Questões da Prova FCC - 2019 - Prefeitura de Recife - PE - Assistente de Gestão Pública

Foram encontradas 11 questões

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Q969249 Português

                                 Mesopotâmia*


                         Perto de minha casa um rio

                         seguia rumoroso e pobre,

                         mas sempre havia quem buscasse

                         um seixo, um peixe, uma lembrança.


                         Eram meninos e eram homens

                         muito mais pobres do que ele,

                         curvados sobre a água escura

                         mesmo sob o sol de dezembro.


                          Pequenos caracóis, viscosos

                          abrigos de um destino só

                          na infância, a percorrer as léguas

                          de schistosoma e solidão.


                           À noite, eu pensava que o mundo

                           era composto só de rios

                           e de crianças que tentavam

                           a todo custo atravessá-los.


                           E ninguém me explicava nunca

                           que na verdade, em minha vida,

                           apenas um riozinho de águas,

                           sempre escassas, corria perto.

*Mesopotâmia: região entre os rios Tigre e Eufrates, considerada o berço da civilização.

(MELO, Alberto da Cunha. Poesia completa. Rio de Janeiro, Record, 2017) 

Considerando as regras de pontuação conforme a norma-padrão da língua, o período reescrito corretamente é:
Alternativas
Q969248 Português

                                 Mesopotâmia*


                         Perto de minha casa um rio

                         seguia rumoroso e pobre,

                         mas sempre havia quem buscasse

                         um seixo, um peixe, uma lembrança.


                         Eram meninos e eram homens

                         muito mais pobres do que ele,

                         curvados sobre a água escura

                         mesmo sob o sol de dezembro.


                          Pequenos caracóis, viscosos

                          abrigos de um destino só

                          na infância, a percorrer as léguas

                          de schistosoma e solidão.


                           À noite, eu pensava que o mundo

                           era composto só de rios

                           e de crianças que tentavam

                           a todo custo atravessá-los.


                           E ninguém me explicava nunca

                           que na verdade, em minha vida,

                           apenas um riozinho de águas,

                           sempre escassas, corria perto.

*Mesopotâmia: região entre os rios Tigre e Eufrates, considerada o berço da civilização.

(MELO, Alberto da Cunha. Poesia completa. Rio de Janeiro, Record, 2017) 

Em uma das leituras possíveis do poema, os versos mas sempre havia quem buscasse / um seixo, um peixe, uma lembrança expressam, por parte do sujeito de buscasse, sentimento de
Alternativas
Q969247 Português

                                 Mesopotâmia*


                         Perto de minha casa um rio

                         seguia rumoroso e pobre,

                         mas sempre havia quem buscasse

                         um seixo, um peixe, uma lembrança.


                         Eram meninos e eram homens

                         muito mais pobres do que ele,

                         curvados sobre a água escura

                         mesmo sob o sol de dezembro.


                          Pequenos caracóis, viscosos

                          abrigos de um destino só

                          na infância, a percorrer as léguas

                          de schistosoma e solidão.


                           À noite, eu pensava que o mundo

                           era composto só de rios

                           e de crianças que tentavam

                           a todo custo atravessá-los.


                           E ninguém me explicava nunca

                           que na verdade, em minha vida,

                           apenas um riozinho de águas,

                           sempre escassas, corria perto.

*Mesopotâmia: região entre os rios Tigre e Eufrates, considerada o berço da civilização.

(MELO, Alberto da Cunha. Poesia completa. Rio de Janeiro, Record, 2017) 

No contexto do poema, as águas escassas simbolizam
Alternativas
Q969242 Português

      Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

      As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.

      Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.

      O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.

      Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.

(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco. Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br)

O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.


Nessa frase que encerra o texto, observa-se uma ambiguidade de sentido, a qual se atribui ao emprego de

Alternativas
Q969241 Português

      Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

      As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.

      Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.

      O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.

      Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.

(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco. Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br)

No contexto global do texto, a palavra processo, no último parágrafo, refere-se a
Alternativas
Respostas
1: E
2: B
3: D
4: D
5: A