Questões da Prova CPCON - 2017 - UEPB - Almoxarife

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Q858782 Português

                                      REFLEXÃO SOBRE BULLYING

                  Os mais novos precisam de limites – mas só isso não basta


      SEMPRE QUE uma tragédia que envolve crianças ocorre, somos instigados a pensar e a refletir. Os mais novos são nossa responsabilidade, porque é neles que depositamos o destino da humanidade: serão eles que, num futuro breve, darão os rumos de nossa sociedade. Por isso, precisamos saber o que podemos fazer melhor, e o que estamos fazendo de pior para eles, mesmo sem termos consciência disso.

      Creio que hoje quase todo mundo sabe que temos um Dia Mundial de combate ao Bullying – 20 de outubro -, e foi justamente nesse dia que ocorreu uma tragédia em nosso país, logo associada ao bullying. Um garoto de 14 anos usou uma arma de fogo para atirar em seus colegas de escola. Dois morreram e outros ficaram feridos.

      Mas, afinal, o que é bullying? Em tempos de confusão sobre o tema, é bom esclarecer: é violência, física ou psicológica, praticada repetidamente por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa ou grupo. [...]

      Por que o bullying ocorre, afinal? Não é uma questão simples, não há uma causa, mas uma rede formada por vários motivos diferentes. Primeiramente, porque a escola espelha a sociedade em que está inserida. Vamos reconhecer: vivemos há tempos em uma sociedade violenta! Pessoas matam outras porque foram abandonadas, por ter sido traídas, por dinheiro, porque brigaram no trânsito ou no futebol. Pessoas denigrem e agridem outras porque não concordam com suas posições. Xingamentos humilhantes tornam-se rotineiros e banais. Perdemos boa parte do que chamamos de civilidade.

      [...] De nada adianta apenas dizer para crianças ou adolescentes “não façam isso” ou “façam aquilo”. É preciso acompanhar o processo. Temos negado nossa presença a eles porque estamos muito ocupados com nossas traquitanas tecnológicas, com nossa juventude, com nossos planos, com nossa vida. [...] Também não ensinamos que é possível lidar com as emoções que surgem repentinamente sem ser de modo intempestivo, que devemos nos relacionar com as diferenças sem julgar, que precisamos ter empatia e virtudes. Ensinamos apenas que é preciso ter êxito e sucesso, e ser popular! Agora, eu pergunto: o que nós, adultos, temos a ver com o bullying entre crianças e adolescentes? Nosso comportamento já diz: temos TUDO a ver!

                                                                                  (Rosely Sayão - Veja, 1º de novembro/17)

Quanto à microestrutura textual, pode-se dizer que alguns elementos linguísticos, embora não sejam classificados como conjunções, têm papel importante na articulação das orações, funcionando como operadores argumentativos. Observe o que se afirma sobre algumas partículas presentes no texto REFLEXÃO SOBRE BULLYING da página anterior e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso.


( ) “Justamente” (L.5) é um advérbio de tempo, que junto à expressão “nesse dia”, remete à data comemorativa do combate ao bullying.

( ) “Afinal” (L. 08; 10) é um advérbio de caráter avaliativo que tem importante função comunicativa, pois chama a atenção para a pergunta enunciada, imprimindo subjetividade ao texto.

( ) “Também” (L.17) é um advérbio de inclusão, que no contexto de uso, favorece a inferência de que muito mais do que é enunciado na oração deixou de ser ensinado.

( ) “Agora” (L.19) é um advérbio de tempo, que acumula, no contexto de uso, outra função a de marcador discursivo, de valor adversativo, ou conclusivo, servindo para chamar a atenção para a pergunta enunciada.


A sequência CORRETA é

Alternativas
Q858781 Português

                                      REFLEXÃO SOBRE BULLYING

                  Os mais novos precisam de limites – mas só isso não basta


      SEMPRE QUE uma tragédia que envolve crianças ocorre, somos instigados a pensar e a refletir. Os mais novos são nossa responsabilidade, porque é neles que depositamos o destino da humanidade: serão eles que, num futuro breve, darão os rumos de nossa sociedade. Por isso, precisamos saber o que podemos fazer melhor, e o que estamos fazendo de pior para eles, mesmo sem termos consciência disso.

      Creio que hoje quase todo mundo sabe que temos um Dia Mundial de combate ao Bullying – 20 de outubro -, e foi justamente nesse dia que ocorreu uma tragédia em nosso país, logo associada ao bullying. Um garoto de 14 anos usou uma arma de fogo para atirar em seus colegas de escola. Dois morreram e outros ficaram feridos.

