Questões da Prova FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02

Foram encontradas 12 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02 |
Q422044 Português
                           O jovem policial
Eu estava botando gasolina no tanque do meu carro e do meu lado estavam dois carros da Brigada Militar. Dois policiais falavam  com alguém do posto. Um terceiro, bem junto da minha janela, de costas para mim, portava uma arma grande, que na minha  ignorância acho que poderia ser um fuzil ou uma metralhadora. Estava ali, sozinho, e comecei a observá-lo sem que me notasse. Tenso, alerta, consciente de sua missão, olhava para os lados empunhando a sua arma com o cano voltado para baixo. Seu rosto era jovem, tão jovem que me comovi. Podia ser meu filho.  Mais: podia ser meu neto. Estava tão concentrado no seu dever  tão alerta na sua posição, que fiquei imaginando se, ou quando  ele poderia levar um tiro de algum bandido. Poderia ficar lesado  gravemente. Poderia morrer. Por mim, por você, por um de nós  em qualquer parte do Brasil, não importa que nome se dê a sua  corporação, nem se é da guarda estadual, municipal ou federal . Esses jovens se expõem por nós. Morrem por nós. Tentam, num país tão confuso, proteger o cidadão. A gente realmente pensa nisso? Uma vez ao dia, uma vez por semana, uma vez ao mês? 

[...]

                   (Lya Luft.Revista Veia, n° 2044, 23/01/2008. Fragmento.)

Tendo em vista o enunciado “Estava tão concentrado no seu dever, tão alerta na sua posição, que fiquei imaginando se, ou quando, ele poderia levar um tiro de algum bandido.", analise as afirmativas a seguir.

I Se a frase fosse passada para o plural, a concordância da palavra ALERTA deveria ser feita, também, no plural.
II. A palavra CONCENTRADO está no masculino, pois concorda com ELE (elíptico na oração a que pertence).
III. A palavra QUE introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Estárão)correta(s) somente a(s)afirmativa(s):
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02 |
Q422043 Português
                           O jovem policial
Eu estava botando gasolina no tanque do meu carro e do meu lado estavam dois carros da Brigada Militar. Dois policiais falavam  com alguém do posto. Um terceiro, bem junto da minha janela, de costas para mim, portava uma arma grande, que na minha  ignorância acho que poderia ser um fuzil ou uma metralhadora. Estava ali, sozinho, e comecei a observá-lo sem que me notasse. Tenso, alerta, consciente de sua missão, olhava para os lados empunhando a sua arma com o cano voltado para baixo. Seu rosto era jovem, tão jovem que me comovi. Podia ser meu filho.  Mais: podia ser meu neto. Estava tão concentrado no seu dever  tão alerta na sua posição, que fiquei imaginando se, ou quando  ele poderia levar um tiro de algum bandido. Poderia ficar lesado  gravemente. Poderia morrer. Por mim, por você, por um de nós  em qualquer parte do Brasil, não importa que nome se dê a sua  corporação, nem se é da guarda estadual, municipal ou federal . Esses jovens se expõem por nós. Morrem por nós. Tentam, num país tão confuso, proteger o cidadão. A gente realmente pensa nisso? Uma vez ao dia, uma vez por semana, uma vez ao mês? 

[...]

                   (Lya Luft.Revista Veia, n° 2044, 23/01/2008. Fragmento.)

Ao perguntar “A gente realmente pensa NISSO?”, a autora, por meio da forma pronominal destacada, refere-se:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02 |
Q422042 Português
                           O jovem policial
Eu estava botando gasolina no tanque do meu carro e do meu lado estavam dois carros da Brigada Militar. Dois policiais falavam  com alguém do posto. Um terceiro, bem junto da minha janela, de costas para mim, portava uma arma grande, que na minha  ignorância acho que poderia ser um fuzil ou uma metralhadora. Estava ali, sozinho, e comecei a observá-lo sem que me notasse. Tenso, alerta, consciente de sua missão, olhava para os lados empunhando a sua arma com o cano voltado para baixo. Seu rosto era jovem, tão jovem que me comovi. Podia ser meu filho.  Mais: podia ser meu neto. Estava tão concentrado no seu dever  tão alerta na sua posição, que fiquei imaginando se, ou quando  ele poderia levar um tiro de algum bandido. Poderia ficar lesado  gravemente. Poderia morrer. Por mim, por você, por um de nós  em qualquer parte do Brasil, não importa que nome se dê a sua  corporação, nem se é da guarda estadual, municipal ou federal . Esses jovens se expõem por nós. Morrem por nós. Tentam, num país tão confuso, proteger o cidadão. A gente realmente pensa nisso? Uma vez ao dia, uma vez por semana, uma vez ao mês? 

