Questões da Prova FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Serviços de Notas e de Registros

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Q105145 Redação Oficial
Clareza e correção, imprescindíveis na redação de correspondência oficial, estão presentes em:
Alternativas
Q105144 Português
Militante do Partido Comunista Brasileiro, Ferreira Gullar
viu-se obrigado a se exilar, nos anos 70, primeiro no Chile e
depois na Argentina. Em 1975, estava em Buenos Aires quando
compôs aquela que é considerada sua obra-prima, o
longuíssimo Poema Sujo, que contém a estrofe:
o homem está na cidade
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade
"Sentia necessidade de escrever tudo o que eu podia
dizer, pois pensava que podia morrer naquela época. Afinal,
uma ditadura militar havia se instalado no Brasil, depois no
Chile, onde me exilara, e posteriormente na Argentina, onde eu
estava. Foi nesse estado de espírito de não ter para onde correr
que nasceu o poema. Na verdade, o poema não é político, mas
um resgate do que eu havido vivido até então. É claro que tem a
minha infância, tem São Luís ... O poema vai resgatar toda a
minha experiência de vida, na medida do possível, mas ele é na
realidade reflexão sobre aquelas coisas. Ele não é sim-
plesmente 'ai que saudades que eu tenho da aurora da minha
vida'... É uma reinvenção da própria vida. Uma coisa é você ter
vivido, e outra coisa é você refletir sobre o que você viveu..."
No mês passado, recebeu o Prêmio Camões pelo
conjunto de sua obra.


(João Barile. Revista Bravo! Abril, n. 158, outubro de 2010,
p. 26, com adaptações)

No depoimento do poeta, isolado por aspas, evidencia-se, especialmente,
Alternativas
Q105143 Português
Militante do Partido Comunista Brasileiro, Ferreira Gullar
viu-se obrigado a se exilar, nos anos 70, primeiro no Chile e
depois na Argentina. Em 1975, estava em Buenos Aires quando
compôs aquela que é considerada sua obra-prima, o
longuíssimo Poema Sujo, que contém a estrofe:
o homem está na cidade
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade
"Sentia necessidade de escrever tudo o que eu podia
dizer, pois pensava que podia morrer naquela época. Afinal,
uma ditadura militar havia se instalado no Brasil, depois no
Chile, onde me exilara, e posteriormente na Argentina, onde eu
estava. Foi nesse estado de espírito de não ter para onde correr
que nasceu o poema. Na verdade, o poema não é político, mas
um resgate do que eu havido vivido até então. É claro que tem a
minha infância, tem São Luís ... O poema vai resgatar toda a
minha experiência de vida, na medida do possível, mas ele é na
realidade reflexão sobre aquelas coisas. Ele não é sim-
plesmente 'ai que saudades que eu tenho da aurora da minha
vida'... É uma reinvenção da própria vida. Uma coisa é você ter
vivido, e outra coisa é você refletir sobre o que você viveu..."
No mês passado, recebeu o Prêmio Camões pelo
conjunto de sua obra.


(João Barile. Revista Bravo! Abril, n. 158, outubro de 2010,
p. 26, com adaptações)

Os versos transcritos do Poema sujo traduzem
Alternativas
Q105142 Português
Considere o texto seguinte.

Em alguma parte alguma, de Ferreira Gullar (Record, 2010). Aos 80 anos, e após uma década sem publicar poesia, o autor maranhense reinventa-se em um momento da vida no qual muitos se acomodam ou se repetem. Teimoso e conservador como crítico de artes plásticas, Gullar segue caminho oposto na seara poética: vibra cada corda de seus versos com a lucidez da velhice e o frescor de um jovem. Escrevendo tanto sobre as coisas prosaicas, como uma bananeira, quanto sobre a iminência da morte, desnuda a imensa fragilidade da condição humana, mas não sucumbe à autopiedade.

(Revista Bravo! Cem melhores do século 21. Abril, n. 160, dezembro de 2010, p. 28)

Está correto o que se afirma em:
Alternativas
Q105141 Português
Estamos submersos no mundo da informação, alvejados
continuamente por notícias ou torpedos numa rede comunica-
cional em que se projeta a prevalência da mídia, que passou a
conformar nosso modo de ser. O virtual assume papel relevante
na realidade, pois as formas de conhecer e avaliar deixaram de
ser fruto da leitura e da reflexão para se alicerçarem unicamente
na informação rápida, no conhecimento por tiras, retirado das
comunicações que são enviadas em processo contínuo de
transmissão durante todo dia, compartilhadas por todos.
Dessa forma a assunção de convicções individuais, bem
como o silêncio e a solidão cederam passo a uma posição
passiva de recepção contínua e coletiva de comunicações, com
aceitação indiscutida da informação urgente trazida pelos
órgãos da imprensa. E o grande meio de informação ainda é a
televisão, em especial no Brasil, malgrado o crescimento da
internet. Mas o que é a televisão?
A televisão pode ser uma via autoritária, na medida em
que penetra nossa existência em todos os instantes, de manhã
até a noite. Não há mais horário para ver televisão, vê-se
televisão a todo tempo. Não se escolhe um programa de
televisão, liga-se a televisão, cuja mensagem é recebida
enquanto se conversa ou durante o jantar. Assim, a televisão é
uma imposição de modos de ser, de pensar, que vão sendo
introjetados imperceptivelmente. Os programas de baixo nível,
nada educativos e exploradores de anseios de sucesso
segundo o modelo dos "famosos", são fenômenos graves, pois
hoje não têm mais força os emissores simbólicos tradicionais: a
religião, a escola, o sindicato, a família. Concentra-se a capaci-
dade de transmissão simbólica nos meios de comunicação, com
fácil penetração dos estereótipos forjados pela mídia em campo
aberto, dada a desavisada recepção. Assim, o rádio e a
televisão têm um impacto extraordinário porque expressam
manifestações de cunho valorativo, mesmo no campo político, e
modelam a opinião pública.
Em grande parte dos países democráticos há formas de
controle da mídia, porém prevalece a autorregulação, tal como
no Canadá, na Austrália, na Inglaterra. A autorregulação, a meu
ver, cabe ser exercida por um ombudsman, dotado de indepen-
dência e inamovibilidade durante seu mandato, que deverá
pautar sua ação em código de conduta do órgão de imprensa, a
ser registrado em conselho constituído segundo lei federal.
Desse modo, conciliam-se o direito de liberdade de expressão e
o direito de preservação dos valores éticos e sociais da pessoa
e da família, como expressa nossa Constituição. Faz-se, assim,
a conjugação e não a colisão de direitos.

(Trecho de artigo de Miguel Reale Júnior, com adaptações.
O Estado de S. Paulo, A2, Espaço aberto, 4 de dezembro
de 2010)

As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas na frase:
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: D
4: A
5: B