      Mas, afinal, o que é bullying? Em tempos de confusão sobre o tema, é bom esclarecer: é violência, física ou psicológica, praticada repetidamente por uma pessoa ou um grupo contra outra pessoa ou grupo. [...]

      Por que o bullying ocorre, afinal? Não é uma questão simples, não há uma causa, mas uma rede formada por vários motivos diferentes. Primeiramente, porque a escola espelha a sociedade em que está inserida. Vamos reconhecer: vivemos há tempos em uma sociedade violenta! Pessoas matam outras porque foram abandonadas, por ter sido traídas, por dinheiro, porque brigaram no trânsito ou no futebol. Pessoas denigrem e agridem outras porque não concordam com suas posições. Xingamentos humilhantes tornam-se rotineiros e banais. Perdemos boa parte do que chamamos de civilidade.

      [...] De nada adianta apenas dizer para crianças ou adolescentes “não façam isso” ou “façam aquilo”. É preciso acompanhar o processo. Temos negado nossa presença a eles porque estamos muito ocupados com nossas traquitanas tecnológicas, com nossa juventude, com nossos planos, com nossa vida. [...] Também não ensinamos que é possível lidar com as emoções que surgem repentinamente sem ser de modo intempestivo, que devemos nos relacionar com as diferenças sem julgar, que precisamos ter empatia e virtudes. Ensinamos apenas que é preciso ter êxito e sucesso, e ser popular! Agora, eu pergunto: o que nós, adultos, temos a ver com o bullying entre crianças e adolescentes? Nosso comportamento já diz: temos TUDO a ver!

                                                                                  (Rosely Sayão - Veja, 1º de novembro/17)

No que se refere à coerência textual, considerando a distribuição dos tópicos temáticos nos parágrafos para assegurar o ponto de vista assumido, é possível afirmar que a autora


I- direciona a argumentação no sentido de responsabilizar a escola em conscientizar as crianças e os adolescentes em relação aos males causados aos seus pares, devido à intolerância, de qualquer natureza, pois só assim é possível evitar tragédias nesse ambiente.

II- destaca o fato de a escola refletir o comportamento da sociedade, seguindo a argumentação na direção de alertar sobre a necessidade de cada cidadão dever dar bom exemplo, aprendendo a conviver com as diferenças, evitar julgamentos e não apenas dizer o que o jovem deve fazer, mas participar da sua formação.

III- atribui a falta de limites da criança ou do adolescente aos pais, que, estando sempre ocupados, não orientam os filhos, de modo que a argumentação vai na direção de apontar que a violência nas escolas decorre da má educação oferecida em casa.


Dentre as asserções, é CORRETO o que se afirma apenas em

Alternativas
Q858780 Português

                    Como a burocracia atrapalha a criação de empregos.


      Existem duas vezes mais empresários no Brasil do que nos EUA. E não. Isso não significa que temos mais gente endinheirada aqui do que lá. O grosso do nosso empresariado é formado por vendedores de coco, eletricistas, borracheiros. São exatos 48 milhões de pessoas jurídicas por aqui, número que supera com folga os 33 milhões que trabalham com carteira assinada.

      Dentre as dez maiores economias do planeta, nenhuma chega sequer perto desses números. Nos EUA, que têm uma população 60% maior que a nossa, o número fica em 24 milhões.

Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: são 2,4 empreendedores que dizem ter aberto seus negócios por conta de alguma oportunidade contra um por necessidade.

      O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. Tem um “emprecariado”. Entre cada dez brasileiros donos do próprio negócio, sete recebem menos de três salários mínimos, média bastante similar à do restante da população. Com a criação de modalidades como o MEI, o Micro Empreendedor individual, abrir um negócio pode ter se tornado mais fácil para boa parte da população. Na média, porém, seguimos a passos de lesma. Precisamos de 119 dias em média para colocar uma empresa em funcionamento, com tudo em ordem. Na China, bastam 38 dias. Na Nova Zelândia, 30 minutos – sim, lá é tudo pela internet mesmo.

                                                                     (Por Felipe Hermes, Superinteressante/out.2017)

No fragmento textual abaixo exposto, são recorrentes alguns itens cuja função é encadear as informações, estabelecendo entre elas diferentes relações de sentido:


Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: [...]

O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. [...]


Assinale a alternativa que indica os sentidos expressos pelos itens OU SEJA, PORQUE, OU e COMO, respectivamente:

Alternativas
Q858779 Português

                    Como a burocracia atrapalha a criação de empregos.


