Com base na necessidade de reduzir significativamente a emissão de gases poluentes, o Brasil tem adotado políticas oficiais que desestimulam o uso de automóveis, além de aumentar o número de usinas de reciclagem do lixo.
O Estado brasileiro realizou diversas ações voltadas para a sustentabilidade, como a criação do IBAMA, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, de centenas de reservas ambientais e do Ministério do Meio Ambiente.
No Brasil, a hegemonia do transporte rodoviário é fruto de decisão política adotada quando o país iniciava a expansão de seu parque industrial, que se fez acompanhar por célere urbanização. A construção de cidades como Belo Horizonte, Goiânia e, sobretudo, Brasília, que permitiu a transferência da sede do poder político-administrativo nacional para o interior, simboliza o caráter planejado da moderna urbanização brasileira.
O lobby da indústria automobilística é o principal obstáculo à revolução verde no trânsito. Entretanto, esse lobby pode ser neutralizado pelos governos, sem muita dificuldade, pois, devido ao notável avanço da tecnologia, o número de empregos gerados por essa indústria não mais pesa no conjunto das economias nacionais.
O elemento desencadeador de recentes manifestações populares em várias cidades brasileiras foi a majoração da tarifa dos ônibus. Considerando o volume de engarrafamentos de trânsito nos grandes centros urbanos brasileiros, especialistas concordam que parte da solução do problema viria da melhoria significativa dos transportes coletivos, com a cobrança de tarifas compatíveis com o poder aquisitivo dos usuários.