Questões da Prova FCC - 2012 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - História
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Óie italiano... cuidado;
pra me chama de veiaco,
lave a boca marcriado,
bote a sua viola no saco.
Não fosse eu ta no mercado,
Seu dansadô de macaco...
Quem te vale é esse sordado,
seu catinga de sovaco!
(Cornélio Pires. Musa caipira (1910). In: Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 181)
Este poema, escrito em linguagem coloquial, pode ser utilizado em sala de aula para trabalhar conteúdos relacionados
Tapera de arraial. Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a rua, sozinha e comprida, que agora nem é mais uma estrada, de tanto que o mato a entupiu. Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já esteve nos mapas, muito antes de a malária chegar. Ela veio de longe, do São Francisco. Um dia, tomou caminho, entrou na boca aberta do Pará, e pegou a subir. Cada ano avançava um punhado de léguas, mais perto, mais perto, pertinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava - da “tremedeira que não desmontava” - matando muita gente.
- Talvez que até aqui ela não chegue... Deus há de ...
Mas chegou; nem dilatou para vir. E foi um ano de tristezas.
(João Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 151)
O uso do texto literário de Guimarães Rosa em sala de aula permite