Questões da Prova CCV-UFC - 2019 - UFC - Técnico Especializado em Linguagens de Sinais

Para o aprendizado do Português, não é recomendável o uso de jogos eletrônicos.

Para atuar no ensino de Libras, o professor do AEE não precisa ter conhecimento da estrutura da Libras e nem fluência na língua. O mais importante é que sejam professores com experiência em educação de pessoas surdas.

No momento do AEE para o ensino da língua portuguesa escrita o professor deve utilizar a Libras, a qual é indicada como intermediária nesse aprendizado. Inclusive é previsível que o aluno utilize a interlíngua na reflexão sobre as duas línguas.

Para o ensino de Português para o surdo, entende-se que, o canal de comunicação específico para o ensino e a aprendizagem deve ser a língua portuguesa, e o aluno poderá utilizar a leitura labial (caso tenha desenvolvido habilidade) e a leitura e a escrita.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) para pessoas com surdez envolve três momentos didático-pedagógicos: AEE em Libras; AEE de Libras e AEE de Língua Portuguesa. Todos devem ocorrer em horário oposto ao da escolarização, exceto o AEE em Libras que deve ocorrer durante a aula.

Endoculturação é um conceito da Antropologia segundo o qual a cultural seria um elemento inato a cada indivíduo. Baseado nesse conceito é possível afirmar que todo surdo tem cultura.

Etnocentrismo é a tentativa de compreender a cultura do outro e de ajudá-lo a compreender a sua. Essa prática tem sido muito reivindicada por minorias culturais, assim como a dos surdos.

Cada grupo tem uma cultura específica que iguala os sujeitos pertencentes aquele grupo, apesar das suas diferenças individuais. Para os surdos que compartilham da cultura surda, é possível afirmar que, culturalmente são todos iguais.

Para a Antropologia contemporânea é possível hierarquizar as culturas, sendo algumas consideradas mais primitivas do que outras. A cultura surda é considerada mais primitiva que a cultura ouvinte, já que somente recentemente pode de fato se desenvolver.

A Cultura pode ser compreendida como um campo de produção de significados no qual os diferentes grupos sociais, situados em posições diferenciadas de poder, lutam pela imposição de seus significados à sociedade mais ampla. É possível identificar essa luta cultural também na relação entre surdos e ouvintes.

Ted Supala e Tom Humphries foram os primeiros linguistas surdos a estudar a língua de sinais americana na década de 1980.

Marianne Stumpf foi a primeira surda a ter um título de doutorado no Brasil. A pesquisadora atua na formação de professores de Libras e na pesquisa da escrita de sinais.

Laurent Clerc foi um abade francês e professor de surdos. Foi eleito diretor de uma escola de surdos em Bordeaux em 1786, e em 1789, após a morte de Charles-Michel de l'Épée, sucedeu-lhe em Paris.

Flausino José da Costa Gama, foi autor e ilustrador da obra “Iconographia dos signaes dos surdos-mudos”, considerada o primeiro dicionário de língua brasileira de sinais, produzida em 1875.

Hernest Huet nasceu na Inglaterra, mas mudou-se para França durante a adolescência. Em 1855, Huet veio para o Brasil e ajudou a criar, alguns anos depois, o Instituto Nacional de Surdos Mudos no Rio de Janeiro.

Não compete aos Estados e Municípios, definir os instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e difusão de Libras e de sua tradução e interpretação.

Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas neste Decreto.

No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das empresas que detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os serviços prestados por servidores e empregados capacitados para utilizar a Líbras e realizar a tradução e interpretação de Líbras - Língua Portuguesa não estão sujeitos a padrões de controle de atendimento e a avaliação da satisfação do usuário.

Para garantir o efetivo e amplo atendimento das pessoas surdas ou com deficiência auditiva, o Poder Público, as empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, poderão utilizar intérpretes contratados especificamente para essa função ou central de intermediação de comunicação que garanta a oferta de atendimento preferencialmente presencial.

A partir de um ano da publicação do Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS e as empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, deveriam garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de ensino da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando diversas ações, dentre elas, o acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia fonoaudiológica.

Foi criado em 26 de setembro de 1867 por Dom Pedro II com a colaboração do surdo Huet.

Desde a sua criação no século XIX até os dias atuais o INES teve apenas dois diretores surdos.

Em 2016 o INES começou a ofertar o curso de Pedagogia Bilíngue Libras-Português em duas modalidades presencial e a distância. A instituição foi pioneira na oferta desse curso no Brasil.

Quando o Instituto Nacional de Educação de Surdos foi criado no Rio de Janeiro, antes do Congresso de Milão, a orientação predominante não era oralista, portanto não havia no currículo nenhuma disciplina voltada para o aprendizado da fala.

O INES foi a primeira escola para surdos criada no Brasil e durante muito tempo, formou alunos provenientes de diferentes estados, sendo, portanto, uma instituição que recebia muita demanda. Consta que nos primeiros anos, aproximadamente 150 alunos estudavam lá.