      Existem duas vezes mais empresários no Brasil do que nos EUA. E não. Isso não significa que temos mais gente endinheirada aqui do que lá. O grosso do nosso empresariado é formado por vendedores de coco, eletricistas, borracheiros. São exatos 48 milhões de pessoas jurídicas por aqui, número que supera com folga os 33 milhões que trabalham com carteira assinada.

      Dentre as dez maiores economias do planeta, nenhuma chega sequer perto desses números. Nos EUA, que têm uma população 60% maior que a nossa, o número fica em 24 milhões.

Ou seja: pouca gente aqui abre um negócio porque quer. Abre porque precisa. A cada pessoa que decide iniciar um negócio por ter encontrado uma oportunidade, 1,4 abrirá suas empresas (na maior parte, negócios individuais), ou porque está desempregado ou porque o emprego atual não paga as contas. Nos EUAé o contrário: são 2,4 empreendedores que dizem ter aberto seus negócios por conta de alguma oportunidade contra um por necessidade.

      O Brasil, como se diz por aí, não tem exatamente um empresariado. Tem um “emprecariado”. Entre cada dez brasileiros donos do próprio negócio, sete recebem menos de três salários mínimos, média bastante similar à do restante da população. Com a criação de modalidades como o MEI, o Micro Empreendedor individual, abrir um negócio pode ter se tornado mais fácil para boa parte da população. Na média, porém, seguimos a passos de lesma. Precisamos de 119 dias em média para colocar uma empresa em funcionamento, com tudo em ordem. Na China, bastam 38 dias. Na Nova Zelândia, 30 minutos – sim, lá é tudo pela internet mesmo.

                                                                     (Por Felipe Hermes, Superinteressante/out.2017)

No texto acima, o autor, ao mesmo tempo em que discorre sobre a interferência da burocracia na criação de empresas, opina sobre o tema. Seguem os tópicos temáticos depreendidos a partir do texto:


I- Inicialmente, o autor aponta a diferença quanto ao número de pessoas jurídicas no Brasil em comparação ao dos EUA, evidenciando, pois, o grande problema do empreendedorismo no Brasil, não só devido à desproporção da diferença apontada, já que a população do Brasil é menor, mas porque o maior número de empresários não representa mais riqueza.

II- No decorrer do texto, o autor aponta as razões que levam à criação de uma empresa no Brasil, que diferem das dos EUA– se no Brasil a razão é o desemprego ou a insuficiência da renda obtida com o trabalho de carteira assinada, nos EUA, a abertura de um negócio decorre do surgimento de uma oportunidade.

III- Por último, o autor enfatiza que maior do que o obstáculo da lentidão no processo de colocar uma empresa em funcionamento no Brasil é o fato de grande parte desse empresariado ter uma renda similar à de pessoas que trabalham com carteira assinada, o que não ocorre em países como a Nova Zelândia e a China.


Da análise das proposições, pode-se dizer que é CORRETO o que se afirma apenas em 

Alternativas
Q858778 Português

Muito presente na esfera jornalística, a charge busca despertar nos leitores a reflexão sobre problemas que afetam a sociedade. A moradia, tema da charge abaixo, é um deles. Sob o aspecto linguístico, normalmente, esse gênero de texto apresenta estruturas simples, com vocabulário e linguagem acessíveis; mas é preciso atentar para o fato de que a compreensão de um texto depende também da recuperação de informações implícitas.


Imagem associada para resolução da questão


Analise o que se afirma a seguir, em torno do enunciado proferido por um dos personagens.


I- O pronome pessoal “a gente” já se incorporou à nossa língua, em referência à primeira pessoa do plural, na linguagem coloquial; como a charge circula na esfera jornalística, o autor tem de primar pelo uso formal, daí esse emprego ser inapropriado.

II- O pretérito imperfeito representa ação contínua no passado; logo a flexão verbal empregada pelo autor, associado ao uso do advérbio “sempre”, reforça a ideia de que a falta de moradia é uma condição permanente.

III- Dada a intenção de interagir com o leitor, o chargista opta pelo uso do pronome “a gente”, pois o uso de “nós” conduziria a marcar o plural no verbo “nós ficávamos...”, causando certa artificialidade no modo de falar do personagem, enquanto o “a gente sempre ficava” representa melhor a linguagem coloquial, adequada ao cenário apresentado.


É CORRETO o que se afirma apenas em

Alternativas
Respostas
31: B
32: A
33: D
34: E
35: C