano típico não dispensa fartas porções de bacon e de ovos mexidos com presunto no seu café da manhã; como o espanhol não passa nem uma semana sem se regalar com seu prato de tapas, armado com embutidos de todo tipo. Como o brasileiro é grande entusiasta do churrasco e da feijoada; como no mundo inteiro aumenta o consumo de hambúrgueres e de carnes industrialmente processadas - então podemos estar diante de forte ataque à indústria de carnes e de proteína animal.
Se as autoridades sanitárias em todo o mundo se sentirem obrigadas a divulgar as mesmas advertências que passaram a fazer ao consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas - na base de “o Ministério da Saúde adverte..." grandes negócios ficarão ameaçados. Imagine o impacto sobre McDonald's, Burger King e todas as indústrias brasileiras cujos produtos estão sendo hoje promovidos por artistas da Globo.
A partir dos anos 50, assim que começaram a ser divulgados os primeiros informes sobre os prejuízos à saúde provocados pelo tabaco, as grandes indústrias do setor foram ao contra-ataque. Contrataram especialistas para produzir pesquisas que refutassem as autoridades mundiais do setor e, com isso, conseguiram adiar a decadência. Poderá o mesmo acontecer agora com a indústria de carnes? O estrago nas comunicações pode ser forte, especialmente na área da publicidade, onde apelos ao consumo de alimentos suspeitos começarão a ser questionados.
O fato é que está em curso, ampla campanha contra coisas boas da vida, especialmente contra alimentos.

Compilado de artigo da autoria de Celso Ming, disponível em [http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,adeus-salsichas, 10000000775], publicado e consultado em 28/10/15. 
A vírgula do título justifica-se, pois o referido sinal de pontuação, no caso:
Alternativas
Q615533 Português
                                       O FIM DO SUPERPODER NOS NOVOS TEMPOS

Uma das características centrais desses tempos de mudança é a diluição dos superpoderes - fenômeno que começa a ser estudado por especialistas internacionais. É o que está por trás de mudanças empresariais, de crises políticas, e das pedras atiradas diuturnamente sobre a velha ordem moribunda.
O século 20 foi a era da grande burocracia, dos formatos de gestão que igualaram corporações ocidentais oligopolizadas com estatais dos países comunistas, as burocracias de Estado e até as organizações sociais.
De longe, tratava-se da forma mais eficiente de gestão que alavancou o crescimento das empresas e levou-as a processos de verticalização visando ganhos de escala, mas, acima de tudo, afastar as concorrentes. 
Modelos como o da General Motors - de constituir uma constelação de subsidiárias semiautônomas fornecendo para a empresa mãe, tornaram-se hegemônicos.
No campo empresarial, o avanço da telemática permitiu o surgimento de outros modelos, como o da Toyota, terceirizando sua produção para fornecedores independentes, trabalhando em conjunto no desenvolvimento de soluções.
Com o tempo, o avanço da tecnologia e o crescimento dos próprios fornecedores permitiram novos arranjos para o desenvolvimento de novos produtos.
Finalmente, com a entrada da era da Internet, o modelo exclusivista e verticalizado das grandes corporações entrou definitivamente em xeque.
A Microsoft tornou-se um gigante emperrado, da mesma forma que a IBM. E a própria Apple, mesmo com o furor inovador de Steve Jobs, acabou perdendo espaço para o modelo colaborativo do Google. 
Pode ser que o avanço do setor acabe gerando novos cartéis. Mas, nesse momento, os modelos abertos e colaborativos tornaram-se vitoriosos.
Em todos os campos ocorreu essa diluição de poder. No campo político, sucessivas primaveras tiraram definitivamente dos governos e das grandes corporações de mídia o controle sobre a opinião pública. 
A beleza da história é que não há lugar para acomodamento. Governantes que não se guiarem por ideais grandiosos serão inevitavelmente soterrados. A parte preocupante da história é o vácuo institucional que se dá em um momento em que o velho morreu e o novo ainda não se apresentou.
Compilado de artigo de Luís Nassif, disponível em [http://www.cartacapital.com.br/economia/ o-fim-do-superpoder-nos-novos-tempos-7131.html], publicado em 30/01/2014, consultado em 30/10/2015. 
Analise as proposições a seguir.

I. A era da grande burocracia, na década de vinte, foi marcada, principalmente, pelo avanço da telemática, que possibilitou o surgimento de modelos como o da Toyota, pioneira na terceirização de sua produção para fornecedores independentes.

II. Com a entrada da era da Internet, empresas como a Microsoft e a IBM tornaram-se “ gigantes emperrados" , o que não ocorreu, contudo, com a Apple, graças ao furor inovador de Steve Jobs que adotou o modelo colaborativo do Google.

III. A chamada diluição do poder tirou das grandes corporações de mídia o controle sobre a opinião pública, contudo, essa conquista só foi impetrada com a intervenção do poder público que passou a coibir a interferência da grande imprensa em questões de cunho político e social.

