Questões da Prova CESPE - 2003 - Instituto Rio Branco - Diplomata

Foram encontradas 3 questões

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Q28966 História
Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.
Malgrado suas indisfarçáveis similitudes e de terem convivido no mesmo contexto histórico, o justicialismo peronista e o trabalhismo getulista não conseguiram se aproximar, quer em termos de propostas de ação, quer pela atuação conjunta propriamente dita. Mais que mera possibilidade, é provável que esse desencontro tenha sido motivado pelo histórico contencioso entre Argentina e Brasil, que tiveram nas disputas pela hegemonia na região platina, no século XIX, seu elemento definidor.
Alternativas
Q28961 História
Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.
A Revolução de 30 constituiu-se na maior inflexão da história republicana brasileira, quer pela radical ruptura que promove em relação aos métodos e às práticas políticas da República Velha, quer pelo modelo inovador - para muitos, verdadeiramente revolucionário - de Estado que implantou. Seu maior legado foi a modernização econômica e política do país, além de ter inaugurado uma política externa de elevado grau de autonomia, que colocou o país fora da rota de polarização ideológica que caracterizava a política internacional às vésperas da Segunda Guerra.
Alternativas
Q28959 História
Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.
Ao falar em sístole e diástole ao longo da república brasileira, o autor reitera o ponto de vista, hoje majoritário na historiografia, da linearidade do processo histórico vivido pelo país ao longo do século XX. Momentos de crise, ainda que agudos em determinadas circunstâncias, não foram suficientes para alterar um quadro geral de continuidade que levou o Brasil a apresentar no fim do século XX uma fisionomia bastante próxima da que tinha nas primeiras décadas republicanas.
Alternativas
Respostas
1: E
2: E
3: E