Questões da Prova FCC - 2018 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica

Foram encontradas 8 questões

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Q950332 Português

                          Gatos, cães e gêneros literários


      Ao contrário dos cães, gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Não por acaso, um ditado chinês diz: “O cachorro é um romance, e o gato, um poema".

      Nesse sábio ditado oriental reside uma delicada definição de gêneros literários. Pense no cotidiano de um cão: as peripécias, o corre-corre, os momentos de exaltação e melancolia, ganidos de dor, saltos estabanados, ataques de raiva... Agora imagine o discreto cotidiano de um gato: a pose hierática, a atitude ensimesmada, o salto sem ruído, a expressão misteriosa do olhar, a repetição dos gestos, o olhar em transe, fitando as asas de um inofensivo beija-flor... O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês.

(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209)

Está correto o emprego do segmento sublinhado na seguinte frase:
Alternativas
Q950330 Português

                          Gatos, cães e gêneros literários


      Ao contrário dos cães, gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Não por acaso, um ditado chinês diz: “O cachorro é um romance, e o gato, um poema".

      Nesse sábio ditado oriental reside uma delicada definição de gêneros literários. Pense no cotidiano de um cão: as peripécias, o corre-corre, os momentos de exaltação e melancolia, ganidos de dor, saltos estabanados, ataques de raiva... Agora imagine o discreto cotidiano de um gato: a pose hierática, a atitude ensimesmada, o salto sem ruído, a expressão misteriosa do olhar, a repetição dos gestos, o olhar em transe, fitando as asas de um inofensivo beija-flor... O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês.

(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209)

A frase O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês encontra outra redação, igualmente correta e coerente com o sentido original, no seguinte caso:
Alternativas
Q950329 Português

                          Gatos, cães e gêneros literários


      Ao contrário dos cães, gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Não por acaso, um ditado chinês diz: “O cachorro é um romance, e o gato, um poema".

      Nesse sábio ditado oriental reside uma delicada definição de gêneros literários. Pense no cotidiano de um cão: as peripécias, o corre-corre, os momentos de exaltação e melancolia, ganidos de dor, saltos estabanados, ataques de raiva... Agora imagine o discreto cotidiano de um gato: a pose hierática, a atitude ensimesmada, o salto sem ruído, a expressão misteriosa do olhar, a repetição dos gestos, o olhar em transe, fitando as asas de um inofensivo beija-flor... O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês.

(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209)

Para bem compreender o ditado chinês referido no texto, deve-se associar ao
Alternativas
Q950328 Português

                                 Ciência e mercado


      A ciência moderna e a economia de mercado figuram, sem o menor favor, entre as mais notáveis e fecundas realizações humanas. A civilização europeia oriunda do Renascimento é inconcebível sem elas; a Revolução Científica do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII foram apenas o prelúdio singelo do que viria em seguida - a revolução permanente dos últimos três séculos.

      Ciência e mercado são apostas na liberdade: liberdade balizada por padrões impessoais de argumentação e validação de teorias, no primeiro caso; e por regras que fixam os marcos dentro dos quais a busca do ganho econômico por parte das pessoas é livre, no segundo. Por mais brilhantes, entretanto, que sejam suas inegáveis conquistas, é preciso ter uma visão clara do que podemos esperar que façam ou não por nós: assim como a ciência jamais aplacará a nossa fome de sentido, o mercado nada nos diz sobre a ética - como usar a nossa liberdade e o que fazer de nossas vidas. O mercado não decide, em nome dos que nele atuam, os resultados finais das operações; isso dependerá sobretudo dos valores e das escolhas das pessoas. Assim como, na linguagem comum, a gramática não determina o valor das mensagens, mas apenas as regras das interações verbais, também o mercado não estabelece de antemão o que será feito e escolhido pelos que dele participam, mas apenas as normas dentro das quais isso será feito.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 51-52)

Atente para estas três orações:


A ciência e o mercado são altas realizações humanas.

A ciência e o mercado não constituem uma ética por si mesmos.

O homem decide a ética da ciência e do mercado.


Ao se integrarem as orações acima num período único, a redação estará coerente e correta no seguinte caso:

Alternativas
Q950326 Português

                                 Ciência e mercado


      A ciência moderna e a economia de mercado figuram, sem o menor favor, entre as mais notáveis e fecundas realizações humanas. A civilização europeia oriunda do Renascimento é inconcebível sem elas; a Revolução Científica do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII foram apenas o prelúdio singelo do que viria em seguida - a revolução permanente dos últimos três séculos.

      Ciência e mercado são apostas na liberdade: liberdade balizada por padrões impessoais de argumentação e validação de teorias, no primeiro caso; e por regras que fixam os marcos dentro dos quais a busca do ganho econômico por parte das pessoas é livre, no segundo. Por mais brilhantes, entretanto, que sejam suas inegáveis conquistas, é preciso ter uma visão clara do que podemos esperar que façam ou não por nós: assim como a ciência jamais aplacará a nossa fome de sentido, o mercado nada nos diz sobre a ética - como usar a nossa liberdade e o que fazer de nossas vidas. O mercado não decide, em nome dos que nele atuam, os resultados finais das operações; isso dependerá sobretudo dos valores e das escolhas das pessoas. Assim como, na linguagem comum, a gramática não determina o valor das mensagens, mas apenas as regras das interações verbais, também o mercado não estabelece de antemão o que será feito e escolhido pelos que dele participam, mas apenas as normas dentro das quais isso será feito.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 51-52)

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
Alternativas
Respostas
1: E
2: D
3: C
4: C
5: C