[...]

                   (Lya Luft.Revista Veia, n° 2044, 23/01/2008. Fragmento.)

Sobre a oração destacada em “Seu rosto era jovem, tão jovem QUE ME COMOVI.”, é correto afirmar que:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02 |
Q422041 Português
Texto 1
                                                        A era do automóvel

        E, subitamente, é a era do Automóvel, O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
        [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
        Vivemos inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao fim, os nossos sentimentos de moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
        [...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel acabou com aquela modesta felicidade nossa de bater palmas aos trechos de floresta, [...] A natureza recolhe-se humilhada. Em compensação temos palácios, altos palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora-nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
                        (João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57-60.)

Vocabulário:
benfazejo: que é bem-vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável


Texto 2
                                                   Falta de educação e velocidade

        Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. [...] Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício.
        [...]
        Outro dia observei na televisão um motorista, apanhado a quase 200 por hora, sendo entrevistado ainda dentro do carro. Fiquei impressionada com seu sorriso idiota, o arzinho arrogante, o jeito desafiador com que encarou a câmera num silêncio ofendido, quando perguntado sobre as razões da sua insanidade. Todo o seu ar era de quem estava coberto de razão: a lei e a segurança dos outros e a dele próprio nada valiam diante da sua onipotência.
        Atenção: os jovens são - em geral, mas não sempre - mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número, impressionante de adultos - mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos - cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu para-choque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil ou um falo frustrado.
        [...]
        Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. Os motoristas americanos e europeus impressionam pela educação. Não por serem bonzinhos ou melhores do que nós, mas porque temem a lei, a punição, a cassação da carteira, a prisão, por coisas que aqui entre nós são consideradas apenas “normais", meros detalhes, “todo mundo faz assim".
        Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco.
                                                                                 (Lya Luft. Revista Veja, n° 2048, 20/02/2008.)
Observe as frases:

I. “todo mundo faz assim”.
II. “Todo o mundo faz assim” .

Sobre elas, pode-se afirmar que
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: FUNCAB - 2014 - PRF - Agente Administrativo - 02 |
Q422040 Português
Texto 1
                                                        A era do automóvel

        E, subitamente, é a era do Automóvel, O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
        [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
        Vivemos inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao fim, os nossos sentimentos de moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
        [...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel acabou com aquela modesta felicidade nossa de bater palmas aos trechos de floresta, [...] A natureza recolhe-se humilhada. Em compensação temos palácios, altos palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora-nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
                        (João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57-60.)

Vocabulário:
benfazejo: que é bem-vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável


Texto 2
                                                   Falta de educação e velocidade

        Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. [...] Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício.
        [...]
        Outro dia observei na televisão um motorista, apanhado a quase 200 por hora, sendo entrevistado ainda dentro do carro. Fiquei impressionada com seu sorriso idiota, o arzinho arrogante, o jeito desafiador com que encarou a câmera num silêncio ofendido, quando perguntado sobre as razões da sua insanidade. Todo o seu ar era de quem estava coberto de razão: a lei e a segurança dos outros e a dele próprio nada valiam diante da sua onipotência.
        Atenção: os jovens são - em geral, mas não sempre - mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número, impressionante de adultos - mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos - cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu para-choque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil ou um falo frustrado.
        [...]
        Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. Os motoristas americanos e europeus impressionam pela educação. Não por serem bonzinhos ou melhores do que nós, mas porque temem a lei, a punição, a cassação da carteira, a prisão, por coisas que aqui entre nós são consideradas apenas “normais", meros detalhes, “todo mundo faz assim".
        Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco.
                                                                                 (Lya Luft. Revista Veja, n° 2048, 20/02/2008.)
Palavras, sintagmas, orações associam-se, no discurso, em virtude de variadas relações semânticas, umas vezes intuídas pelo locutor/receptor graças a fatores extralinguísticos, outras explicitadas por uma numerosa gama de elementos de ligação.

À luz dessa diversidade de possibilidades, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: C
4: B
5: A