Está em consonância com o texto de Luís Nassif o que se afirmou em: 

Alternativas
Q615532 Português
                                       O FIM DO SUPERPODER NOS NOVOS TEMPOS

Uma das características centrais desses tempos de mudança é a diluição dos superpoderes - fenômeno que começa a ser estudado por especialistas internacionais. É o que está por trás de mudanças empresariais, de crises políticas, e das pedras atiradas diuturnamente sobre a velha ordem moribunda.
O século 20 foi a era da grande burocracia, dos formatos de gestão que igualaram corporações ocidentais oligopolizadas com estatais dos países comunistas, as burocracias de Estado e até as organizações sociais.
De longe, tratava-se da forma mais eficiente de gestão que alavancou o crescimento das empresas e levou-as a processos de verticalização visando ganhos de escala, mas, acima de tudo, afastar as concorrentes. 
Modelos como o da General Motors - de constituir uma constelação de subsidiárias semiautônomas fornecendo para a empresa mãe, tornaram-se hegemônicos.
No campo empresarial, o avanço da telemática permitiu o surgimento de outros modelos, como o da Toyota, terceirizando sua produção para fornecedores independentes, trabalhando em conjunto no desenvolvimento de soluções.
Com o tempo, o avanço da tecnologia e o crescimento dos próprios fornecedores permitiram novos arranjos para o desenvolvimento de novos produtos.
Finalmente, com a entrada da era da Internet, o modelo exclusivista e verticalizado das grandes corporações entrou definitivamente em xeque.
A Microsoft tornou-se um gigante emperrado, da mesma forma que a IBM. E a própria Apple, mesmo com o furor inovador de Steve Jobs, acabou perdendo espaço para o modelo colaborativo do Google. 
Pode ser que o avanço do setor acabe gerando novos cartéis. Mas, nesse momento, os modelos abertos e colaborativos tornaram-se vitoriosos.
Em todos os campos ocorreu essa diluição de poder. No campo político, sucessivas primaveras tiraram definitivamente dos governos e das grandes corporações de mídia o controle sobre a opinião pública. 
A beleza da história é que não há lugar para acomodamento. Governantes que não se guiarem por ideais grandiosos serão inevitavelmente soterrados. A parte preocupante da história é o vácuo institucional que se dá em um momento em que o velho morreu e o novo ainda não se apresentou.
Compilado de artigo de Luís Nassif, disponível em [http://www.cartacapital.com.br/economia/ o-fim-do-superpoder-nos-novos-tempos-7131.html], publicado em 30/01/2014, consultado em 30/10/2015. 
A chamada diluição de poderes, de acordo com Luís Nassif:
Alternativas
Q615531 Português
                                       O FIM DO SUPERPODER NOS NOVOS TEMPOS

Uma das características centrais desses tempos de mudança é a diluição dos superpoderes - fenômeno que começa a ser estudado por especialistas internacionais. É o que está por trás de mudanças empresariais, de crises políticas, e das pedras atiradas diuturnamente sobre a velha ordem moribunda.
O século 20 foi a era da grande burocracia, dos formatos de gestão que igualaram corporações ocidentais oligopolizadas com estatais dos países comunistas, as burocracias de Estado e até as organizações sociais.
De longe, tratava-se da forma mais eficiente de gestão que alavancou o crescimento das empresas e levou-as a processos de verticalização visando ganhos de escala, mas, acima de tudo, afastar as concorrentes. 
Modelos como o da General Motors - de constituir uma constelação de subsidiárias semiautônomas fornecendo para a empresa mãe, tornaram-se hegemônicos.
No campo empresarial, o avanço da telemática permitiu o surgimento de outros modelos, como o da Toyota, terceirizando sua produção para fornecedores independentes, trabalhando em conjunto no desenvolvimento de soluções.
Com o tempo, o avanço da tecnologia e o crescimento dos próprios fornecedores permitiram novos arranjos para o desenvolvimento de novos produtos.
Finalmente, com a entrada da era da Internet, o modelo exclusivista e verticalizado das grandes corporações entrou definitivamente em xeque.
A Microsoft tornou-se um gigante emperrado, da mesma forma que a IBM. E a própria Apple, mesmo com o furor inovador de Steve Jobs, acabou perdendo espaço para o modelo colaborativo do Google. 
Pode ser que o avanço do setor acabe gerando novos cartéis. Mas, nesse momento, os modelos abertos e colaborativos tornaram-se vitoriosos.
Em todos os campos ocorreu essa diluição de poder. No campo político, sucessivas primaveras tiraram definitivamente dos governos e das grandes corporações de mídia o controle sobre a opinião pública. 
A beleza da história é que não há lugar para acomodamento. Governantes que não se guiarem por ideais grandiosos serão inevitavelmente soterrados. A parte preocupante da história é o vácuo institucional que se dá em um momento em que o velho morreu e o novo ainda não se apresentou.
Compilado de artigo de Luís Nassif, disponível em [http://www.cartacapital.com.br/economia/ o-fim-do-superpoder-nos-novos-tempos-7131.html], publicado em 30/01/2014, consultado em 30/10/2015. 

É o que está por trás de mudanças empresariais, de crises políticas, e das pedras atiradas diuturnamente sobre a velha ordem moribunda”.

O advérbio enfatizado é indicativo de que, figurativamente, as pedras são atiradas sobre a velha ordem moribunda:

Alternativas
Respostas
46: C
47: A
48: D
49: B
50: A